As políticas de consensos |
08-02-2010 |
Foram vários os columbófilos que, pelas mais diversas formas me abordaram com questões relacionadas com o próximo acto eleitoral para os órgãos sociais da Federação Portuguesa de Columbofilia, mais concretamente para o cargo de presidente federativo. Das várias questões colocadas, destaco algumas cuja pertinência e importância são fulcrais e, merecem uma resposta mais aprofundada.
Eis a quarta das questões colocadas e que me mereceu a seguinte resposta:
4 – O Dr. José Tereso tem tido como bandeira das suas presidências, ao longo dos anos de mandato, a aplicação de políticas de consensos, para tentar atingir o objectivo de unir a columbofilia nacional. Acha que tal política trouxe mais-valias para a modalidade?
Resposta de Fernando Garrido:
Nos primeiros mandatos, concordo que essa politica teve resultados, a figura do Dr. José Tereso, pessoa afável e cordata contribuiu para a obtenção de alguns consensos importantes, ultrapassando assim alguns diferendos instalados na estrutura columbófila. O erro foi insistir demasiado tempo nessa receita, querendo ser agradável, a todos foi dizendo que sim, não assumiu a postura forte exigida ao cargo e, abriu caminho a uma série de problemas ainda hoje não resolvidos.
Recordo alguns recentes, bem presentes na memória de todos os que seguem atentamente a modalidade.
· Ao dizer que sim ao Porto e a Viseu, no diferendo que opôs estas Associações no caso da colectividade de Chaves, passou pelo incómodo de em pleno congresso ouvir da boca do presidente da ACD do Porto, algumas frases menos abonatórias quanto à sua intervenção no processo, vendo-se obrigado a reconhecer perante o congresso a falha da sua politica de consenso, pois perante a ameaça de Arnaldo Palmeira em abandonar a sala não lhe restou outra alternativa.
· No celebre caso das soltas de fundo feitas na campanha passada, pelas Associações de Faro e Portalegre, ficou-se pelo processo de intenções quanto a inquéritos e aplicação de penas, apesar das provas mais que evidentes reunidas pela FPC, quanto á violação dos regulamentos por parte destas Associações. Abriu assim um precedente grave para que outras Associações possam agir da mesma forma no futuro, ou seja ignorando os regulamentos e agindo a seu belo prazer.
· No diferendo entre os columbófilos de Leiria que voaram em Rio Maior, e a ACD Leiria que não os autorizou para tal, os seus consensos levaram apenas á ameaça (que ainda está de pé) de os Directores da ACD Leiria irem a Coimbra entregar as chaves da Associação.
· E que dizer da novela criada em torno do diferendo que opõe algumas colectividades do Distrito de Braga á sua Associação? Apesar da deslocação de uma comitiva da FPC por si liderada a uma Assembleia de Braga, a política dos consensos serviu apenas para complicar ainda mais as coisas.
· Recordo que o Dr. José Tereso é o actual titular da pasta desportiva da Federação, não tendo nos últimos dois anos apresentado qualquer resultado visível nesta área, limitando-se a enviar alguns delfins para o terreno, que pelos resultados obtidos melhor teria sido que ficassem quietos, não complicando ainda mais o que de si já era complicado.
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