Carta aberta a todos os columbófilos portugueses
Caros Colegas
Aproxima-se o dia das eleições para os Órgãos Sociais da Federação Portuguesa de Columbofilia, é já no próximo sábado que os Delegados eleitos para o Congresso da FPC irão exercer o seu direito de voto e, eleger aqueles que vão gerir os destinos da Columbofilia nacional durante os quatro anos futuros.
Como é do conhecimento público, fui a primeira pessoa que se dispôs a enfrentar nas urnas o “velho sistema”, dando a cara e desafiando o poder instalado, dando a conhecer a motivação e objectivos da minha candidatura que passo a recordar:
Motivação: A motivação principal desta candidatura é desejar uma FPC dirigida por columbófilos e direccionada para os columbófilos, transparente, musculada e dialogante, na defesa intransigente do pombo-correio
Objectivo: Com esta candidatura pretende-se, ir ao encontro da vontade dos columbófilos de se efectuar a viragem necessária e estabelecer um programa de inovação e consolidação, de modo a readaptar a columbofilia às necessidades dos actuais columbófilos, não descorando a realidade económica. Estabelecer as grandes linhas para o desenvolvimento da Columbofilia Nacional, suster o abandono da prática columbófila, mostrar o que fazemos e como fazemos à sociedade e acima de tudo valorizar os feitos, quer do columbófilo quer do pombo-correio português. Pretende-se no entanto, não abandonar projectos antigos só porque alguém os acha antiquados ou enveredar por uma mudança rápida e perturbadora só porque se quer copiar os modelos estrangeiros.
Através de entrevistas publicadas na Imprensa da especialidade dei a conhecer aos columbófilos portugueses quem sou e o que pretendia para a modalidade, não entrando pela via do confronto verbal com qualquer dos candidatos, defendendo apenas as minhas ideias, as quais são partilhadas por um grupo importante de dirigentes e columbófilos, cujo apoio me foi garantido para esta batalha eleitoral.
Do programa eleitoral da minha candidatura destaco a Análise Final que produzo nesse documento: O projecto que se apresenta irá, muito provavelmente, parecer, a uns, difícil de executar e, a outros, pouco inovador. Aos primeiros direi que a determinação, brio e espírito de missão que se coloca nesta candidatura é garantia de cumprimento do compromisso de honra que agora se assume com todos os columbófilos. Aos segundos, àqueles que possam considerar pouco inovador, direi que o respeito e consideração que os columbófilos me merecem, impede-me de fazer promessas que não tenha a certeza de conseguir cumprir.
Recuso-me a entrar pelos caminhos condenáveis dos jogos cinzentos de bastidores, utilizados pelo “velho sistema”, para garantirem a qualquer preço a continuidade. Não é essa a minha forma de estar na vida, pelo que não irei entrar nesses jogos, deixando-os para os “especialistas” cujo trabalho no terreno tem sido desmesurado nestes últimos dias. Confio no discernimento dos Delegados eleitos, na hora da votação, afinal tudo se resume a quererem ou não mudanças na Columbofilia Portuguesa.
Se o actual titular do cargo vencer estas eleições numa primeira volta, sem a sujeição de se apresentar a uma segunda volta eleitoral, para defrontar o candidato mais votado da oposição ao “velho sistema”, então os Delegados estarão a dar um sinal inequívoco de que afinal as coisas estão bem na columbofilia portuguesa, assumindo inerentemente a responsabilidade de estarem a oferecer à massa anónima dos columbófilos portugueses mais quatro anos de “mais do mesmo”.
Independentemente dos resultados eleitorais do próximo sábado, fico com uma certeza, valeu a pena ter assumido a responsabilidade de enfrentar o ”velho sistema”, depois de mim outras pessoas inconformadas com o estado da columbofilia nacional, ganharam o ânimo suficiente para se fazerem ouvir publicamente, o poder instalado foi obrigado a mobilizar-se com “unhas e dentes” para defender as suas mordomias. Fica a certeza de que os “Velhos do Restelo”, vão deixar de estar na posição cómoda que anteriormente usufruíam, mesmo que vençam passam de uma situação de suposta unanimidade, para uma situação em que vão ter como oposição em Congresso, no mínimo cerca de 40% dos Delegados. Os columbófilos portugueses sabem agora que existem alternativas, a Oposição ao “velho sistema” tem pessoas com disponibilidade para se constituírem como alternativa de governação, nada mais será como dantes.
Esta é a minha vitória pessoal!