1ª crónica: de opinião
Desde já os meus mais sinceros agradecimentos, por estarem a ler esta 1ª crónica.
Nesta iniciação a que considero 1ª crónica, não vou falar em pombos mas sim, pedir desculpas a quem achar que não concorda com as minhas ideologias de columbófilia, tanto a nivel directivo ou organizativo, assim como desportivo, ou mesmo com as minhas tácticas ou técnicas, neste desporto, uma vez que falarei de tudo isto ao longo das várias crónicas que irei escrever.
Apenas lê estas mesmas crónicas, quem considerar que o deve fazer, porque nunca poderei obrigar quem quer que seja a seguir as minhas ideias, por isso mesmo ninguém tem o direito de criticar tais ideias e ideologias, seja no que for na vida, desde que exista um respeito mútuo.
Mensalmente ou até quinzenalmente irei aqui escrever uma crónica a respeito da columbófilia em todos os campos.
Directores, assim como técnicas, tácticas, sistemas, truques, jogos, posições, alimentação, tratamentos, enfim tudo o que aprendi de bom e contribuiu para o meu sucesso durante os 40 anos que mantenho neste amado desporto, que é a columbófilia.
O meu muito obrigado, sabendo desde já que vou ter muitas vozes críticas, mas estou ciente que exponho o que melhor sei e penso.
Após o final destas crónicas será editado o meu 1º livro sobre columbófilia, cuja composição será com estas mesmas crónicas (com mais matéria e conteúdo) e o qual terá tradução em Inglês.
Grato pela atenção que me dispensardes, envio um grande abraço a todos os meus amigos e companheiros columbófilos.
2ª Crónica: vou escrever sobre pombais, ventilação e quantidade de pombos aconselhável que devemos possuir.
Não irei falar muito em ventilação, pois hoje ninguém irá construir um pombal sem primeiro visualizar o do vizinho ou do amigo e logo aí vê que a ventilação e o oxigénio, é um dos predicados mais importantes neste desporto, a fim dos pombos possuírem saúde e consequentemente a melhor subida de forma.
Vou falar mais concretamente em pombais que devemos possuir.
Aqui, teremos que falar para dois tipos de columbófilos, aqueles que já andam há anos neste desporto e aos iniciantes.
Em primeiro lugar, qualquer iniciante terá que ter um pombal, caso contrario não poderia ter pombos, como todos sabemos. Dezenas de e-mail, sms´s e chamadas que recebo, são de iniciantes, com 15/16 anos e me pedem um borracho e ao mesmo tempo dizem que só têm um pequeno pombal, uma vez que os pais não os deixam ter mais. Derivado a que primeiro estão os estudos, logo concordo, apesar de muitos já me terem colocado a falar com os pais e eu lhes ter mostrado, que podem estudar, ter boas notas, fugir de vidas dificeis e perigosas e terem pombos, uma coisa não invalida a outra.
Temos que incentivar os iniciantes, mas mostrar-lhe que a vida não é só pombos e não estamos em certos países para podermos ser profissionais. Aí só chegam todos aqueles que reunam todas as condições e características, como um grande atleta de um outro desporto qualquer.
Se só podes ter um pequeno pombal para primeiro orientares a tua futura vida profissional, pois fá-lo e mais á frente, noutra crónica, dárte-ei a minha ideia de como poderás voar. O sistema, os truques que deves fazer. Etc.
Quanto a pombais, a ti que és iniciante vou contar-te uma história, rapidinha. Quando tinha 19 anos, por isso hà 29 anos, já lá vai muito tempo, quando já tinha a mania que sabia tudo (porque muitas vezes esse é o nosso mal) e pensava que com 140 pombos ganhava tudo, pelo menos, vá-lá, não fui burro de todo. Como tinha os pombais na placa com pouco comprimento e os pombais eram pequenos para os pombos que possuía, fiz o seguinte, a fim de conseguir mais ar, oxigénio. Levantei os pombais com mais 4 ou 5 fiadas de blocos de cimento e assim ficou pequeno em comprimento, mas com 4 metros de altura. Fui buscar a cima (oxigénio) ao que não podia dar em comprimento. Cheguei a ganhar muitos titulos, mas isto foi á 20 anos atrás. Não faças isto, apenas o deves fazer, caso não possas ter as condições exigidas (espaço) para que exista saúde e possas dar as melhores condições aos pombos.
A minha ideia dos pombais, é ter 3 pombais voadores, com os casulos ao meio e os 2 de lado com poleiros, tendo no chão, os das fêmeas, os roletos, o funil ou qualquer gincana que seja, a fim de evitar o acasalamento das fêmeas, a partir dos meses mais quentes do ano, ou seja Maio/Junho.
Há quem tenha mais um pombal de borrachos do ano, eu pessoalmente não necessito, nem quero e na minha ideia (quem sou eu, para dizer, façam isto ou aquilo) passo a explicar porquê. Não necessito, porque todos os anos começo a criar borrachos para mim no mês de julho, por isso quando os borrachos saíem dos seus progenitores ou madrastas, passam imediatamente para o pombal dos voadores.
Tirando borrachos mais cedo é natural que se necessite de um pombal de borrachos, ou então, teria que os deixar nos pombais dos reprodutores e daria aso, por já serem um pouco adultos, terem tendência a desaparecer alguns, quando fosse a aduzir. Por isso, acho natural, muitos columbófilos terem um pombal de borrachos.
Quanto ao não necessito, já expliquei a minha razão. Quanto ao não quero, é porque já tive muitos amigos com fraca experiência em terem certas doenças nos borrachos que estão sozinhos, durante um ano, sem pombos velhos juntos.
Em meu entender, os borrachos devem ser colocados o mais rapido junto aos pombos velhos, a fim de começarem a ganhar defesas, imunidade ás doenças, que serão gradualmente transmitidas pelos portadores velhos e que nada prejudica os borrachos (precisamente por ser transmitido gradualmente), além disso, o tempo não é muito e um pombal de borrachos, pode ficar para trás e não voarem o que devem á volta do pombal, porque primeiro estão os velhos. Tenho fracas experiencias de não voar os borrachos logo no primeiro ano. Estas são as razões porque não necessito nem quero um pombal só para borrachos do ano. Quanto ao pombal que falta, como já devem imaginar, o dos reprodutores.
Importantissimo, porque é a essa colmeia, que vamos buscar o mel, ou seja, é a esse pombal que vamos buscar os nossos campeões.
Em meu entender o seu tamanho será consoante os reprodutores que achar-mos, devemos possuir.
Volliéres enormes são necessárias, uma vez que geralmente esses pombos não vêm cá fora e assim já se poderão exercitar um pouco.
Quanto aos pombos que devemos possuir, vou exemplificar com a minha época 2010.
Eu, por exemplo na época transata 2010, inicíei a competição com 76 alados, enviando 30 pombos aos concursos de fundo. Terminei a campanha com 64 pombos, tendo mais tarde enviado 7 a Barcelona e perdido mais 1, ou seja, em 7 provas de fundo e grande fundo extraviaram-se 13 pombos, todos nas provas de fundo, não tendo perdido nenhuma nas 12 provas nacionais.
À anos atrás, perdia 40 ou 50 pombos por época, hoje felizmente, raramente me acontece, desde que como disse anteriormente optei pela qualidade, ou seja, escolha selectiva em detrimento da quantidade e má escolha de pombos, sem mérito algum para estarem nos nosso pombais.
Um pombo não razoável é um peso de complicações nas nossas instalações, em todos os aspectos, ainda por cima tirar oxigénio e lugar a um possível reforço.
Portanto, em suma sou apólogo de pombais grandes, boa ventulação, boas volliéres, muito oxigénio e poucos pombos. Penso que assim, temos todas as condições para singrar na columbófilia, pois temos a certeza que os nossos pombos vão ter saúde. Hoje fico por aqui, desejando saúde para todos os pombos, dos meus companheiros.
Brevemente:
3ª Crónica: já temos os pombais, faltam os pombos. Como adquirir pombos bons, que possam competir com os do seu vizinho, amigo, rival, ou se quizerem adversário.
Vou começar, não como adquirir bons pombos, mas sim como não adquirir maus pombos.
Por exemplo: pombos que entram no teu pombal a que chamamos "achados", esses nunca na vida, porque a probabilidade de ser um bom pombo é mínima e se ele for realmente bom, se o comunicares á Federação, o seu proprietário poderá agradecer-te, não com um, mas com 2 ou 3.
Como és sócio da Federação, quando entrar nas tuas instalações um pombo, alimenta-o e passado 48 horas solta-o, nunca perto do teu pombal, para ele ter possibilidades de encontrar o rumo para sua casa. Caso ele não siga a orientação para casa, comunica-o á Federação, caso o seu proprietário não te diga nada, nem tente recuperá-lo, só tens uma coisa a fazer. Como o pombo passado 15 dias pertence-te, sabes o que tens a fazer, porque se ele não serviu para o verdadeiro dono, também não serve para ti. É assim que temos que dizer as coisas, porque ninguém tem a obrigação de andar a sustentar pombos dos outros. Se os outros não se preocupam com o que é deles, porque havemos nós de nos preocupar?
Como não adquirir já ficas a saber, agora como adquiri-lo.
Procura sempre um bom columbófilo, um bom marcador de pombos, que tenha palmarés e muitos êxitos. Num desses pombais tens mais possibilidades de conseguir melhores pombos, se vais buscar pombos a columbófilos que nem para eles têm, também tu podes fracassar neste desporto.
Hoje por qualquer 200€, já se compra um casal de borrachos, que te possam vir a dar muitas alegrias. Claro que gato escaldado tem medo de água fria e muitas vezes económicamente não podemos dispender dinheiro para trazer um "grelo" para casa, como lhe chamamos. Claro, que tens de procurar um pessoa honesta, mas aí não te posso ajudar, tens de ter feeling, para saberes procurar a pessoa certa. Procura uma pessoa que tenha pombos há algum tempo, tempo suficiente para ter cultivado uma linhagem de pombos.
Por falar em linhagem de pombos há já muito tempo que gostaria de dizer alguma coisa e entendo que aqui é o momento certo. Muitas vezes o problema dos portugueses é o complexo de inferioridade e tudo o que é nacional não presta, nem tem razão de existir.
Nós somos dos países mais poderosos no mundo em columbófilia e fomos todos nós, companheiros deste desporto, que contribuimos de uma maneira ou de outra para isso. Porque havemos de sentir esses complexos? O que é mais engraçado? Por exemplo: qualquer columbófilo estrangeiro pode ter as suas linhagens. Tu e eu, não podemos com o decorrer dos anos cultivar uma linhagem, testá-la, apurá-la e seleccioná-la, mas os outros podem!
Os homens fazem meninos ou meninas e não pombos, por isso temos tanto direito como qualquer outro columbófilo do planeta em cultivar uma linhagem de pombos, porque é mais que justo.
Vamos deixar isto para trás e desculpe, porque tinha esta atravessada na garganta há já muito tempo e teria que a pôr cá fora.
Voltando á aquisição de pombos. São esses que terás de procurar, porque tens mais probabilidades de conseguir um casal, ou 2 mais conceituados e bons marcadores de prémios.
Vou também contar-te um segredo mas não digas nada a ninguém (estou a brincar, claro!).
Como estás a iniciar-te, nunca sejas tu a escolher no pombal dos outros. Como ainda tens pouca experiência, não saberás escolher o melhor borracho no pombal do teu amigo. Muitas vezes, será ele a enganar-se. Há outra coisa, de hoje a amanhã ele não pode atirar-te á cara, pois foste tu que escolhes-te e não terá culpa alguma. Ficarás sempre por cima e ficarás a saber que nunca mais deves investir naqueles pombais. A pessoa honesta gosta de vender hoje, amanha e além, os outros até parece que têm prazer de vender uma só vez.
Não posso dizer muito mais, porque tudo virá com o tempo e experiência. Usa o teu feeling e procura saber os êxitos dos outros, pois penso que é o mais razoável.
Resumindo: Nunca escolhas um borracho em casa de alguém, porque ele é que conhece os seus bons pombos, isto é muito importante. Quanto aos pombos apanhados, nunca na vida! A esses já disse o que se deve fazer, eles coitados, não têm culpa, nós também não. Os verdadeiros culpados são os columbófilos que não recuperam o que é deles, porque sabem que não vale a pena.
Hoje, ficamos por aqui!
Sorte amigo, que é o que muitas vezes precisamos neste desporto, mas também um bocadinho de honestidade, por parte de quem vende.
Quem compra tem de vender, concordo com isso. Quem cultiva e produz, tem de ser reconhecido. Mas... por favor... somos todos companheiros neste desporto.
Felicitações para todos, quem cultiva, cede e para quem adquire.
Brevemente:
Pombais: Não é necessário serem bem ou mal pintados, serem feios ou bonitos, ou terem estéctica ou não. O importante é serem bem ventilados e terem todas as condiçoes para os pombos se sentirem bem, com saúde e subirem de forma.
Não ter mais lotação do que o aconselhável, ou seja, ter os pombos respeitantes ao espaço que as instalações tenham.
Bons pombos de boas linhas e linhagens. Quem não as tiver, também não ganha. Quem tiver um pombo, daqui outro dalí, dificilmente consegue ganhar titulos. Pode ter pombos de fora, claro, mas a base tem de ser de uma linhagem, se possivel dos nossos reprodutores.
Observador: Se um columbófilo não fôr bom observador, nunca poderá ganhar. Estar atento a todos os promenores dos seus pombos, aprender a conheçe-los, detectar quando podem ter uma doença ou quando estão ou não em forma. Podemos perder uma colónia, por os pombos não estarem bem.
Não ficar, nem tirar borrachos de pombos estranhos, pois podem ser portadores de doenças graves e além disso não sabemos o que possam valer. É preferivel tirar dos nossos, porque muitas vezes trocamos o certo pelo incerto.
Fazer boas mudas e dar as rações com sementes certas, consoante a época do ano. Ou seja, concursos, criação e muda.
Tratamentos preventivos e vacina a tempo e horas e não quando já não há nada a fazer e teremos que eliminar colónias inteiras.
Não utilizar produtos, por prazer de dar. Pois muitas vezes o insucesso da campanha advém do intoxicamento químico dos pombos. Preventivos sempre e os outros só quando necessário.
Atenção com as vitaminas. Existem vitaminas que em excesso nunca mais sairão do organismo do pombo, nem que ele tenha 10 anos. Não falo aqui qual é, porque vou falar nelas em crónicas de tratamentos/Vitaminas e Vacinas.
Borrachos sempre bem criados, com vita-mineral, grite e bloco salgado, práticamente à descrição.
Pombos reprodutores bem tratados, porque não concursam, muitas vezes existe descuido e esse é o mal.
Alimentação a tempo e horas, e não comerem hoje ás 8:00h e amanhã ás 14:00h.
Treinos diários sempre certos, mais ou menos ás mesma horas.
Saber se estamos a voar os alados o tempo conveniente e não mais, nem menos. Muitas vezes é conforme a dificuldade do concurso anterior e o que vem a seguir.
Não inventar nos pombos. Muitas vezes faz-se uma grande prova fazendo isto ou aquilo, logo a seguir faz-se uma má prova, fazendo da mesma maneira. Temos de ter calma. Chegar ao domingo á noite ir para a cama e pensarmos onde vimos que errámos.
Ser trabalhador. Pois sem trabalho nos pombos, não há titulos, mas sim desilusões. Treinos diários, alimentação correcta, limpezas, etc . Tudo isto dá trabalho.
Não querermos ganhar logo ao primeiro ou segundo ano, senão estão a chamar ignorantes aos que andam neste desporto há muitos e muitos anos.
Ouvir pessoas honestas e com experiência que andam na columbófilia. É preciso ouvir quem muito lutou e trabalhou na columbófilia, tanto no campo desportivo, como directivo ou organizativo.
Não ligue muito a columbófilos que muito falam e não apresentam o palmarés reconhecido, porque esses também têm que aprender.
Quando te dizem, dá isto ou aquilo, faz isto ou aquilo, pode ser verdadeiro, mas pensa bem antes de o fazer e vê quem te está a mandar fazer se ele tem credibelidade para o fazer.
Não ser ingénuo. Quem anda neste desporto há muito tempo já nem vai em certas tretas, por isso se ganha. Tens de ser astuto e inteligente. Vai sempre ter com aquele que pensas ser teu amigo e aconselhar-te com ele. Se for boa pessoa, vai ajudar-te sem interesse algum.
A humildade é muito importante. Não tenhas vergonha de perguntar, todas as boas pessoas não te levam a mal, porque todos nós mais velhos, por lá passámos e sabemos o que sofremos para chegar aos êxitos. Tristezas e desilusões, porque os resultados não aparecem logo, já todos tivemos. Não te preocupes, nem te envergonhes, por perguntar e querer ser ilucidado.
Em columbófilia todos os dias aprendemos e quem nos dá essas lições são os nossos pombos. Nós aprendemos muito com eles e eles connosco não aprendem nada.
Podia estar aqui a inúmerar centenas de razões, mas deixei para último a alimentação. Para mim das coisas mais importantes é como se alimentam os pombos. Alimentação dos nossos pombos é a nossa mão e isso merece uma crónica individual. Apenas te digo, dar canja quando é preciso e feijoada quando é necessário. Penso que estamos entendidos. Há velocidade e velocidade, há meio fundo e meio fundo e há o ir (fundo) e o voltar.
5ª crónica:
Frases sem fim sobre columbófilia em geral,que poderão não ter assunto em futuras crónicas, as quais foram denominadas de frases soltas.
Nota:Todas estas frases são da nossa autoria,por isso pediamos que fosse evitado um possivel plágio em futuras edições (livros).
Obrigado pelo entendimento.
Ainda bem que as pessoas têm opinião, eu gosto de ouvir a leitura dos outros columbófilos para eu próprio aprender cada vez mais.
Não devemos congratular-nos com directores de colectividades, associacções e federação, que estejam na columbófilia para defender os seus próprios interesses, mas sim aqueles que andem por carolice, gosto e sem interesse algum.
O bom director, terá que ser em primeiro lugar, um bom organizador.
Não podemos cobrar ao filho, aquilo que o pai foi, como voador.
Na columbófilia o realizador é: a associação e a federação (porque realiza as provas). O encenador é o columbófilo (porque orienta a colónia) e o pombo correio é o actor principal (porque faz a prova).
Há pombos que não têm condições de ganhar títulos.
Existem pombos contrologistas, principalmente em grandes provas de fundo e grande fundo.
A força do vento dita a diferença.
Um lanterna vermelha, nunca poderá ser um fundista, mas sim um velocista, caso cheguem 30 ou 40 pombos à mesma localidade (colectividade), aí será discutido por sprinter, por melhores entradas, etc.
O facto de andar bem, não quer dizer melhor, porque o espirito de sacrifício do pombo é uma grande virtude.
Será que pombos mediocres em certos pombais, não poderão ganhar em outros? Claro que podem, mas aí aparece, o que chamamos mão.
Existem pombos que têm muito para dar, mas muitos columbófilos, proíbem-nos disso, por falta de competência.
Um pombo não se faz, produz-se. Ou bom, ou mau, muitas vezes somos nós os responsáveis.
Andamos na columbófilia para ganhar, não apenas para competir. Competir, qualquer um o pode fazer, basta enviar pombos às provas.
Existem pontos marcantes na columbófilia, aí está a importância e a diferença do bom ou mau columbófilo.
Temos de considerar a columbófilia uma modalidade desportiva de alta competição.
A média alta é a que mais desgasta os pombos, porque ele ultrapassa os seus próprios limites.
Um pombo vencedor tem que ser mantido, um perdedor eliminado só assim não fracassamos.
Temos que considerar a presença de um pombo, nos nossos pombais.
Um pombo tem de colaborar para o nosso sucesso, se não terá de ser substituido, por um novo reforço.
Temos que ter alguns pombos em conta, são capazes de tudo: do bom e do mau.
Quem tem bons reprodutores, terá que ter bons voadores.
O pombo para um columbófilo, terá que ser um motivo de interesse.
Quando chega um pombo a casa em 400km, teremos que saber se ele fazia os 500km.
Um bom pombo não inventa, ganha maturiedade, para vir a ser campeão.
Não percas um pombo, por perder, se ele amanhã te pode fazer falta.
Quem está para ganhar tem de esperar pelos momentos decisivos e com inteligência.
Quando um campeonato está lançado, não podemos facilitar.
Um pombo campeão, nunca é efectivo. Existem anos e anos, há época e época, mas aqui os columbófilos têm uma palavra a dizer.
Existem pombos que arrancam bem numa prova (orientação) outros acabam melhor (velocidade e resistência).
Um bom pombo não vai à roda, ao arrastamento... ataca se tiver condições.
Não sejas um quando ganhas e outro quando perdes, isto define um grande campeão.
Todos desejam o pódio, mas nem todos o conseguem. Trabalhando é possível.
Há pombos que a 5km da chegada são autênticos foguetes, outros a 100km da chegada já são vitoriosos. Ambos são campeões.
Há columbófilos com tendência para ganhar, porque reunem todas as condições, os outros têm que aplaudir o seu mérito.
Há columbófilos que nascem para o sucesso, outros com trabalho e sacrificio, chegam ao mesmo sítio.
Muitas vezes para quem começa já é bom, mais tarde têm o seu valor.
Temos que aprender com os pombos, eles nada aprendem connosco.
Um pombal nunca poderá ser um galinheiro, mas sim, um habitat de atletas de alta competição em forma alar.
Quando um pombo chega a casa e não entra, acarinha-o. Muitas vezes é forma de demonstrar alegria, por chegar até ti.
Tudo pode fazer bem ao pombo, mas em excesso, tudo faz mal.
O nosso pombal, não pode ser uma instituição de caridade, para eliminar um pombo caso necessário, não pode haver caridade.
Um ovo é o começo de um pombo campeão, mesmo com ele tem que haver cuidados.
Quem tem de dar o mérito ao columbófilo são os outros amadores, não ele a si próprio.
Temperaturas elevadas, humidade ou temperaturas gélidas nos pombais é não só o abaixamento de forma dos nossos alados, assim como das doenças.
Qualquer foco de doença num pombal é uma ameaça ao insucesso, neste desporto.
Falta de tratamentos e vacina é a primeira ameaça para o nosso desgosto, angustia e insucesso.
Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti, melhor!... Não vendas ou dês aos outros, o que não serve para ti.
Se alguem te der ou vender um borracho e ele não for bom, pode não te ter enganado, mas se forem quatro, cinco ou seis e todos mediocres, tenho a certeza que foste enganado.
Se te pedirem um borracho e dizerem que querem melhor do que têm em casa, não lhe dês, porque ficas com uma responsabilidade na mão e na alma.
Sete é pouco, nove é mais, mas 80 chegam. (Percebes?).
Um pombo, apesar de ter asas, não é um passaro. Um pinguim tem asas e não é pombo (defesa do pombo correio).
Dá e não olhes a quem (ditado antigo). Eu acho que deves dar, mas olhar a quem.
Se um columbófilo de idade pedir para o ajudares, fá-lo. Um dia o farão por ti.
Muitos olham para os olhos, tu tenta ver o que eles têm dentro da cabeça, porque se assim fosse, a columbófilia seria fácil.
Quando te exigem, contraria-os. Quando te dão conselhos, vê de quem vêm e quando te ajudam, agradece-lhe.
A columbófilia não é um monstro, nem difícil, mas há amadores que fazem dela um verdadeiro monstro e completa de dificuldades.
A humildade na columbófilia é uma das maiores virtudes, o desprezo pelos nossos companheiros, um dos maiores defeitos.
Se não podes ter 50, tem 20, se não poderes ter 20, tem 5, se não poderes ter 5, vai ver a casa do teu vizinho, os pombos nunca poderão ser maltratados.
Bate palmas hoje, para amanhã te baterem a ti.
Quem muito canta, mais depressa perde a voz.
Guarda sempre as classificações, podem amanhã ser precisas.
O cesto não dita tudo, mas que é importante, não temos duvidas.
Em muitos desportos não existem segredos, na columbófilia, existem de mais.
Um pombo não é inteligente, o único ser inteligente é o Homem, por isso somos o único racional. Mas não é tolo, nem tonto. Estima-o, acarinha-o, nunca o substimes.
A desgraça dos outros, às vezes são os nossos êxitos.
Todas as ideias constructivas em pro'ol da columbófilia são bem vindas e não interessa de onde venham, de um amigo ou inimigo, ou não seremos todos columbófilos e queremos todos um desporto mais forte e justo.
Toda a gente tem o direito a aprender, para isso é necessário que os professores lhe abram os livros (os mais velhos).
Ninguém consegue abrir a mente das pessoas, mas não custa tentar.
O nosso desporto é belo, mas quem faz por isso, são os pombos, nós apenas contribuimos.
Quem entender desrespeitar a columbófilia, tem de ser confrontado.
Ninguém tem o direito à honra do nosso desporto, não entregamos a honra a ninguém.
Aos directores, exemplifica o que pode estar bem ou mal, não os destruas. Precisamos deles.
Se só houvesse bons columbófilos, nunca poderia existir maus. E quem ganharia?
Nunca consideres alguns columbófilos pagantes, eles gostam tanto deste desporto como tu.
Há anos maus e anos bons, o mais importante é a balança tender mais para o bom.
Tenta demonstrar aos iniciantes que a columbófilia evoluiu, só assim o manteremos connosco.
Temos que reagir aos maus resultados, não interiorizar a derrota, a fim de evitar o desânimo.
Um columbófilo dificilmente é vítima, mas o atleta (pombo), esse é quase sempre.
Apoia a tua direcção, os teus directores, só assim serás um columbófilo completo.
Um columbófilo muitas vezes necessita melhorar a finalização dos seus pombos, com vários treinos em linha (semanais).
Se não ajudares quem se inicia, dentro de pouco tempo não tens adversários. Como vais competir?
O teu primeiro prémio, é o primeiro grande momento de um columbófilo.
Ninguém se pode intimidar com o prestigio do adversário.
Temos que aproveitar a apatia dos nossos adversários, nos momentos cruciais.
A forma como se aborda uma prova, é o principio de um vitória.
Temos que conhecer as qualidades e defeitos dos nossos companheiros, só assim saberemos quando e onde devemos atacar ou defender.
Na columbófilia temos que tentar compreender a visão dos outros.
Há pombos (velocidade e meio fundo) que não podem jogar fora do seu estádio (fundo).
Todo o pombo é um reforço, desde que soe a camisola (tenha espirito de sacrifício).
O columbófilo também pode ser um colaborador do pombo, mas ele é sempre nosso patrão.
Para um bom pombo, uma prova não é festivaleira, mas sim uma verdadeira competição.
Ninguém gosta de perder, mas também é necessário para aprender-mos com os nossos erros.
Quem trata e cuida dos pombos vai para a chegada tranquilo, quem não trata vai para a chegada com o coração nas mãos.
Não faças aos pombos aquilo que não queres que te façam a ti (não chegam a casa muitas vezes por não estarem bem cuidados).
A nossa postura em relação ao pombo, reflecte-se no seu comportamento.
A columbófilia é um desporto de amizade e lealdade e não de guerras.
Ser astuto na columbófilia é uma virtude, enquanto na vida poderemos não dizer o mesmo.
Não cries problemas com um pombo (maltrata-lo, passar fome, sede, etc.) sais sempre a perder.
Os resultados muitas vezes, não é o mais importante, amar os pombos, isso sim é a importância total.
Varias asneiras na columbófilia pode tornar-se um vício e assim, um fracasso.
Não inventes sem pensar, não faças e depois pensa, pensa antes de fazer, não penses após estar feito (muito importante no nosso desporto).
A nossa espectativa é a chegada do pombo ao nosso pombal, mas temos de fazer por isso.
Não faças figas para o pombo do teu amigo não chegar a casa, tudo se pode voltar contra ti.
Nunca sejas vaidoso, por ter mais poder económico que o teu adversário, porque nada está ganho (somos todos iguais).
Nunca penses que comprar tudo e caro já serás campeão, a maior parte das vezes é um engano.
O pombo é sensivel, nós não podemos ficar atrás.
Na columbófilia, a esperança só é total se fizeres por isso.
Gerir um pombal é como gerir um jardim de infância, com total dedicação, atenção e observação pelos mais pequenos.
Todos juntos fazemos com que a columbófilia tenha mais crédito e consequentemente coloca-la no lugar que merece.
Brevemente: Se apenas tens um pombal, ou gostas de voar ao natural.
6ª Crónica: Vantagens e desvantagens do clássico natural no século XXI.
Vou nesta crónica falar do natural clássico, como o primeiro sistema. Lá mais para a frente falaremos, em vários outros temas. Fui voador de natural durante muitos anos, ganhei vários títulos, mas tinha sempre outro sistema, ou seja o natural nunca era sistema alternativo. No século XXI, nunca ninguém no mundo poderá ser campeão, se apenas voar no sistema do natural clássico. Ganhar anilhas de ouro, também será muito difícil. Vou passar a explicar porquê! Claro, que tudo o que digo é a minha opinião e aceito de coração aberto todas as leituras dos meus companheiros, uma vez que todos têm direito a fazer a sua critica e ter a sua ideia. Na columbófilia, ninguém está a cima de ninguém e eu apenas sou mais um. Vou falar em pequenos truques, jogos e posições. Existem, ainda hoje muitos amadores com condições mínimas e com isto vou tentar ser útil. Que me perdoem todos aqueles que gostam de guardar pequenos segredos neste desporto. Eu tirando um ou outro pequeno detalhe, sempre me abri com quem tem mais necessidades. É a minha maneira de estar na columbófilia e não vou agora alterar, só porque estou a escrever para um futuro livro. Passo então ao que digo no início: Nunca ninguém no mundo poderá ser campeão, se apenas voar ao natural (quero frisar, se apenas voar ao natural, porque se o natural for um complemento ou um alternativo a outro sistema, claro que pode vencer). Existem vários naturais, mas aí já convém ter mais que um pombal. Aqui falarei no natural clássico, ou seja, um pombal com machos e fêmeas juntos com a respectiva malga (ninho), com casulo aberto ou fechado. Nunca poderás ser campeão a voar ao natural, uma vez que quando for uma prova de bom tempo e condições para viuvos, tu como és o único ao natural (por exemplo, uma colectividade que envie 1000 pombos), os viuvistas tem muitos pombos à tua frente e tu poderás ir parar a lugares muito baixo na classificação e por conseguinte perderes muitos pontos. Pelo contrário, se for um concurso com tempo propício para naturalistas, o que vai acontecer é tu marcares bem, mas não podes ter 30 ou 40 pombos à frente de ninguém, por isso logo aí os viuvistas estão safos e tu pouco ganhas. Resumindo: Ganhas pouco se for uma prova para ti e perdes muito se essa prova não for para ti (leia-se, natural). Espero ter sido compreensivo. Por outro lado, perto do fim da época existe um desgaste importante nas fêmeas, pelas várias posturas, assim como nos machos, por caça ao ninho, etc. Podemos tentar remediar estes dois casos, mas nunca será a 100%. O que devemos fazer, perguntam alguns? Para evitar uma ou outra postura, faz-se o seguinte: Primeiro, acasalas os pombos o mais tarde possível, lá para o fim de Fevereiro, mais ou menos 12 a 14 dias antes da primeira prova ofícial, porque se os pombos tiverem saúde vão pôr neste espaço de tempo, ou seja 12 a 14 dias, e assim já tens fêmeas no chôco para realizar a primeira prova. A partir dos 18, 19 dias, vais colocando um ovo de plástico, aqueles que se encontram à venda nas casas de especialidade, debaixo dos casais, elas vão aguentar muito mais tempo no chôco e muitas permanecem lá perto de 30 dias, apesar de terem 7 a 10 ovos de plástico no seu ninho. Aqui a ideia é a fêmea fazer o mínimo de posturas e assim evitar o seu desgaste físico, assim como a sua descalcificação. Sempre que o casal estiver no verdadeiro caça ao ninho, ou seja, quatro ou cinco dias antes do início da postura, fecha o casal no seu próprio casulo, a fim de evitar o desgaste do macho e da fêmea, uma vez que como sabes o macho andar constantemente em cima da fêmea, tanto tem desgaste físico ele como ela, assim como não se alimentam convenientemente. Evita que os borrachos nasçam, grola os ovos, coze-os ou põe-lhe ovos de plástico com areia do mar ou rio dentro, para que a fêmea não desconfie e não note que são ovos falsos. Sempre que os pombos estão no chôco, tens que ter a ração à discrição, ou seja no seu casulo, uma vez que existem fêmeas e até alguns machos que preferem morrer à fome e cima dos ovos (isto é uma força de expressão) do que sairem do chôco para se alimentarem. Há também uns comedouros retangulares de plástico que devem estar sempre à disposição nos casuis, nos casos citados anteriormente. Espero que nesta parte tenha sido esclarecedor. Ao natural, pelo menos o grite deve estar à disposição até quinta-feira à noite, para evitar o mais que possamos a descalcificação das fêmeas. Como aqui, estamos mais ou menos falados, vou passar ao segundo ponto de início: Dificilmente ganhamos anilhas de ouro ao natural. Aqui, é simples e bom de ver. Um viuvista pode fazer 12 provas de velocidade e meio fundo (eu digo 12, porque no meu caso o meus pombos de meio fundo, não vão a fundo, por isso mesmo são 12). Dizia eu que um viuvista faz essas 12 provas, enquanto as fêmeas do natural, muitas vezes estão a fazer postura e não poderão fazer essas mesmas provas. Por isso, um viúvo pode fazer 12 prémios e uma fêmea do natural, se for boa, pode fazer 8 (por exemplo), porque foram as provas que pôde realizar. Há a questão de um macho ou outro, poder ganhar alguma anilha, mas não é fácil, uma vez que de vez em quando temos que fazer um paragem de prova para a sua recuperação, mais ou menos duas ou três posturas de caça ao ninho. Os pombos terão de voar mais algum tempo que a viuvez, se não atenta: enquanto as fêmeas viuvas à volta de casa em meia hora de voo fazem cerca de 40 km, os pombos ao natural, como voam mais lentos, fazem 35 km, derivado ao chôco e caça ao ninho. Tudo isto, no final de contas, são desvantagens. Claro, que existem vantagens, mas em menor número. Fêmeas loucas a voar com ovos, uma outra com borrachos, assim como macho loucos a voar no chôco ou caça ao ninho e até com borrachos. Mas o natural pode ser um complemento de outro sistema e não alternativo nem sistema único. Como foi dito atrás, temos que evitar o nascimento dos borrachos, mas podes fazer o seguinte: Deixa quatro ou cinco nascerem na primeira postura, depois mais quatro ou cinco e assim consecutivamente, mas nunca os mesmos casais, porque elas não aguentam estar com borrachos quatro, cinco ou seis posturas. Vou mencionar apenas alguns truques, simples, coisas que toda a gente sabe. Quando tiverem borrachos, faz-se o seguinte: opta-se pelo pombo (macho ou fêmea) que tenha mais condições de marcar nessa prova, sendo assim, na vespera do encestamento, tira-se o que não foi escolhido no dia anterior e deixa-se o outro com o seu filho. Claro que o alado que fica com o filho sabe que a companheira não está e o filho necessita dele, logo esse mesmo alado vai dar tudo no dia da prova, quem não faria isso por um filho? Caso queiras enviar o casal à prova, também o podes fazer: No dia de encestamento, encestas mais cedo o que ficou com o borracho, depois colocas no casulo o que tiraste do pombal no dia anterior ao do encestamento, ele vai imediatamente para cima do borracho e após algum tempo já o podes encestar. Vou mencionar mais uma: Tem conhecimento acerca do insecto a que chamamos de abelhão? Um pouco maior que a abelha. Tem que se ter cuidado, é cada ferradela que podemos ver estrelas. Pega-se numa agulha que se aquece até ficar em brasa e fura-se os tais ovos de plástico, a fim de poder entrar oxigénio. Abre-se o ovo e naquelas flores de campo e jardim existem esses tais abelhões. Segura-se com jeito cada metade do ovo em ambas as mãos entre o dedo polegar e o indicador, quando o tal insecto estiver nas flores em busca do éter, coloca-se facilmente dentro do ovo. Aí, para além do barulho o próprio ovo agita-se facilmente. Seguidamente, coloca-se de baixo das fêmeas que estão no chôco a partir dos 15 dias, se for uma mãe preocupada e boa marcadores de prémios, tem todas as condições para marcar bem, porque foi afectada psicológicamente, com um possível nascimento de um filho. São pequenos truques, mas existem tantos, que não podemos enumerar aqui. Isto são pormenores básicos, como sabem vou precisar de mais matéria e conteúdo para o futuro livro, essa é a razão de algumas vezes, ficarem coisas por dizer. Concluindo: Cuidado com a alimentação no natural e com o desgaste físico de machos e fêmeas. Temos de ser cuidadosos, porque se eles não estiverem bem fisicamente, podemos perder colónias inteiras.
7ª Crónica:
Viuvos no causulo, estará na moda?
Brevemente na próxima crónica.
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