O termo antibiótico foi proposto por Selman A. Waksman, descobridor da estreptomicina, para definir substâncias dotadas de actividade antimicrobianas e extraídas de estruturas orgânicas viventes.
Em 1889 Jean Paul Vuillemin, num trabalho intitulado “Symbiose et antibiose”, cria o termo antibiosis para descrever a luta entre seres vivos para a sobrevivência.
Mais tarde, Ward adopta esta palavra para descrever o antagonismo microbiano. Posteriormente, já em plena era antibiótica, o termo significou, durante algum tempo, substancia extraída de seres vivos, bactérias, fungos, algas, com capacidade para anular a vida de diversos microrganismos.
O antibiótico, numa primeira fase, vem de um mundo vivo (produzidos por organismos vivos). Mas com o avanço da técnica, o conhecimento progressivo das fórmulas de diversos antibióticos, a possibilidade da sua preparação sintética partindo de bases químicas restauram o valor da origem dos mesmos.
ANTIBIÓTICOS
São substâncias medicinais seguras que têm capacidade para destruir o deter o crescimento de organismos infecciosos no corpo.
Os organismos podem ser bactérias, vírus, fungos, ou os minúsculos animais chamados protozoos.
Alguns antibióticos são produzidos por organismos vivos tais como bactérias, fungos e esporas.
Molécula de Penicilina fabricada por um fungo microscópico do género Penicillium (Penicillium notatum)
Outros são em todo o parte sintéticos, ou sejam produzidos artificialmente.
O seu descobrimento e o seu posterior desenvolvimento permitiram tratar efectivamente muitas doenças infecciosas, incluindo algumas que por vezes causavam a perda de vidas.
Antibiosis
Antibiosis é a relação geral entre um antibiótico e um organismo infeccioso, um é afectado ou morto pelo outro. Quando o sistema imunitário de um pombo não pode controlar a antibiosis a seu favor, usam-se os antibióticos para desequilibrar a balança a favor da saúde.
Homeostasis
Homeostasis é o balanço do corpo entre a saúde e a doença. Isto na sua maior parte depende da relação do corpo com as bactérias com que convive. Por exemplo, as bactérias que podem estar presentes no intestino de forma controlada, quando o intestino sofre alterações, as mesmas são capazes de penetrar e podem ocasionar uma infecção. Normalmente as bactérias invasoras são destruídas pelas células do sangue chamadas fagócitos e por vezes por diversas acções do sistema imunitário. Quando existem demasiadas bactérias para ser controladas pelo sistema, o pombo infectado tem uma baixa resistência a infecção, inicia-se a doença e são necessários os antibióticos para ajudar a restaurarem a homeostasis.
A acção dos Antibióticos
Os antibióticos podem ser bacteriostaticos (bloqueiam o crescimento e multiplicação celular) ou bactericidas (produzem a morte das bactérias). Para desempenhar estas funções, os antibióticos devem estar em contacto com as bactérias.
Sabe-se que os antibióticos interagem com as células das bactérias, ocasionando uma alteração na sua capacidade de reproduzir-se, alimentar-se, mover-se ou crescer. A prova da acção de um antibiótico num laboratório mostra quanta quantidade de substancia é necessária para travar a reprodução ou matar as bactérias. Ainda que uma grande quantidade de um antibiótico levaria menos tempo para matar as bactérias que ocasionam uma doença, tal dose iria provocar que os pombos sofressem os efeitos secundários ocasionados pelos antibióticos. Portanto, os antibióticos administram-se numa serie de quantidades adequadas de forma a assegurar que as bactérias são mortas o reduzidas a um número suficiente para que o corpo as possa repelir.
Quando se toma uma quantidade insuficiente de antibiótico, as bactérias podem desenvolver métodos para protegerem-se a si próprias contra esse antibiótico. Pelo que da próxima vez que se utilize o antibiótico contra estas bactérias, não será eficaz, não só este mas também se aumentam as probalidades de originar resistências.
Em columbofilia e em parte devido a escassez de profissionais em muitas ocasiões a automedicação que os aficionados efectuam, é muito frequente o abuso o mal emprego destes fabulosos ajudantes.
O ideal, e com a existência de sintomas de doença, seria visitar um profissional sanitário que realizaria umas simples perguntas ao proprietário em relação aos sintomas que observa, com o que poderá situar as possíveis opções entre as possíveis.
Apesar destas perguntas se deseja assegurar-se deve realizar as respectivas analises para identificar de forma mais exacta de que doença se trata.
Uma vez identificado o problema decidir-se-á que tipo de antibiótico utilizar (dose e tempo de aplicação adequado). O ideal e no caso de resistências será realizar um antibiograma (semear o microrganismo em condições favoráveis e aplicar-se-ia no dito cultivo distintos antibióticos para ver qual o mais eficaz) e desta forma aplicar o mais adequado.
Muitos me dirás que se não há profissionais isto não é possível, qualquer veterinário (ainda que não seja especialista em aves e em concreto em pombos) poderá tirar amostras e remetê-las a um laboratório para identificar o problema, portanto isto não é desculpa valida, tem que se trabalhar e chegar a um acordo a nível de clube ou grupo de amigos com esses profissionais para que nos ajudem a cuidar dos nossos pombos.
Ninguém se lembra ir a uma oficina de carros (por exemplo) e pedir que lhe reparem uma avaria sem pagar, como qualquer negócio tem que se manter do que cobra, portanto se calhar não há profissionais porque não existem clientes dispostos a investir na saúde da sua colónia?.
Agora se ouvimos que fulano tem um produto milagroso não poupamos nem um cêntimo. Por favor senhores um pouco de seriedade!
O uso de antibióticos Indiscriminadamente origina o aumento de resistências (os antibióticos são ineficazes ou necessitam de doses muito maiores) assim como danos nos nossos pombos.
Muitos aficionados desconhecem que o abuso de antibióticos pode originar transtornos a nível do fígado, rim, intestino, debilitam o sistema imunitário (todos eles órgãos imprescindíveis para um bom rendimento desportivo), assim como podem originar tumores. Uma aplicação incorrecta dos antibióticos arruína a vida desportiva do melhor desportista e como os nossos pombos não falam…
Resumindo
Mais vale prevenir que curar (instalações adequadas, limpeza nas instalações, evitar sobrelotação, realizar quarentenas quando trazemos algum exemplar novo, …).
Os antibióticos são uma ferramenta que nos servem para combater doenças dos nossos atletas.
O emprego dos antibióticos deverá ser super visado e ordenado por profissionais sanitários que nos indicaram a forma de administra-los, a sua dose e durante quanto tempo.
Os antibióticos Mal Usados arruínam o melhor desportista.
O uso frequente e indiscriminado de antibióticos sem causa justificada, provoca que aumentem as resistências dos organismos responsáveis das doenças e portanto se dificulte gravemente a possibilidade de cura.
NÃO INTOXIQUEMOS OS NOSSOS POMBOS, ELES NÃO O FARIAM.
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