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HISTORIAL

 

A minha paixão pelos pombos-correio, remonta aos tempos em que ainda menino me deixei possuir pelo fascínio dos pombos (rafeiros) que o meu pai tinha em Angola, nuns pombais construídos para os abrigar.

Entretanto, com 21 anos regressei a Portugal e passados 3 anos casei e construí as minhas primeiras instalações, em que mal cabia dentro delas. Estávamos no ano de 1978. Passei entretanto por um período de integração no meio columbófilo de Viana do Castelo em que tive o grato prazer de conhecer alguns columbófilos. Até costumo dizer, em conversa com AMIGOS COLUMBÓFILOS que fui um privilegiado e, dos responsáveis por esse privilégio para que eu me iniciasse na prática deste belo desporto, destaco o Senhor João Viana Filgueiras, o Senhor Manuel Pereira (Necas Pereira), o João Araújo, o Necas Cerdeira, columbófilos da elite daquela época, entre outros.

Inicialmente comecei por concorrer na Sociedade Columbófila de Perre e nela me mantive durante 2 anos. E logo no primeiro ano (1978) tive um pombo “ O Flecha”, que me deu bastantes alegrias, filho de um casal (Escurinho vs Azul) que me tina sido oferecido pelo João Araújo, tendo tido um desempenho fantástico nesse ano. Foi com a oferta de alguns borrachos e ajuda dos columbófilos referidos, que construí a minha colónia, daí o privilégio. A eles o meu muito obrigado. Gostaria no entanto de destacar e deixar aqui o meu agradecimento muito especial ao Senhor João Viana Filgueiras porque a ele devo muito do que sei hoje, sobre o que é, e como é conduzir uma colónia de pombos de competição.

Passados esses dois anos mudei então para a S. C. da Meadela, local da minha residência, que entretanto tinha aberto as suas portas. Nela permaneci, tendo sido dirigente durante largos anos. Entretanto e por motivos alheios à minha vontade, senti a necessidade de abandonar a prática columbófila. Tal foi o desgosto que sa apoderou de mim. perante a falta de caracter manifestada por meia dúzia de columbófilos? 

Os motivos que me levaram a deixar a respectiva colectividade são demasiado graves e vergonhosos, e por isso, me abstenho de os descrever.

Foi então que um dia me encontrei com o senhor Necas  Pereira  dizendo-me que tinha tido conhecimento da minha decisão, manifestando prontamente que jamais a aceitaria. Logo ali, me convidou a acompanhar à S.C. do Minho a fim de preencher uma proposta de sócio. Perante tanta insistência, acedi ao seu pedido porque, nos meus horizontes, a prática columbofilia esteve quase a ser uma miragem. Permaneci na S. C. do Minho durante cerca de 13 ou 14 anos, onde fui acarinhado por todos os amadores, tendo exercido, entre outros, o cargo de Presidente do C. Técnico, e contribuído, e muito para o seu engrandecimento, vencendo nela alguns títulos de campeão. Entretanto, e porque muito tinha mudado na S. C. da Meadela, que entretanto tinha batido no fundo, aceitei o convite que me foi endereçado pelo José Domingos Gigante e fiz-me novamente sócio, a fim de ajudar a reerguer uma colectividade que outrora fora uma das melhores colectividades do distrito e onde tenho também, ganho vários títulos de campeão. Para concluir quero fazer uma referência aos meus grandes amigos columbófilos por quem nutro uma amizade e um carinho muito especiais e que passo a destacar, Paulo Rodrigues (Supra) , Carlos Moreno (Porto), Henrique Augusto (Porto), Mário Martins (Porto), Fernando Garrido (Chamusca), Eduardo Correia (Tomar), Romeu Estarreja (Coimbra)Penha e Sousa, José Sousa e Senhor Manuel (Paços de Ferreira), José Eduardo (Albergaria), António Correia e Augusto Reis (Vila da Feira), Carlos Teixeira, César Timóteo e Araújo (Lisboa), Salomão (Viseu), Valentim (Cacia), Rui Lobato (Lisboa), Irmãos Pereira (Ponte de Lima), Marcelino, Jorge Alegre, Farramacho, Mário Teixeira e Virgílio Menau de (Luz de Tavira), Domingos Passinhas de (Évora),e muitos outros que de momento não me ocorrem. Para finalizar gostaria de prestar a minha homenagem muito sincera ao meu grande amigo, entretanto já falecido, Alexandre Mendes Gordo. O meu muito obrigado a todos vós pelo muito que fizeram e continuam a fazer por mim e espero também continuar a merecer a vossa amizade e carinho que me têm dispensado.

A minha paixão pelo POMBO-CORREIO é muito forte, no entanto se hoje sou columbófilo é pelos muitos e bons AMIGOS COLUMBÓFILOS que fiz de norte a sul do país, em quase 30 anos de actividade ao serviço da columbofilia. Porque, como em tudo na vida, também há, na columbofilia, os sem carácter que descaracterizam este belo desporto. Mas desses não reza a história, desses, o que devemos sentir é, puro e simplesmente, pena!

E, para terminar, permitam-me, com todo o prazer, dizer aos VERDADEIROS COLUMBÓFILOS, àqueles que realmente respiram o Espírito Columbófilo, aos que se estão a iniciar e não só, que me procurem, se sentirem que precisam de alguém que possa contribuir com algo que se relacione com a prática do nosso desporto favorito. Não sei muito. Somente o que aprendi em 30 anos de prática columbófila. Até porque, em columbofilia como na vida, aprendemos todos os dias.

Como cidadão columbófilo entendi dar o meu contributo como dirigente e actualmente sou Secretário do Congresso da Federação Portuguesa de Columbofilia, cargo que muito me honra, tendo também exercido durante alguns anos, outros de grande responsabilidade como, Secretário do Conselho Técnico da Associação Columbófila do Distrito de Viana do Castelo e simultaneamente Coordenador de Soltas, e Presidente do Conselho Técnico da Sociedade Columbófila da Meadela. Estou na columbofilia para a servir e não para me servir.

Infelizmente a ingratidão reinante no nosso meio columbófilo é por demais escandalosa, em que, aqueles que nada fazem, estão constantemente com insultos e calúnias cujos alvos preferenciais, são (dirigentes) que trabalham por amor à causa columbófila, sacrificando a sua própria vida familiar. Daí a crise de bons dirigentes que nos últimos anos se tem verificado.

  • E para terminar este "preâmbulo" que já vai longo, quero dizer com toda a convicção e em jeito de mensagem que, “A Columbofilia, quando praticada com seriedade, honestidade e respeito pelo adversário, estasse a contribuir para a dignificação do desporto columbófilo”. Flores para os vencedores, mas respeito e admiração para os vencidos. Valoriza-te a ti, valorizando teu adversário.                                                              


A "Sereia" campeã de velocidade 2006 S.C.Meadela dois 1ºs prémios entre outros.

Alguns dos títulos ganhos até 2004