Desde que me lembro, quando virei columbófilo, das poucas coisas onde podíamos aprender alguma coisa sobre a modalidade, era através do jornal "O Mundo Columbófilo", pois a era da Internet ainda vinha longe...

Recordo os momentos de ansiedade com que ia à caixa do correio, sempre ávido de devorar tudo o que dizia respeito ao pombo-correio. E, já nessa altura, gostava de ler as crónicas do José Maurício de Carvalho e confesso que desde logo acreditei nas suas palavras, vi nele um mestre na condução duma colónia, fruto duma grande experiência e observação de tudo o que diz respeito ao objectivo de retirar o máximo rendimento dos seus pombos. E aquilo que ele próprio aprendia, através das suas experiências, não o escondia de ninguém e foi dos únicos columbófilos da altura que teve a coragem de passar as suas ideias e, conforme ele próprio confessa, só o fazia após ter chegado á conclusão que aquele método podia fazer a diferença, após os excelentes resultados que os seus pombos obtinham na altura.

Segui os seus conselhos, os seus métodos e confesso que o método que na altura deu mais frutos na minha colónia, foi quando mudei do natural para o sistema dos poleiros com os sexos juntos, sistema este que revolucionou muitas colónias espalhadas pelo país, um sistema simples que, para quem se está a iniciar na columbofilia, é e continua a ser uma boa escola para o sistema seguinte, mais actual que é a viuvez, na minha opinião, o que retiramos o máximo rendimento dos nossos pombos.

Ainda hoje continuo a admirar as suas crónicas, mais actualizadas é claro, pois este senhor da columbofilia portuguesa, sendo um observador, um grande estudioso e acima de tudo um apaixonado pelos pombos-correio, conseguiu acompanhar sempre a evolução da columbofilia, por isso continua sempre bem actualizado.

Por estas e muitas mais razões, considero-o o meu mestre na columbofilia, embora nunca tivesse a honra de falarmos ou estado juntos. Aprendi com as suas palavras, acreditei nelas e influenciaram-me na minha maneira de estar na columbofilia, onde já tive a oportunidade de ganhar tudo o que havia para ganhar, graças ao meu trabalho, à qualidade dos meus pombos, mas também aos ensinamentos do JOSÉ MAURÍCIO DE CARVALHO, a quem eu tiro o chapéu.

Deste modo, em jeito de agradecimento pelo seu contributo ao desenvolvimento da columbofilia, aproveito este espaço público para lhe enviar os meus melhores cumprimentos, desejo-lhe muita saúde para que continue a escrever as suas crónicas, a ilucidar-nos dos pequenos pormenores que fazem a diferença...

Obrigado amigo.

Luís Ribeiro

Outubro/2010