POR GOSTAR DE POMBOS

 

COM 15 ANOS, ISTO NO ANO DE 1980 COMECEI COMO COLUMBÓFILO NA CASA DOS MEUS PAIS EM S. MATIAS, É UMA ALDEIA A CERCA DE 10KM DE BEJA, COMECEI POR CONSTRUIR UM POMBAL COM TÁBUAS VELHAS QUE ARRANJEI AQUI E ALI. OS MEUS PRIMEIROS POMBOS FORAM UM  CASAL PEDRADO, QUE UM  PRIMO MEU ME DEU. ELE ERA CRIADOR DE POMBOS E DAI COMEÇOU O MEU GOSTO PELOS POMBOS. PARA MIM NESSA ALTURA O CONCEITO DE POMBO CORREIO ERA O POMBO QUE TINHA AS CARUNCULAS GRANDES.

NESSA ALTURA A COLECTIVIDADE MAIS PRÓXIMA ERA EM CUBA QUE FICAVA CERCA DE 8 KM, OS MEUS PAIS NÃO TINHAM CARRO, A ÚNICA SOLUÇÃO ERA A VELHA PEDALEIRA QUE O MEU PAI JÁ TINHA DE LADO, PESAVA CERCA DE UNS SINGELOS 35KG.

ASSIM FOI, UM DIA FUI A CUBA PARA VER SE ARRANJAVA ANILHAS, QUANDO CHEGUEI TIVE A SORTE DE ENCONTRAR DOIS COLUMBÓFILOS (JOSÉ ALEXANDRE E FERNADO)  NESSE DIA  POR ACASO ERA UM DIA DE CONCURSO, QUE EU NEM SEQUER IMAGINAVA COMO ERA, FIQUEI LOGO A VER A CHEGADAS, E AI ENTÃO É QUE FIQUEI  MESMO COM A PAIXÃO  PELOS  POMBOS, DEPOIS DA CHEGADA DOS POMBOS FOMOS A SEDE LEVAR OS RELÓGIOS ONDE COMPREI ALGUMAS ANILHAS EM NOME DE UM SÓCIO QUE EU JÁ NÃO ME LEMBRO QUEM FOI.

NESSE DIA DERAM-ME LOGO  ALGUNS BORRACHOS. (NESSA ALTURA QUANDO CHEGAVA UM NOVO CONCORRENTE TODOS ESTAVAM DISPOSTOS A AJUDAR). PASSADOS ALGUNS DIAS FALEI COM UM OUTRO MEU PRIMO QUE MORAVA NO BARREIRO ONDE ERA COLUMBÓFILO, QUE ME PROMETEU  ARRANJAR UM CASAL DE POMBOS BELGAS E ASSIM FOI. POUCO TEMPO DEPOIS TROUXE-ME UM CASAL DE POMBOS PRETOS (LINDOS) DO QUAL TIREI DOIS FILHOS, DEPOIS DEVOLVI O CASAL. ESSES BORRACHOS SAÍRAM DOIS MACHOS PRETOS.

NESSE ANO ANILHEI CERCA DE 60 BORRACHOS TINHA UMA COLÓNIA LINDA, PARA QUEM IA COMEÇAR ESTAVA MESMO NA QUANTIDADE CERTA. MAS O GRANDE PROBLEMA ERA O TRANSPORTE ATÉ A SEDE. A SOLUÇÃO ERA IR TRABALHAR PARA COMPRAR UMA MOTORETA E ASSIM FOI. MAS O PIOR ACONTECEU O MEU PATRÃO NESSE ANO EM SETEMBRO  TEVE DE IR TRABALHAR PARA O ALGARVE E EU TAMBÉM TIVE DE IR, ONDE ESTIVE 2 ANOS, SEM PODER CONCORRER, MAS MANTIVE SEMPRE OS MEUS POMBOS.   

QUANDO VOLTEI DO ALGARVE JÁ TINHA ARRANJADO UMA NAMORADA E OS POMBOS TINHAM PASSADO PARA SEGUNDO PLANO.

NO ANO DE 1983 CASEI E FUI MORAR PARA FARO DO ALENTEJO QUE FICA A 3KM DE CUBA ONDE NÃO HAVIA CONCORRENTES, COM CASA PRÓPRIA E JÁ COM CARRO CONSTRUÍ UM POMBAL E LEVEI ALGUNS POMBOS QUE TINHA EM S. MATIAS COMECEI UMA NOVA COLÓNIA, MAS POR AZAR A SOCIEDADE DE CUBA JÁ TINHA FECHADO, A SOLUÇÃO ERA IR CONCORRER PARA A VIDIGUEIRA.

FUI CONCORRER PARA A VIDIGUEIRA E COMO TINHA UMA CARRINHA LEVAVA TAMBÉM OS POMBOS DE ALGUNS CONCORRENTES DE CUBA QUE NÃO TINHAM TRANSPORTE. DOIS ANOS DEPOIS  COMO JÁ ÉRAMOS MUITOS  CONCORRENTES DE CUBA E  FARO DO ALENTEJO, DECIDIMOS REABRIR NOVAMENTE A SOCIEDADE DE CUBA.

E ASSIM FORMAMOS UMA DIRECÇÃO ONDE FUI DIRIGENTE E CONCORRENTE DURANTE ALGUNS ANOS ONDE FIQUEI COM GRANDES AMIGOS.

EM 1995 FUNDAMOS A SECÇÃO COLUMBÓFILA DO GRUPO DESPORTIVO DE FARO DO ALENTEJO, QUE MESMO SENDO UMA ALDEIA PEQUENA CHEGOU A TER TANTOS CONCORRENTES NO ACTIVO COMO CUBA ONDE CONCORRI E TAMBÉM FUI DIRIGENTE. MAS MAIS UMA VEZ NO ANO DE 1998, JÁ COM ALGUNS CAMPEÕES, POR MOTIVOS PROFISSIONAIS TIVE DE ABANDONAR NOVAMENTE ESTE MEU OBIE, OFERECENDO A MINHA COLÓNIA A UM AMIGO  DE FARO DO ALENTEJO (ZÉ ICO).

NO ANO 2000 VIM MORAR PARA BEJA, JÁ CONHECENDO A MAIOR PARTE DOS CONCORRENTES, VOLTEI A FAZER UM POMBAL, TROUXE ALGUNS POMBOS DAS LINHAS QUE TINHA EM FARO E COM ALGUNS POMBOS DOS MEUS AMIGOS(JOSE AMEIXA, SARDINHA, PARDAL, RATNHO, RATO MARTINS, GRAÇA, ETC...)  COMECEI A CONCORRER  COM UMA NOVA COLÓNIA NA SOCIEDADE ASAS DE BEJA E TAMBÉM  A COLABORAR  EM VARIAS DIRECÇÕES AO LONGO DESTE ANOS COMO TESOUREIRO, VICE PRESIDENTE, MEMBRO DO CONSELHO TÉCNICO E AJUDANDO COMO POSSO. NO ANO DE 2005 COMECEI A CONCORRER A DUBLAGEM  NA SOCIEDADE DA ZONA AZUL TAMBÉM EM BEJA.

EM 2005  FIZ NOVOS POMBAIS, FOI  ENTÃO QUE CONVIDEI UM AMIGO MEU PARA ME AJUDAR (JOÃO PELICA) UM HOMEM QUE SEMPRE GOSTOU  MUITO DE POMBOS. SE NÃO FOSSE ELE, DEVIDO A MINHA VIDA PROFISSIONAL ACTUALMENTE NÃO PODIA TER OS POMBOS QUE TANTO GOSTO .

     

             JOAQUIM GUERREIRO