O meu início da columbofilia foi em 1976. Nesse ano acabei o serviço militar e como tinha o bichinho herdado de meu pai, continuei a actividade. O meu pai enquanto concorreu tinha sido campeão pelas colectividades em que concursou, mas teve de desistir por motivos profissionais.
Andei a apreender até que tive de abandonar por ter ingressado na Polícia de Segurança Pública (P.S.P.). As dificuldades aumentaram por não ter horas certas, andei a brincar com os pombos e fazia bons concursos de fundo e meio fundo, daí gostar mais de pombos de fundo. Em 1985 consegui uma casa, antes estava em casa de meus pais, onde montei pombal e voltei novamente a ter bons pombos destas especialidades, embora oferecendo pombos a amigos e colegas, casos de Emiliano da S.C. do PORTO, o Artur Paciência de Leça da Palmeira, que marcavam prémios de topo. Eu era conhecido na minha área de residência por ter bons pombos de fundo que eram origens dos já falecidos Filomeno Magalhães, os belgas do Moreno da (Porto), dos pombos extraordinários do Sr.Armindo Gomes, os miúras, uma fêmea da linha do Manuel da “Adega” (estes como já referi falecidos e que me deixaram saudades) oferecida pelo meu amigo Mingos Batista. Este ainda se encontra em actividade e ainda hoje tem pombos por mim oferecidos e com bons resultados. E também uma fêmea dos irmãos Albuquerque de Valbom. Um casal do Sousa “Alemão” que ele trouxe quando estava a trabalhar na Alemanha, de muita categoria, que ofereceu ao meu pai que depois me deu este casal do qual tirei pombos que tanto no meu pombal como em outros, foram extraordinários a voar e a dar filhos.
Em 1992 faleceu-me uma filha. Este facto levou-me a procurar casa pois não queria estar na mesma para não me recordar do que me aconteceu. E então comprei a minha casa actual. Que por influência de um grande amigo que eu o considerava, instalei os meus pombais.
Em 1999 numa distribuição de prémios a minha esposa envergonhou-me dizendo que eu não recebia prémios e os outros sim, ao que respondi que era preciso perder tempo e gastar algum dinheiro. Ela respondeu que para fazer esta figura mais valia acabar. Ganhei coragem e em 2000, percorri vários leilões, adquiri umas dezenas ou centenas de pombos em todo o Norte do País e só aproveitei um comprado em Amarante, do “Palavrinhas”, do qual ainda hoje tenho saudades.
O maior desgosto que tive na columbofilia foi a traição de uma pessoa que considerava como um irmão pois tínhamos muitas coisas em comum. Ele acreditou numa falsa palavra de um “amigo” de ocasião, o que originou a destruição da nossa grande amizade.
Outro dos grandes desgostos que tive na Columbofilia foi ter ido á C.I.C. ao Sr. Inácio de Lobão onde adquiri cinco casais, quatro por ele escolhidos com garantia por ele passada, mas que não valeu de nada a dita garantia, foi mesmo só para vender. O outro escolhido por mim, pelos livros e catálogos dele bom sangue garantidos pelo mesmo e ainda comprei trinta borrachos, mais três oferecidos. Aqui é que está a minha indignação pois só um borracho ao segundo ano é que começou a marcar uns prémios, dos casais nem um borracho fez algo. Então aí sim, fui ao Mundo Columbófilo e comprei vários pombos que, cruzados com alguns pombos do dito falso amigo, que são da mesma linha “Ponderosa”, me têm dado grandes alegrias. Consegui vários pombos de top e ter dezenas de anilhas de ouro, prata, pombos campeões de colectividades e do bloco e alguns amigos, com pombos meus, também campeões.
Já recebi várias visitas de columbófilos espanhóis, tendo eles adquirido pombos, com bons resultados visto que voltam sempre a contactar-me. Recebi igualmente a visita do Super General Manager da "Ponderosa" Henk que gostou muito das instalações e dos pombos.
Foi uma grande alegria para mim quando, em Junho de 2007, foi referido no Jornal "Portugal Columbófilo" nº15/07 que uma fêmea que foi por mim cedida ao amigo JOSÉ VALDERRAMA de ESPANHA, quando o mesmo visitou o meu pombal, que ele cruzou com um macho do meu amigo Luís Galrão, lhe deu um borracho que venceu o Derby de Aragon.