DOENÇAS DOS POMBOS CORREIOS |
18-02-2008 |
Guia Prático De Doenças De Pombos-Correios
Constantes Fisiológicas Do Pombo |
Temperatura 38,8º - 40º C
Peso Médio: = 450 - 500 grs. = 400 - 450 grs. |
Ingestão de agua: 30 - 60 cc por dia (45 cc em média) 1 litro de agua para 20 pombos. Aumentar para o dobro durante o Verão (60 - 100 cc) Ingestão de alimentos 30 gramas por dia (média) |
Conselhos práticos e regras de tratamento
Tratamento: A. - Curativo - Sintomático - Geral
B. - Preventivo ou Profiláctico (higiene, vacinas, etc.)
C. - Coadjuvante (por exemplo: antibióticos em doenças virósicas) |
Administração Dos Medicamentos |
Forma injectável: |
Subcutânea (debaixo da pele do pescoço) |
Forma oral: |
1. - Por cápsulas ou comprimidos (tratamento individual) 2. - Na agua de bebida: administrar a quantidade justa de agua que se consome por dia de acordo com a época do ano (inverno ou verão). As vitaminas na agua ficam inactivas dum dia para outro. 3. - No alimento: não se recomenda. 4. - Tópicos: com um cotonete - ou palito com algodão (caso Muguet, trichomoniasis, viruela, etc) |
Dosificação: |
Insuficiente: Não produz a cura desejada e produz resistência ou habituação. Sobredose: Pode provocar efeitos muito prejudiciais (caso sulfas) Medidas: 1 colher de café = 1.5 - 2 grs. 1 colher de chá = 3,5 - 4 grs. 1 colher sopa = 8 - 10 grs. 1 colher sopa = 15 grs. 20 gotas = 1 ml. = 1 cc |
Importante: |
Sempre que se administrem antibióticos (tetraciclinas, tilosina, eritromicina, etc), há que fornecer conjuntamente vitaminas, electrolitos, aminoácidos e reconstituintes da flora intestinal. (Ex.: ácido filofago, yoghurt)
No caso de administrar TETRACICLINAS (terramicina MR), suprimir o GRIT durante esses dias dado que os sais de cálcio precipitam o antibiótico e o desactivam. Não usar simultaneamente produtos interactivos: podem produzir interferência, sinergismo, antagonismo ou alteração do efeito desejado. |
Profilaxia ou prevenção |
Desinfecção do pombal e das instalações: actualmente a IODINE POVIDONA é o desinfectante por excelência. Tem acção bacteriana, viricida e fungicida. Aplicá-lo com spray cada vez que seja limpo o pombal (mínimo uma vez por semana). Diluição: 20 cc num litro de agua. |
LISTA DE DOENÇAS
INFECCIOSAS |
BACTERIANAS
(bactéria) |
SALMONELOSIS OU PARATIFOSIS |
PASTEURELOSIS OU CÓLERA |
CORIZA |
ORNITOSIS |
MICOPLASMOSIS |
VIRÓSICAS (vírus) |
NEW CASTLE OU PARAMIXOVIRUS |
ADENOVIRUS |
HERPES VIRUS |
DIFTERO - VIRUELA |
MICÓTICAS (fungos) |
ASPERGILOSIS |
CADIDIASIS OU MUGUET |
PARASITARIAS |
INTERNOS |
COCCIDIOSIS |
ASCARIDIOSIS |
CAPILARIOSIS |
TENIASIS |
PROTOZOARIOS |
PLASMODIOSIS OU MALARIA |
HAEMOPROTEOSIS |
TRICHOMONIASIS |
EXTERNOS |
PIOLHOS |
ACAROS |
DIPTEROS (moscas) |
CARRAÇAS |
SALMONELOSIS OU PARATIFOSIS Doença dos pombos jovens que lhes causa uma morte prematura sem sintomas específicos. Os pombos adultos que se curam transformam-se em portadores e continuam eliminando salmonellas, pelo que sempre é preferível eliminá-los. Na postura podem transmitir a doença através dos poros da casca dos ovos. |
AGENTE CAUSAL: |
Salmonella Typhimurium |
TRANSMISSÃO: |
Oral: Pelo alimento ou na agua da bebida. Aérea: Por inalação do pó. Ovárica: Do ovário ao ovo. |
SINTOMAS: 4 formas |
1 - Intestinal: Diarreia com fezes espessas rodeadas de mucos, elementos não digeridos em agua suja de cor parda ou verde, espumoso. Engrossamento da cloaca. Adelgaçamento. 2 - Articular: do intestino passa ao sangue e daí ás articulações de maior movimento (cotovelo). Asa caída 3 - Orgânica: ataca todos os órgãos manifestando-se com uma respiração curta e debilitamento geral. 4 - Nervosa: ataca o cérebro e a espinal medula produzindo: - perda de equilíbrio - paralisia - torticolos (parecido com New Castle) |
DIAGNOSTICO |
Serológico, ou seja os anticorpos do sangue dos animais infectados. |
TRATAMENTO: |
Antibióticos: - Tetraciclinas - Enrofloxacina - Furazolidona Mínimo 15 dias, por isso não convêm. |
PROFILAXIA: |
Limpeza e desinfecção (pelo menos semanal) 1 - 2 dias de antibióticos cada 15 dias Vitaminas |
IMPORTANTE: |
É uma ZOONOSE (pode contagiar o homem por contacto directo) |
PASTEURELOSIS OU COLERA Tanto pode atacar uns poucos pombos, como também provocar uma epidemia. Normalmente termina dum modo fatal. A superpopulação e a falta de higiene são dos factores causadores mais importantes. |
AGENTE CAUSAL: |
Pasteurella multocida |
SINTOMAS: |
Febre alta 42 º - 43º C Diarreia Morte entre 24 - 48 hs. |
TRATAMENTO: |
Tetraciclinas Enrofloxacina Vitaminas |
PROFILAXIA: |
Limpeza e desinfecção (iodo povidona) |
CORIZA |
AGENTE CAUSAL: |
Hemophilus influenzae |
SINTOMAS: |
Lágrimas nos dois olhos ao mesmo tempo. Inchaços dos sacos lacrimais (cabeça de mocho). Leve descarga nasal (muco) |
DIAGNOSTICO: |
Exame bacteriológico das secreções nasais e oculares. |
TRATAMENTO: |
Antibióticos - Vitaminas. |
PROFILAXIA: |
Limpeza e desinfecção (iodo povidona) |
MICOPLASMOSIS Micoplasma - Microorganismo a meio caminho entre uma bactéria e um vírus. Os pombos curados adquirem imunidade, no entanto passam a portadores e transmissores da doença aos borrachos. Esta doença está geralmente associada á ORNITOSIS. Muitos pombos são portadores, as doenças aparecem depois do esforço de concursos difíceis. |
AGENTE CAUSAL: |
Micoplasma |
SINTOMAS: |
Secreção nasal húmida, aquosa e se torna pegajosa e purulenta. No interior da boca uma crosta cinzenta, rugosa. Língua e paladar pegajosa. Hálito muito desagradável (repulsivo). Nariz de cor cinza suja. Respiração muito dificultada. Ruídos de ressonar muito fortes à noite. Evolução muito lenta. Rara vez há infecção generalizada mas o diminuir das defesas (stress, concursos, falta de higiene, superpopulação etc.) pode originar eclosão da doença e provocar mortes. |
DIAGNOSTICO: |
Exame serológico dos anticorpos dos pombos atacados. |
TRATAMENTO: |
Tilosina (Tylla MR) ENROFLOXACINA. Administrar 5 dias consecutivos |
PROFILAXIA: |
Desinfecção a fundo. Podem-se realizar tratamentos preventivos nas semanas livres das épocas de concursos, sobretudo depois dos concursos difíceis. |
ORNITOSIS |
AGENTE CAUSAL: |
Clamidia |
SINTOMAS: |
Similares a uma gripe. Secreção nasal e ocular parecido com a micoplasmosis. Diarreia----> adelgaçamento lento---> morte. |
DIAGNOSTICO: |
Laboratório (método Stamp) |
TRATAMENTO: |
Clortetraciclinas + Tilosina. |
PROFILAXIA: |
Desinfecção a fundo. |
IMPORTANTE: |
OLHO É UMA ZOONOSE. |
NEW CASTLE OU PARAMIXOVIRUS |
AGENTE CAUSAL: |
Paramixovirus aviar tipo 1 |
SINTOMAS: |
1 - Transtornos digestivos: Virus - vicerotropo - Excrementos aquosos ----> líquidos (como agua) - Sede intensa (pode aumentar 4-5 vezes o consumo) 2 - Transtornos nervosos: - vírus neurotropo - Ligeiros tremores de cabeça. - Dificuldade para picar os grãos (afecta o nervo óptico). - Problemas de equilíbrio: o pombo tibuteia, e cai para um lado ou para trás (piruetas) - Torticolos: de 0º - 180 º - Problemas na vista com descoloração de um olho. - Paralisia duma asa ou das duas. - Paralisia duma pata ou das duas. 3 - Transtornos Respiratórios(Vírus neumotropo) - Conjuntivite, coriza, estertor. (São pouco frequentes) |
DIAGNOSTICO: |
De laboratório, por exame virológico do sangue. |
TRATAMENTO: |
Eliminar pombos doentes de pouco valor. Isolar os pombos que queremos tratar. Reduzir à normalidade o consumo de agua (50 c por dia). Encher bem os comedouros ou dar-lhes de comer com manga ou seringa. Administrar conjuntamente: Antibióticos (Tetraciclinas, enrofloxacina, etc.) Aminoácidos Vitaminas Levamisol (como estimulante das defesas). |
PROFILAXIA: |
Limpeza e desinfecção do pombal |
VACINAÇÃO: |
a) Vírus morto: ou inactivo em solução aquosa. Intramuscular ou subcutânea. Imunidade: um ano COLOMBOVAC (Holanda) b) Vírus vivo: Cepa B1 ou La Sota. Na agua da bebida e por gota nasal ou ocular. Imunidade : 2 meses. Aos 4 dias de aplicação da vacina ao vírus vivo é conveniente realizar o seguinte Shock: Levamisol: 1-2 dias Vitaminas, Antibióticos e Aminoácidos: durante 4-5 dias. |
IMPORTANTE: |
É obrigação do columbófilo denunciar ou comunicar à sua sociedade o surto desta doença no seu pombal, para que todos os columbófilos tomem as precauções devidas. |
ADENOVIRUS O pouco que se conhece desta doença é que é provocada por um vírus que tem a sua preferencia pelos órgãos do sistema linfático (ganglios,bazo). Daí o seu nome. |
AGENTE CAUSAL: |
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SINTOMAS: |
Durante a criação é muito comum observar o crescimento desigual dos borrachos. Os vómitos frequentes são um dos sintomas mais característicos da doença. |
TRATAMENTO: |
Substancias homeopáticas. |
PROFILAXIA: |
Limpeza e desinfecção dos pombos. |
HERPES VIRUS Doença virósica de aparição recente. Tem havido alguns casos em Buenos Aires. |
DIFTERO VIRUELA |
AGENTE CAUSAL: |
Borrelia columbae (virus) |
CONTÁGIO: |
Pela agua de bebida, alimento, material fecal, pó, picada de mosquitos, feridas, etc. Os borrachos são os mais susceptíveis. Adultos raramente ficam doentes. |
SINTOMAS: |
Típicas formações crostosas branco amarelentas, difíceis de desprender (sangrentas), nos olhos, nariz, bico, articulação das patas, boca, garganta, em redor da cloaca. |
TRATAMENTO: |
Separar as excrescências e aplicar tópicos de tintura de iodo. Dar antibióticos e vitaminas (sobretudo vitamina A) durante 4-5 dias |
PROFILAXIA: |
Limpeza e desinfecção (iodo povidona). |
IMUNIDADE: |
O pombo curado adquire imunidade para toda a vida. |
COCCIDIOSIS |
AGENTE CAUSAL: |
Duas espécies de parasitas diminutos: Eimeria Labbeana Eimeria Columbarum |
SINTOMAS: |
Duas formas: Subclinica: próprio dos pombos adultos. Não há sintoma mas diminui o rendimento desportivo. Há uma certa imunidade. Propriamente dita: Ataca os borrachos a partir da terceira semana de idade. Material fecal aquosa e descolorida, ás vezes é sanguinolenta (nunca é líquida e verde). Perda de peso e forma. Perda de cor da Íris do olho mudança para grisalho. Mucosa da boca e da garganta ficam pálidas (anemia) Plumagem opaca. |
DIAGNOSTICO: |
Análises de material fecal. |
TRATAMENTO: |
Sulfamidas "o uso continuado no olho, provoca danos a nível renal" Amprolium Cloazuril Toltazuril (Baycox Mr.) |
PROFILAXIA: |
Alternar as drogas acima mencionadas cada 30 dias em forma preventiva. Podem-se administrar juntamente com o tratamento contra trichomonas. Uma vez terminado o tratamento dar um choque vitamínico durante 3-4 dias. Limpeza a fundo e desinfecção geral (não esquecer que os ovos de coccidios se reproduzem na material fecal acumulada no chão ou bandejas sendo necessárias três condições: temperatura, humidade e oxigénio. Por isso devemos evitar a humidade). |
ASCARIDIOSIS |
AGENTE CAUSAL: |
Ascaris Columbae. O ciclo em que o ovo do parasita é eliminado por via fecal, vai ao solo, se desenvolve a larva e novamente é ingerido, amadurece e novamente eliminado é de 20 dias (daí se recomenda tratamentos preventivos cada 21 dias) |
SINTOMAS: |
Poucas lombrigas causam pouco dano, mas se o número aumenta em demasia produz-se uma diminuição do rendimento desportivo causando muitas perdas. - Anorexia (perda de apetite) - Perda de peso. - Debilidade - Material fecal pouco consistente. - Sede intensa. - Anemia - Plumagem opaca e eriçada. - Os parasitas podem ver-se nos excrementos e ás vezes nos vómitos. Os danos que estes parasitas provocam são imputados a 3 razões: 1 - Ás feridas que provocam na parede intestinal 2 - Porque absorvem muitos elementos nutritivos. 3 - Porque excretam substancias tóxicas. |
DIAGNOSTICO: |
Análises de matéria fecal. |
TRATAMENTO: |
Existem diferentes drogas: - Levamisol -RIPERCOL MR - Piperazina - Ivermectina (Ivomec Mr) |
PROFILAXIA: |
Tratamento alternado com as drogas mencionadas cada 30 dias, desta maneira diminuímos a possibilidade de habituação da droga. Não esquecer que o LEVAMISOL é um excelente inmunomodulador (estimulante das defesas) por isso cada vez que vacinemos contra New Castle se torna imprescindível a sua utilização. Os animais velhos desenvolvem uma certa imunidade. Limpeza - higiene. - Desinfecção |
CAPILARIOSIS |
AGENTE CAUSAL: |
Capillaria obsignata Considera-se que este parasita está presente em 50 % dos pombos, mas particularmente são mais sensíveis os animais jovens. |
SINTOMAS: |
Uma infestação leve praticamente não produz sintomas, somente diminuição dos rendimentos desportivos. Mas se a infestação é grave, podem chegar a morrer borrachos uma semana depois de começar a doença. DIARREIA----> ADELGAÇAMENTO-----> MORTE |
DIAGNOSTICO: |
Idem ascaridiosis. |
TRATAMENTO: |
Idem ascaridiosis. (NO PIPERAZINA) |
PROFILAXIA: |
Idem ascaridiosis |
TENIASIS Desta infecção só quero manifestar que é importante como profilaxia, combater todos os hóspedes intermediários (larvas de mosquitos, baratas, lesmas, caracóis, etc.) As ténias ou os anéis de ténias são ás vezes visíveis na cloaca do pombo. É comum que apareçam em pombos que tenham estado extraviados durante certo tempo. O tratamento é individual. - Niclosamida. |
TRICHOMONIASIS |
AGENTE CAUSAL: |
Trichomona Columbae (um protozoário) Consideramos que 80% dos pombos velhos são portadores, podendo passar despercebidos. Diz-se com frequência que os pombos velhos vivem em equilíbrio com as trichomonas em consequências nefastas. Nos borrachos é fatal. |
SINTOMAS: |
- Apatia - Plumagem eriçada. - Diarreia viscosa ---> adelgaçamento. - sede intensa - Anorexia (falta de apetite) - Dispneia (dificuldade respiratória: postura de pinguim) - Placas branco amarelentas na boca e garganta |
DIAGNOSTICO: |
Exame microscópico de isopado do bucho e esófago. |
TRATAMENTO: |
Dimetridazol (EMTRIL MR) 1 gr. por litro de agua durante 7 dias. METRONIDAZOL RONIDAZOL |
PROFILAXIA: |
Higiene e desinfecção geral. |
IMUNIDADE: |
Uma pequena quantidade de trichomonas em pombos em bom estado de saúde provoca seus próprios anticorpos. |
PLASMODIOSIS OU MALARIA Doença das zonas litorais (proximidade a rios) |
AGENTE CAUSAL: |
Um esporozoario do género PLASMODIUM |
EPIZOOTIOLOGIA: |
Há três factores que condicionam a manutenção e o desenvolvimento da malária: - Aves portadoras ou doentes. - Mosquitos transmissores (culex, haedes, anopheles). - A temperatura, as chuvas e a flora da região (elementos essenciais para a reprodução do mosquito) |
SINTOMAS: |
- Apatia - Febre de tipo remitente (sobe e baixa) - Anemia (daí o olho e as mucosas brancas) - Debilidade geral - Morte nos borrachos. Depois desta fase aguda, onde os sintomas são evidentes, a plasmodiosis entra num período de diminuição de suas manifestações clínicas e da parasitemia endoglobular chegando a uma etapa de normalidade entre os 30 - 40 dias de começo dos sintomas. |
DIAGNOSTICO: |
Exame do sangue (método) de Giemsa. |
TRATAMENTO: |
Plasmodicidas utilizados na malária humana: Quitina Atebrina Plasmoquina Cloronquina Pludrina Por ex.: a cloroquina ou ARALEN MR (2 mg por kg. de peso ou seja 1 mg. por pombo) 3 doses dia em média |
PROFILAXIA: |
Evitar o mosquito:
-Tela metálica -Fuyi Vape -Kaotrina |
IMUNIDADE |
Os animais curados desenvolvem um certo grau de imunidade |
HAEMOPROTEOSIS |
AGENTE CAUSAL: |
Haemoproteus Columbae. Tem um hóspede definitivo, uma mosca hematógrafa (que se alimenta de sangue), a pseudolynchia canariensis. O hóspede intermediário é o pombo. É necessário que a mosca infestada pique o pombo para que nele se desenvolva a doença. |
SINTOMAS: |
Observável somente nos meses de verão. Os sintomas são muito similares aos da plasmodiosis daí a ser possível a confusão (época e sintomas) As moscas que sugam sangue infectado são capazes de transmitir a haemoproteosis 15 dias mais tarde e 25 - 30 dias depois começam os sintomas: - Febre recorrente (sobe e baixa) 43 º C - Diarreia: Fezes brancas ou branco amarelentas, liquidas e persistentes. - Dispneia: aumento da frequência respiratória. - Anemia gradual - Caquexia : Enfraquecimento quando a doença se torna crónica. |
DIAGNOSTICO: |
Exame do sangue (método) de Giemsa. |
TRATAMENTO: |
NENHUM |
PROFILAXIA: |
Combater a mosca: Kaotrina |
CANDIDIASIS OU MUGUET Alguns autores descrevem esta doença em forma conjunta com a trichomoniasis e outros falam de uma doença micótica associada a uma carência de vitamina A. |
AGENTE CAUSAL: |
um fungo: CANDIA ALBICANS |
SINTOMAS: |
Placas branco amarelentas (fáceis de desprender) em toda a mucosa da boca e da garganta |
TRATAMENTO: |
Aplicações tópicas com iodo povidona a 10% ou com tintura de iodo débil (diluída com glicerina) nas placas. Administrar Vitamina A. |
PROFILAXIA: |
- EVITAR O ARMAZENAMENTO PROLONGADO DOS ALIMENTOS - DAR SOL AOS ALIMENTOS - VITAMINA A - DESINFECÇÃO DO POMBAL |
ASPERGILOSIS |
AGENTE CAUSAL: |
Um fungo, Aspergilium fumigatus. Se reproduz rapidamente na palha dos ninhos, ou no alimento húmido. |
SINTOMAS: |
É uma infecção do grupo das doenças respiratórias. Apresenta-se em duas formas: FORMA PULMONAR: Dificuldade respiratória (dispneia) Excrescências esverdeadas sobre a língua e paladar. FORMA DERMATOLOGICA: Pele pelada e com fracturas de plumas |
TRATAMENTO: |
Não existe nenhum que seja efectivo |
PROFILAXIA: |
Pombal seco, bem arejado Evitar a humidade no alimento. Desinfecção (iodo povidona) |
PIOLHOS, ACAROS, DIPTEROS (moscas), CARRAÇAS. Respeitante ao tema não vou estender-me, somente direi que existem piolhos, ácaros, moscas e carraças nos pombos e que provocam imensos danos na plumagem, ás vezes seriamente. A melhor forma de combatê-los é mediante um banho de aspersão mas nunca de imersão. Também há que ter em conta que os produtos derivados das piretrinas (por ex.: kaotrina) são tóxicos para as aves, e ainda que não se manifestem sintomas de intoxicação, podem provocar baixos rendimentos nos concursos. CARBARIL 5 % (em pó) NUNCA UTILIZAR GAMEXANE |
DOENÇAS CARENCIAIS E METABÓLICAS Dentro deste grupo de infecções foram englobadas aquelas que são produzidas por carências (de vitaminas, minerais ou aminoácidos) e tumores. |
VITAMINAS E SUAS CARÊNCIAS |
È praticamente impossível produzir uma hipervitaminose ou sobredose de vitaminas. Todo o excesso ingerido, o animal o metaboliza e o elimina. |
DEFINIÇÃO: |
As vitaminas são substancias orgânicas existentes nos alimentos, incapazes de ser sintetizadas pelo organismo em quantidades adequadas sendo utilizadas em pequenas doses, para o normal funcionamento e manutenção do organismo e da saúde do mesmo. Desta definição surge a necessidade de que devem ser fornecidas periodicamente para evitar transtornos |
VITAMINAS:
(necessidades por dia e por pombo)
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VITAMINA A: |
200 UI |
VITAMINA D3: |
45 UI |
VITAMINA E: |
1 mg |
VITAMINA C: |
0.7 mg |
VITAMINA B1: |
0.1 mg |
VITAMINA B2: |
0.12 mg |
VITAMINA B6: |
0.12 mg |
NICOTINAMIDA |
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VITAMINA B12 |
0.24 mg |
BIOTINA: |
0.002 mg |
AC. PANTOTECNICO: |
0.36 mg |
AC. FOLICO: |
0.014 mg | |
VITAMINA A: |
Acção: |
Indispensável na formação dos capilares sanguíneos. Forma parte dos pigmentos da retina (olho). Actua na formação de todos os revestimentos do epitélio. Utiliza-se como coadjuvante em doenças infecciosas e antiparasitarias. Também se utiliza como substancia anti-stress e acompanhando as vacinações. |
Carência: |
Ás vezes conduz á destruição do olho (se assemelha a uma criza). Exudado viscoso nas fossas nasais. Consideram-se patognomónicas os nódulos ou pústulas brancas, do tamanho da cabeça dum alfinete, que se veem na boca, faringe, origem do esófago e estômago. |
VITAMINA D O organismo animal a sintetiza a partir dos raios ultravioletas, daí a importância do sol nos pombais. |
Acção: |
Sua acção fundamental é promover a absorção e fixação do cálcio e fósforo no esqueleto. |
Carência: |
Deformação do esterno. Ossos frágeis. Ovos com casca delgada e mole. Bico e unhas moles e frágeis. Atraso de crescimento. Problemas na plumagem. Uma carância prolongada conduz ao "raquitismo" |
VITAMINA E |
Acção: |
Actua na manutenção da função reproductora das aves. Aumenta a fertilidade dos ovos. |
Carência: |
Pode produzir: Encefalomacia: transtornos motores e flexão ventral da cabeça. Distrofia muscular, estrias brancas ao longo das fibras musculares dos músculos peitorais. |
VITAMINA K |
Acção: |
Intervem no processo normal da coagulação do sangue. Se utiliza como coadjuvante nos tratamentos de doenças que produzem anemias (coccidiosis, etc.) |
Carência: |
Provoca hemorragias----> Anemia |
VITAMINA C: É prácticamente a única vitamina que o organismo das aves pode sintetizar en quantidades suficientes. |
Acção: |
Sua principal acção é formar e manter a materia intercelular. Também actua no reforço do calcio e do fósforo. Utiliza-se como anti-stress e como coadjuvante em doenças infecciosas e parasitarios |
VITAMINA B1 OU TIAMINA:> |
Acção: |
È uma vitamina antineurítica (anti-nervosa) Também é necessária no metabolismo dos hidratos de carbono. |
Carência: |
Pode produzir: - Sintoma nervoso como ser opistótonos, paralisia das patas e dos músculos. - Atrofia dos órgãos genitais |
VITAMINA B2 RIVOFLAVINA: |
Carência: |
Diarreia Atraso no crescimento Paralisia das patas, apoio dos tarsos e dobra dos dedos para dentro |
VITAMINA B6 OU PIRIDOXINA: |
Carência: |
Anorexia (perda de apetite) Atraso no crescimento Sintomas nervosos: convulsões espasmódicas corridas, saltos. |
ACIDO NICOTINICO OU NICOTINAMIDA: |
Acção: |
Essencial no metabolismo dos hidratos de carbono (açúcares) |
Carência: |
Pode produzir: Inflamações na boca, faringe, e esófago. Inflamação da rótula do joelho e arqueamento das patas. |
BIOTINA: |
Carência: |
pode produzir dermatitis nas patas (patas ásperas, com greta e necrose) |
ACIDO FOLICO: |
Carência: |
Pode produzir. - Anemia. - Atraso de crescimento - Problemas na plumagem, - PEROSIS: È uma carência conjunta com a falta de manganes (Mn). Produz-se um deslizamento do tendão dos gastronemios fora da poleia óssea da articulação tarsiana por isso os ossos sofrem uma torsão para fora. (na maioria das vezes numa só pata) |
ACIDO PANTOTENICO: |
Carência: |
Os sintomas são muito dificeis de separar dos sintomas provocados pela carencia de Biotina.
- Dermatitis - Rotura das penas - Perosis - Atraso no crescimento |
VITAMINA B12 OU CIANOCOBALAMINA: |
Acção: |
È a chamada vitamina antianémica. Junto com o Cobre e o Cobalto, são indispensáveis na formação dos elementos do sangue. (eritropoyesis) |
Carência: |
Atraso no crescimento Anemia Transtornos na muda da pena Baixa na fertilidade dos ovos. È importante realçar que todas as vitaminas do grupo B são menos estáveis que as restantes (oxidam-se rápidamente) por isso devem ser usadas em quantidades que se consumam diáriamente e não deixá-las nos bebedouros até ao dia seguinte. Também é importante saber que as vitaminas do grupo B, actuam interrelacionadas entre si, por isso a carencia duma delas significa que devemos fornecer o chamado "complexo B". |
MINERAIS |
DEFINIÇÃO: |
São substâncias indispensáveis para muitos processos do organismo animal. Na natureza apresentam-se sob a forma de diferentes sais. È importante realçar que ao submeter complexos minerais às aves estas regulam sua ingestão de acordo com as suas necessidades. Em seguida alguns dos minerais mais importantes e sua acção principal dentro do organismo das aves: |
SODIO (Na) |
Actua na absorção da agua e sua posterior eliminação (diuresis) |
CALCIO (Ca) E FOSFORO (P) |
São fundamentais junto com a vitamina D na formação dos ossos |
POTASSIO (K) |
Actua no funcionamento do músculo cardíaco (tom cardíaco) Também actua sobre a diuresis. |
MAGNESIO (Mg) |
Está relacionado intimamente com o Ca e P. |
IODO (I) |
É fundamental para o normal funcionamento da glândula tiróides. |
MANGANESIO (MN) |
Necessário para o crescimento e reprodução. Sua carência como vimos mais atrás provoca PEROSIS (deslocação dos nervos gastronemios fora da poleia tarsiana com luxação, geralmente duma pata virada para fora) |
COBRE (Cu) E COBALTO (Co) |
São fundamentais junto com a vitamina B12, na eritorpoyesis (significa formação dos elementos do sangue: glóbulos) |
FERRO (Fe) |
Componente essencial da hemoglobina do sangue. |
AMINOACIDOS |
DEFINIÇÃO: |
São substancias que o organismo animal sintetiza a partir do nitrógeno ingerido, sendo estes a base da formação das proteínas. (Uma proteína é uma cadeia de aminoácidos). Os aminoácidos essenciais são aqueles que o organismo não sintetiza em quantidades adequadas para manter o crescimento ou a nutrição normais, por conseguinte devem figurar na dieta que damos ás nossas aves. Em seguida detalho os 10 aminoácidos essenciais e seus requerimentos por pombo e por dia.: |
(necessidades por dia e por pombo)
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METIONINA |
0.09 grs |
LESINA |
0.18 grs |
VALINA |
0.06 grs |
LEUCINA |
0.09 grs |
ISOLEUCINA |
0.055 grs |
FENILALAGNINA |
0.09 grs |
TRIPTOFANO |
0.02 grs |
ARGININA |
|
HISTIDINA |
|
TREONINA |
| |
QUIMIOTERAPICOS ANTI-INFECCIOSOS
CLASSE |
NOME |
ACÇÃO |
DOSE |
TOXICIDADE |
SINTETICOS |
SULFAMETOXAZOL |
Bactereostático |
P.O.: 100mg/pombo/dia |
Pode formar cristais renais |
TRIMETROPIN |
Bacteriostático |
P.O.: 10-20 mg./pombo 200 mg/litro de agua |
Uso combinado com sulfametoxazol |
FURALTADONA FURAZOLIDONA |
Bacteriostático Bacteriostático |
P.O.: 7.5 mg/pombo/dia |
Amplio espectro activo contra micoplasma |
ENROFLOXACINA Baytril MR |
Bactericida |
P.O.: 5-10 mg/pombo 200 mg/litro agua |
Amplio espectro activo contra micoplasma |
BIOSINTETICOS OU ANTIBIOTICOS |
AMPICILINA AMOXICICLINA |
Bactericida |
|
Não se recomenda seu uso em aves |
TILOSINA Tylan Mr |
Bacteriostático |
P.O.:12-25 mg/pombo |
Indicado na micoplasmosis |
NEOMICINA |
Bactericida |
P.O.:5-25 mg/pombo |
Utilizado em diarreias infecciosas |
ESTREPTOMICINA |
Bactericida |
P.O.:50-100 mg/pombo |
Idem Anterior |
CLORANFENICOL |
Bacteriostático |
P.O.:50 mg/pombo/2 por dia |
Administração prolongada provoca anemia fatal. |
CLORTETRACICLINA |
Bacteriostático amplio espectro |
P.O.:15-25 mg/pombo dia/1-1.5 g/litro agua |
Retirar o grit durante sua administração |
ANTIMICOTICOS |
NISTATINA Nstatin MR |
Candidiasis |
P.O.:100.000u/litro agua durante 3 semanas |
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KETACONAZOL |
Candidiasis |
P.O.:12-15 mg/pombo 2 x dia/15 dias |
ANTIPARASITAROS (ANTIHELMINTICOS)
CLASSE |
NOME |
ACÇÃO |
DOSE |
TOXICIDADE |
CONTRA NEMATODES
GUSANOS REDONDOS
CONTRA TENIAS |
PIPERAZINA |
Ascaris adultos |
P.O.:0.5 g/pombo/2dias |
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LEVAMISOL RIPECOL mr |
Ascaricida Capilaricida |
P.O.:10-20 mg/pombo, 2 dias~400 mg/litro agua, repetir aos 15 dias |
Pode produzir vómitos passageiros. |
IVERMECTINA Ivomec MR |
Parasitas internos e externos |
P.O.: 0.1 mg/pombo repetir aos 10 dias |
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MEBENDAZOL |
Ascaris capilária e Ténias |
P.O.:5-7 mg/pombo/ 2 dias |
Pode diminuir a fertilidade e afectar plumagem na muda |
ALBENDAZOL Vermix A MR |
Ascaris capilaria e Ténias |
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Idem anterior |
NICLOSAMIDA |
Ténias |
P.O.:100 mg/pombo |
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TRICHOMONICIDAS |
METRONIDAZOL |
Trichomonas |
P.O.:20-25 mg/pombo 5 dias 1gr/litro agua |
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DIMETRIDAZOL EMtril MR |
Trichomonas |
P.O.:525mg/pombo 5 dias/0.5 gr/litro |
Uma sobredose é muito tóxica |
RONIDAZOL Trichonazol MR |
Trichomonas |
P.O.:2 mg/pombo 5 dias/ em agua 2gr/litro |
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COCCIDICIDAS |
SULFAQUINOXALINA |
Coccidios |
P.O.: 50mg/pombo 0.25 g/litro agua. Dar 3 dias descansar 3 e repetir 2 dias mais |
Produzem cálculos a nivel renal |
SULFAMERAZINA |
Coccidios |
P.O.:1.5 g/litro agua |
Idem anterior |
SULFADIMETOXINA |
Coccidios |
P.O.:0.5 g/litro agua |
Idem anterior |
CLAZURIL |
Coccidios |
P.O.: 2.5 mg/pombo 1 dia |
Baixa ou anula toxicidade |
TOLTRAZURIL Baycox MR |
Coccidios |
P.O.:7-15 mg/pombo 2 dias |
Idem anterior |
AMPROLIUM |
Coccidios |
P.O.: 20 mg/pombo |
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TEXTO DA WEB DE Carlos Fonseca
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