PARASITAS EXTERNOS |
03-11-2010 |
É o desejo de cada columbofilo, sobretudo se este pretende manter-se isolado na frente, o que significa não só no céu, mas também isolado antes de outros!
Isto é a cabeça classificação!
Infelizmente devemos constatar que um pombo-correio esta raramente isolado durante o seu voo! De facto, muitos pombos são atingidos por parasitas tanto externos como internos hóspedes indesejaveis, acompanhando-os no voo.
Num pequeno espaço resumimos quais os parasitas externos mais frequentes nos pombos. Estes parasitas são diferente natureza. Entre os aracnídeos encontramos os ácaros e as carraças. Entre os insectos há pulgas, percevejos, moscas, mosquitos e piolhos. Neste resumo indicaremos o órgão onde se alojam e onde provocam estragos.
1.Vias respiratórias
Um pequeno ácaro vive nos brônquios, nos pulmões e nos alvéolos pulmonares.
Provoca em geral pequenas alterações. Após multiplicação pode tornar-se tão numeroso que desencadeie insuficiência respiratoria, esgotamento e asfixia.
2.Patas
O ácaro das patas cava galerias nas camadas superiores da pele da mesma região.
A partir daí cresce irregularmente e surge espessamento da camada superior da pele.
Forma-se na pele uma crosta da cor esbranquiçada. O espessamento que se manifesta origina as chamadas “patas de cal”
3.Pele
1) Um pequeno ácaro filiforme vive na pele e também no tecido conjuntivo sub-cutanêo.Em caso de intensa proliferação, podemos encontrá-lo mesmo nos músculos, nos órgãos abdominais e nos pulmoes.Quando os parasitas morrem forma-se em sua volta uma cápsula dura, no interior da qual se deposita uma substancia calcária. São as pequenas pústulas de cor branco-amarelada que muitas vezes encontramos na parte subcutânea da pele.
2) Um ácaro maior encontra-se na pele, na base dos folículos da asa. Provoca a queda de penas de tal maneira que só restam algumas pequenas porções da haste. E sobretudo o pescoço, o peito (debaixo do papo), a rabadilha, as coxas, o dorso e o ventre que são afectados. É muito raro encontrar estes parasitas nas penas das asas e da cauda.
Esta e chamada”doença da muda das penas”e não deve ser confundida com a automutilação das penas. Esta ultima pode desenvolver-se como mau hábito adquirido após a muda das penas.
3) As carraças são parasitas externos temporários deixam o seu esconderijo a noite, as fendas do pombal, e procuram o hóspede (neste caso pombo) unicamente com o objectivo de sugar o sangue. Para isso entranham-se na pele do pombo.
Estes parasitas provocam a agitação, sobretudo nos pombos que chocam ou nos borrachos. A perda de sangue após a sucção pode provocar esgotamento. As carraças são, alem disso, vectores importantes de doenças contagiosas nos pombos, como a varíola e a paratifose.
4) As pulgas vivem, como outros sugadores de sangue, na pele do pombo. Os pombos que chocam e os borrachos são assim importunados.
4.Penas
Varias espécies de ácaros e piolhos parasitam especificamente as penas.
1) Os ácaros:
A primeira espécie de ácaros vive na haste das penas e alimenta-se das barbas das mesmas. São os grandes ácaros filiformes.
A segunda variedade vive em colonias, nos folículos das penas, e ocasiona dilatações que podem atingir o volume de uma ervilha. Está sobretudo localizada nos flancos e nas asas. Por vezes destrói os folículos das penas atingindo uma grande superfície e levando assim á queda das mesmas.
-O pequeno ácaro vive nas penas nas penas e entre as remiges e alimenta-se com as películas da pele.
-O ultimo tipo de ácaros vive nas hastes das remiges que danifica. O ácaro encontra-se na base das hastes, junto da penugem das remiges.Uma grave proliferação destes parasitas pode provocar orifícios nas penas. Quando as penas são brancas, o parasita vê-se facilmente a olho nu. Durante a muda das penas estes ácaros tomam uma forma especial, deslocam-se debaixo da derme ou para a traqueia onde continuam ate que possam – tendo reencontrado a sua forma normal – voltar a colocarem-se entre as penas.
2) Piolhos
Um pequeno piolho avermelhado vive principalmente na face interior da rabadilha.
Alimenta-se da película da pele, é muito móvel e provoca uma grande agitação nos pombos.
O piolho comprido ou piolho grande das penas vive nas penas grandes, que cobrem a asa, assim como na cabeça e do pescoço. Estes piolhos alimentam-se dos resíduos da pele, provocando prurido e agitação.
5) Pombais
Vários parasitas dos pombos vivem nas fendas dos pombais ou voam em liberdade.
Estes parasitas poisam momentaneamente nos pombos e sugam-lhes o sangue. Os pombos podem então enfraquecer e emagrecer muito. Estes parasitas podem ser transmissores de doenças, o que e ainda mais grave.Atraves da sua picada ou da sucção de sangue, estes parasitas encontramos os percevejos, os mosquitos picadores, as moscas, os ácaros e as” pulgas vermelhas sugadoras de sangue”.
Após esta descrição dos parasitas, tecemos algumas considerações sobre controlo e tratamento.
Um columbófilo deve ser consciente e saber que os parasitas externos se encontram muito frequentemente nos pombos e que a contaminação parasitária ataca ou ameaça sempre toda a colónia.
Os animais cujo estado geral é acometido de um parasitismo crónico representam um risco de contágio para os outros pombos da colónia e devem ser eliminados. A origem de uma tal infestação deve ser procurada. As medidas de precaução devem ser tomadas a fim de evitar a origem do mal: aberturas e fendas serão tapadas, as aberturas de ventilação recobertas de gaze, etc.
É aconselhável tratar regularmente o meio onde vivem os pombos utilizando produtos anti-parasitarios: destruição das moscas, dos mosquitos, das carraças, dos ácaros, das pulgas e dos piolhos. Por esta razão aconselhamos o emprego muito regular de Columbine Spray.
Quando se constate uma infestação por parasitas externos, o diagnostico determinara se a infestação é causada por aracnídeos ou por insectos. Isto determinará a escolha do tratamento anti-parasitario, se bem que certas preparações sejam eficazes para combater tanto os ácaros como os piolhos.
Um tratamento dever-se-á estender a todos pombos ao mesmo tempo. O pombal e os ninhos não devem ser esquecidos.
Um tratamento contra parasitas externos deverá ser repetido regularmente.
Em linhas gerais sublinhamos, uma vez mais, que a higiene diária intensa e escrupulosa é da maior importância para diminuir o impacto da infestação no pombal.
Por Dr. Hendrickx
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