Estudo da Temperatura e Húmidade durante o transporte de Pombos-Correio numa galera da Associação Columbófila do distrito de Santarém |
01/02/2010 |
Estudo da Temperatura e Húmidade durante o transporte de Pombos-Correio numa galera da Associação Columbófila do distrito de Santarém
Antecedentes: O transporte de Pombos Correio foi revolucionado na década de 70 e 80. Passados 20 a 30 anos, continuamos com o mesmo tipo de viaturas. Muitos columbófilos reclamam pela falta de condições do transporte. Foi elaborado um primeiro estudo em 2002.
Objectivo: Observar a Temperatura e Húmidade nas várias posições do interior de uma Galera e compará-las com a temperatura exterior.
Finalidade: Fornecer às Associações a informação de modo a minimizar quer as diferenças térmicas no interior das actuais galeras, quer o impacto térmico nos períodos de temperatura mais elevada, por forma a melhorar as condições de transporte dos Pombos Correio.
Definição: Define-se Temperatura, como a energia cinética média dos átomos e iões que compõem a matéria.
GALERA EM ESTUDO
Os sensores foram colocados à frente e atrás à mesma distância quer do início quer do fim da Galera.
O sensor referenciado por 2/4_Alto estava localizado à vertical do degrau, numa posição idêntica ao Frente_Alto e o sensor 3/4 _Meio estava localizado à mesma distância da traseira da galera que o 2/4_Alto estava da dianteira, mas exactamente a meia altura.
TEMPERATURA E HUMIDADE
OBSERVADAS NAS DIFERENTES PROVAS
VALÊNCIA 01 DE MAIO DE 2004
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Temperatura
CONCLUSÃO:
- A temperatura no interior da galera foi sempre inferior à temperatura exterior, com o carro em movimento;
- A temperatura no interior da Galera foi sempre superior à temperatura exterior com o carro parado;
- A diferença térmica entre a base e o topo não ultrapassou 1ºC em movimento;
- Com a Galera parada e fechada os locais mais quentes foram o “Degrau: 2/4 no topo” e o “meio: 3/4 no centro” – Os mais afastados das portas -, sendo cerca de 3 a 4ºC superior à base;
- Com o carro parado a abertura dos estores aproxima a temperatura interior da exterior;
- A Zona mais fria foi sempre junto aos estrado da galera;
- A temperatura exterior, máxima foi 25,5ºC e a mínima de 10,5ºC;
- A temperatura interior máxima foi de 23ºC e a mínima de 10,5ºC.
- A galera no regresso passou por três zona de precipitação: a 1º entre as 09H30 e as 11H00, a segunda, menos intensa entre as 14H45 e as 15H00 e uma terceira cerca das 17H00
RETAMAR 23 DE MAIO DE 2004
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Temperatura
CONCLUSÃO:
- A temperatura no interior da galera foi, por vezes, superior à temperatura exterior, com o carro em movimento;
- A temperatura no interior da Galera foi sempre superior à temperatura exterior com o carro parado;
- A diferença térmica entre a base e o topo não ultrapassou 2ºC em movimento;
- Com a Galera parada e fechada os locais mais quentes foram o “Degrau: 2/4 no topo” e o “meio: 3/4 no centro” – Os mais afastados das portas-, sendo cerca de 4ºC superior à base;
- Com o carro parado a abertura dos estores aproxima a temperatura interior da exterior;
- A Zona mais fria foi junto aos estrado
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Temperatura
Humidade
CONCLUSÃO:
- A temperatura no interior da galera foi sempre inferior à temperatura exterior, com o carro em movimento;
- A temperatura no interior da Galera foi sempre superior à temperatura exterior com o carro parado;
- A diferença térmica entre a base e o topo não ultrapassou 2ºC em movimento;
- Com a Galera parada e fechada os locais mais quentes foram o “Degrau: 2/4 no topo” e o “meio: 3/4 no centro” – Os mais afastados das portas -, sendo cerca de 5,5ºC superior à base;
- Com o carro parado a abertura dos estores aproxima a temperatura interior da exterior;
- A Zona mais fria foi sempre junto aos estrado;
- A temperatura máxima no exterior, com pombos, foi de 30,5ºC e a mínima de 14ºC
- A temperatura máxima no interior, com pombos, foi de 29,5ºC e a mínima de 14ºC. Saliente-se que à hora da temperatura mais elevada no interior a humidade relativa era de 48%. Para níveis de conforto humano é muito aceitável
LÉRIDA 12 DE JUNHO DE 2004
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Temperatura
Humidade
CONCLUSÃO:
- A temperatura no interior da galera foi sempre inferior à temperatura exterior, com o carro em movimento;
- A temperatura no interior da Galera foi sempre superior à temperatura exterior com o carro parado;
- A diferença térmica entre a base e o topo não ultrapassou 2ºC em movimento;
- Com a Galera parada e fechada os locais mais quentes foram o “Degrau: 2/4 no topo” e o “meio: 3/4 no centro” – Os mais afastados das portas -, sendo cerca de 4ºC superior à base;
- Com o carro parado a abertura dos estores aproxima a temperatura interior da exterior;
- A Zona mais fria foi junto aos estrado;
- A temperatura máxima no exterior foi de 46,5ºC, às 16H30 e a mínima de 18ºC
- A temperatura máxima no interior da galera foi de 35ºC, às 16H30 e a mínima de 18ºC
- Saliente-se que a temperatura exterior, extremamente elevada se deve a um dia extremamente quente mas o sensor, colocado na rectaguarda da Galera foi sempre ao Sol.
MAQUEDA 20 DE JUNHO DE 2004
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Temperatura
Humidade
CONCLUSÃO:
- Especial atenção à temperatura entre as 15 e as 17 horas, em que há períodos em que a temperatura interior, no meio da galera, é muito superior à exterior;
- A temperatura no interior da Galera foi sempre superior à temperatura exterior com o carro parado;
- A diferença térmica entre a base e o topo não ultrapassou 2ºC em movimento;
- Com a Galera parada e fechada os locais mais quentes foram o “Degrau: 2/4 no topo” e o “meio: 3/4 no centro” – Os mais afastados das portas -, sendo cerca de 4ºC superior à base;
- Com o carro parado a abertura dos estores aproxima a temperatura interior da exterior;
- A Zona mais fria foi junto aos estrado
SARAGOÇA 26 DE JUNHO DE 2004
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Temperatura
Humidade
CONCLUSÃO:
- A temperatura no interior da galera foi sempre inferior à temperatura exterior, com o carro em movimento;
- A temperatura no “interior da Galera” foi sempre superior à temperatura exterior com o carro parado, na durante a noite;
- A diferença térmica entre a base e o topo não ultrapassou 2ºC em movimento;
- Com a Galera parada e fechada os locais mais quentes foram o “Degrau: 2/4 no topo” e o “meio: 3/4 no centro” – Os mais afastados das portas -, sendo cerca de 4ºC superior à base;
- A Zona mais fria foi junto aos estrado;
- A temperatura máxima no exterior foi de 39,5ºC, às 13H30 e a mínima de 18ºC
- A temperatura máxima no interior da galera foi de 35ºC, às 16H30 e a mínima de 18,5ºC
- Durante a noite a diferença da temperatura no interior e exterior foi de cerca de 1,5ºC
CONCLUSÃO
Ao longo das provas em estudo verificou-se que:
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Sempre que a Galera está em movimento a temperatura interior é sempre inferior à exterior;
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Sempre que a Galera está parada a temperatura interior é igual ou inferior à exterior para valores de temperatura exterior acima de 25-28ºC. Para valores térmicos exteriores abaixo destes valores a temperatura interior é sempre superior à exterior;
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As diferenças térmicas entre a base e o topo são relevantes ultrapassando mesmo os 6ºC entre a base e o topo da galera, e os 4ºC entre os extremos e o interior, para uma mesma altura do sensor;
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Com a Galera parada e fechada os locais mais quentes foram os correspondentes ao segundo terço, junto ao tecto da galera – Os mais afastados das portas -, sendo em média cerca de 4ºC superior às partes colocadas junto às entradas e saídas de ar (porta traseira);
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Com o carro parado a abertura dos estores aproxima a temperatura interior da exterior. Sendo a temperatura mais elevada no centro da Galera (local mais afastado das portas);
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Foi efectuado sempre um balanço térmico adequado (abertura dos estores e portas pelo menos uma hora antes da hora de solta), durante o estudo.
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A Zona mais fria foi sempre junto ao estrado da galera. Este facto torna-se extremamente relevante, nos dias quentes, quando se abebera os pombos o estrado fica molhado o que reduz a temperatura (devido à evaporação da água). Esta situação provoca um aumento da amplitude térmica no interior da galera.
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Este carro encontra-se equipado com extractores de ar, que só foram utilizados uma vez, durante cinco minutos, pelo que não se pode tirar conclusões da sua utilização.
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Os níveis de Humidade relativa analisados nunca foram relevantes, tendo em conta a escala de conforto Humano de Temperatura e Humidade.
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Como se observou o interior da Galera, quando está parada, tende a ter uma temperatura superior à exterior, pelo que se deve abrir todas as entradas de ar durante as paragens.
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No caso específico desta galera, torna-se necessário equipá-la com um gerador, compatível com o sistema e electromagneticamente isolado (Stevan Van Breeman), para retirar dividendos dos equipamentos existentes. Com esta funcionalidade não haveria as diferenças térmicas (6ºC) entre a base e o topo e haveria renovação de ar.
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Esta galera está equipada com estores térmicos e pintada de cor clara o que minimiza a absorção da radiação solar. No entanto, mesmo com estas condições, verificou-se que se efectuou muitas viagens com valores acima de 35ºC (valores no interior da galera superiores a 30ºC), o que segundo os estudos efectuados por especialistas Holandeses, não é de todo aconselhável, pelo que se devem tomar as medidas julgadas necessárias para evitar estes valores térmicos, pois a Amónia e o Dióxido de Carbono, gerados pelos excrementos e respiração animal respectivamente, sem serem devidamente ventilados, tornam-se factor negativo no decorrer da prova.
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Nos dias quentes de Maio e Junho de modo a facilitar a circulação de ar no interior das galeras deveria ser equacionada a não utilização das últimas caixas, bem como deixar um intervalo a meio das fiadas
Anexo I
Escala de Conforto Humano
Estudo elaborado por: CAP/TOMET Fernando Garrido, com a colaboração do coordenador de Solta de Santarém (Adriano Alho) e delegado de solta (Manuel Ideias) no ano de 2004.
Retirado de http://www.candidato-fgarrido.loftgest.com/
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