Pombal de Competição |
03/01/2010 |
FPC – FORMAÇÃO – MÓDULO 2 A
Pombal de Competição
A – AS ESPECIFICIDADES
Conjunto de requisitos que um pombal de competição deverá ter no sentido de permitir ao pombo atleta explicitar as suas potencialidades competitivas. A forma é tributária do pombal.
É necessário e indispensável, que proporcione à totalidade da população que o habite:
Segurança (inimigos naturais);
Protecção (condições meteorológicas);
Território (área dominada pelo indivíduo);
Ambiência (companhia do bando);
Salubridade (bom arejamento, higienização fácil);
Comodidade (materiais e espaços adequados para ninhos e poleiros).
B – OS CUIDADOS HIGIO-SANITÁRIOS
Localização, orientação e materiais de construção;
Evitar localizações muito húmidas, orientações não expostas ao sol nascente, materiais não isotérmicos e dificilmente higienizáveis, particularmente no interior.
Compartimentação por grupo operacional;
Compartimento de voadores (natural, viúvos, viúvas, fundistas, etc.), de borrachos ou de piaras de borrachos, de reprodutores, de quarentena, voliéres.
Limpeza (lavagem);
Diária, caso haja grades; bi-diária, ou se o chão for dificilmente lavável, tri-diária, p.ex. tiver fendas, buracos, for muito rugoso, etc.
2 Objectivos:
- Evitar o contacto directo com as fezes (parasitismo, etc.);
- Evitar a contaminação do ar respirado com os gases da fermentação das fezes.
Densidade populacional
Não ultrapassar 2 indivíduos por m3, nos pombais com bom arejamento;
Garantir território e evitar uma pressão de infecção deletéria da forma.
A pressão de infecção é exponencial, assim:
Pressão de infecção:
1 Indivíduo/m3 > 1 unidade de press. infecção
2 Indivíduos/m3 > 4 unidades de press. infecção
3 Indivíduos/m3 > 9 unidades de press. Infecção
Comedouros - higienização controlada e pré estabelecida;
Qualidade das matérias-primas, doseamento dos nutrientes:
Material facilmente higienizável (evitar poeiras, excrementos, alimentos alterados, etc.);
Caso a comida seja administrada no chão, este deve ser limpo e lavado imediatamente antes da refeição.
Bebedouros - higienização controlada e pré estabelecida;
Qualidade da água de bebida (sem tóxicos, nem bactérias patogénicas);
Material facilmente higienizável (evitar poeiras, excrementos, etc);
Utilizar bebedouro seco na renovação da água de bebida (corte do ciclo biológico de tricomonas);
Renovação diária (ou mais frequente, sempre que necessário);
Controlo cuidadoso da dose de produtos administrados via água de bebida; ter em conta a validade dos mesmos, quer na embalagem, quer "após dissolução".
Controlo das características do ar;
Suficiente entrada de ar ao nível do piso e saída ao nível do tecto, ausência de gases de fermentação das fezes, manutenção da humidade a níveis adequados, controlo da extensão das aberturas para o exterior, de acordo com as condições atmosféricas.
Dezembro, 2009
António Chitas Martins
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