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Adenovirus em Pombos 21/01/2008

 

Adenovirus em Pombos  

 

 

Quando o bem conhecido Adenovirus só podia ser encontrado em pombos jovens (tipo I ou adenovirus clássico), mais recentemente o vírus também já aparece em pombos adultos.

A forma mais moderna é muito pior, porque pode causar muitas mortes nos pombos adultos; ambas as doenças converteram-se, em poucos anos, em duas das principais infecções dos pombos. Tomando em conta o enorme impacto na nossa população dos nossos pombos e pelo amor a este hobby, penso que é importante examinar o que já conhecemos desta doença.

Como se determinou, a origem da doença é um adenovirus, este vírus foi descrito em várias aves, quase todas não apresentavam um papel importante no processo patológico excepto algumas doenças, duas das quais em pombos. Os vírus podem ser localizados facilmente através do exame ao microscópio da sua estrutura base típica encontrada nas nossas regiões, desde então foi descrito mundialmente. A pior forma, o adenovirus tipo II só foi encontrado em 1992 (na Bélgica). A principal diferença em relação ao adenovirus tipo I é que também os pombos adultos podem ser afectados e que o curso da doença é muito pior, já que causa muitas mortes enquanto não há um tratamento eficiente. É uma doença bastante frequente e que acontece com frequência.

Infecções de adenovirus tipo I manifestam-se bastante cedo, especialmente em borrachos. O vírus é bastante frequente, sendo introduzido num pombal por um pombo estranho ou através do contacto nos cestos. È expulso junto aos excrementos e pode infectar os outros borrachos. Porque a parede intestinal é seriamente afectada, os gérmenes que vivem no intestino encontram a oportunidade de proliferar enormemente, neste caso afectam ainda mais a parede intestinal e podem entrar na circulação sanguínea. Os sintomas típicos do adenovirus tipo I são: a doença surge muito repentinamente, e são típicos os vómitos, diarreia e uma má condição física geral, uma grande parte dos borrachos são infectados (há uma infecção muito rápida em 3 a 5 dias), mas geralmente morrem poucos tempos pombos, durando a infecção durante 10 dias.

Adicionalmente, infecções de E-Coli podem tornar a doença mais duradoura, pelo que é de suma importância tratar as infecções adicionais de E-Coli  o mais rápido possível. A recuperação dos pombos que sofreram a doença podem demorar algum tempo, provavelmente porque a lenta recuperação das células do fígado causadas pela multiplicação do vírus nas células. Isto deve ser tido em conta quando treina os pombos.

Outra rara síndrome do adenovirus tipo I que pude ver nos borrachos no ninho, é que é normal que alguns borrachos resistam e uns poucos morram.

O adenovirus tipo II é capaz de causar necrosis nas células com um característico curso como consequência, há muito poucos sintomas já que os pombos morrem em dois dias. Os únicos sintomas que por vezes podem ser visto são os vómitos e diarreia amarela. O número de mortes pode ser por vezes muito elevado, o que faz com que a doença evolua algumas vezes de forma drástica. Extraordinário é que os pombos que não foram infectados com a doença, depois de 5 a 6 semanas resistem saudáveis sem qualquer tipo de problemas.

O possível diagnóstico pode ser feito com base nos sintomas atrás descritos, depois do qual, uma autópsia, se é desejável, pode dar uma resposta definitiva, ou através da investigação histológica da parede do intestino ou fígado. Neste caso pode excluir algumas doenças, como paratifose, hexamitose, intoxicação, estreptococos, etc…

Relativamente à destruição, não há disponível uma vacina eficiente. Sempre que adenovirus tipo I em borrachos, é absolutamente necessário tratar as infecções secundárias de E- Coli, o mais rápido possível, a maioria dos borrachos são portadores do gérmen. Evitar stess (transporte, treino) é também importante. Para o adenovirus tipo II as regras gerais são higiene, ventilação e evitar a sobrelotação. Estas regras são fundamentais para manter o risco de infecção o mais baixo possível.   

Como conclusão devo dizer que só há uma pequena informação conhecida sobre estes vírus e a origem destas doenças. Aqueles pombos aduldos que não ficaram doentes em casos de adenovirus tipo I, deve explicar-se que é por uma boa resistência. Os borrachos de Verão e os tardios que não sofrem a doença no ano do seu nascimento frequentemente apresentam sintomas típicos no próximo ano. Nunca verá isto em pombos que sofreram a doença no seu primeiro ano.

Como expus na introdução, o impacto de ambas as doenças na nossa população de pombos-correios é enorme, portanto o desenvolvimento de uma boa vacina será mais que bem vinda.

 

 

 

© Dr. Carlo Gyselbrecht - Bélgica

 

 (Traduzido para Português por Rui Vilalva)