ArtigosVisitas: Contador de Visitas 
Mais que Palavras - Parte VI 24/08/2007

 

Mais que Palavras – Parte VI

 

 

Fascínio

 

Uma das coisas fascinantes da columbofilia é que qualquer um pode apaixonar-se por ela e qualquer um pode ter êxito. Este desporto é muito diferente de todos os outros, normalmente você necessita ser jovem e ter qualidades físicas para levar um desporto a cabo, e neste você pode soltar as aves fazendo o trabalho e depende de você as condições físicas dos seus atletas. Não necessita ser jovem, não necessita ser atleta, não necessita ser atractivo, não necessita ser rico, não necessita ser educado, para ser bom e portanto um campeão pode ser uma surpresa. De acordo com a idade a geração jovem é mais energética e fanática em muitos casos, mas necessitam experiência e sensatez que os mais velhos têm. A outra razão é obviamente o caminho percorrido.

 

 

É geralmente conhecido que devemos evitar o pó o mais possível. Uma vez que grande parte das bactérias se expandem via pó, este é mau tanto para humanos como para os pombos. O Dr. Lemahein é um respeitado cientista Belga, disse uma vez que o pó também pode expandir ovos de vermes. Num pombal muito seco há muito pó, portanto devemos evitar semelhante pombal, mas também devemos evitar muita humidade, uma vez que também esta é prejudicial. Nas casas de classe há potes cheios de água, por cima dos radiadores da central de aquecimento para evitar a secagem das membranas mucosas. Esta é a arte de um campeão, ter o clima do pombal controlado, na Holanda e Bélgica muitos têm o bebedouro em cima do Sputnick, para que nesse local a água apanhe menos pó. Outra vantagem é que a temperatura da água igual à do exterior. A água directamente da torneira é má, especialmente para pombos que chegam de uma prova, e outro “pró” é que os pombos saberão rapidamente que a água que os espera é agradável, o que pode ser uma razão para entrarem rapidamente.

 

Portas de correr

 

Se os pombais são por secções, você normalmente vai de um até outro através de uma porta fixa ou uma porta de correr. Mas há outro tipo que é o melhor de todos, as portas pregáveis. No caso de uma porta fixa deve ter-se cuidado para não fazer dano aos pombos quando as abrimos ou fechamos, as portas de correr são melhores mas não ideias, já que uma parede fica inutilizada para colocar cacifos ou poleiros, as portas pregáveis não têm nenhum destes inconvenientes.

 

Sistema Imunitário

 

É alarmante como o sistema imunitário de Homens e Animais baixou nas últimas décadas. Considere o E-Coli e os problemas respiratórios. Os pombos são até certo ponto mais vulneráveis a essas doenças que no passado, e é o abuso de medicamentos que tem vindo a tornar-se responsável por isto. Hoje em dia temos muitos bons medicamentos, mas deveríamos preocupar-nos mais em prevenir que os pombos adoeçam, que procurar o melhor medicamento. Portanto, muitos campeões Belgas e Holandeses colocam os seus pombos em grandes aviários no Inverno, expostos ao frio, vento e chuva, o que os tornará mais fortes e aumentará o sistema imunitário, resultando portanto uma menor medicação das aves no Verão. Outros deixam que os pombos voem no Inverno, inclusivamente quando há neve. Naturalmente que os pombos devem estar habituados ao grande tapete branco, se não este fará com que se assustem e se percam. Infelizmente a liberdade no Inverno tem alguns riscos, nomeadamente os ataques dos Falcões, o que leva muitas vezes as pessoas a não arriscarem e a venderem os bons pombos.

 

Comida

 

Falando do Inverno e do frio, cada Columbófilo atento, nota que os pombos comem muito mais que o habitual em tempo frio, portanto é errado dar uma tal quantidade por dia. “30 Gramas por dia” reclamam alguns, mas com tempo quente os pombos necessitam menos e em tempo frio mais. Além disso há uma diferença entre voadores e reprodutores. Estes últimos têm que tratar dos seus filhos, como tal têm que estar bem alimentados para que os borrachos cresçam bem. Alguns são desmamados muito jovens, com idade de cerca de 16 dias e deixam-se junto das fêmeas, com comida à vontade. Isto é um bom método pois as fêmeas adoptivas alimentam os borrachos muito bem, já que não têm macho para se acasalar nem para fazer ninho.

 

Sempre melhor?

 

Qual foi o melhor pombo de sempre? Algumas vezes os columbófilos admiram-se, as pessoas têm opiniões diferentes, o que é normal, mas na minha opinião foi “ Olieman” de Jos Van der Veken, que vive perto de Arendonk. Concorreu na época do “019”, dos irmãos Janssen, mas o “ Olieman” foi melhor. Ganhou uns 15 primeiros prémios, ás vezes com minutos de avanço, naquela que era a mais dura competição da Bélgica na altura. Muitos columbófilos supõem que todos os pombos desenvolvem a mesma velocidade, o ganhador é a ave que faz o percurso directo a casa. Estou de acordo, mas creio que há excepções, alguns pombos têm a habilidade de voar mais rápido que os outros. “Sprint” do falecido Marcellis, foi um desses pombos. Aos seus pombais de reprodução passou depois de um treino de 20 km. O “ Olieman”, foi outra excepção, uma vez houve uma solta de Nyon (230 km), com tempo quente e vento de bico. A solta foi de cerca de 1200 pombos, tendo o primeiro chegado ás 11.00 e ás 11.20 a solta tinha terminado, mas a ave que ganhou o 2º apenas chegou ás 11.10, ou seja 1º minutos mais tarde. Foi o “ Olieman” que chegou 10 minutos antes que todos os outros. Depois da chegada Van der Veken temeu que ele pudesse cair morto no seu lugar. Pôs-se a tremer na sua caixa e nem olhou para a sua fêmea. “Fleneke” que em 2003 foi galardoado como pombos mais caro de meio – fundo, era descendente do “ Olieman” e também ele era um pombo desse tipo.

 

© Ad Schaerlaeckens

 

(Traduzido para Português por Rui Vilalva)