Método do Natural |
18/08/2007 |
Tendo falado anteriormente da maneira como os principiantes se devem iniciar na columbofilia até à data em que devem pensar nas provas de competição, acho o momento de os encaminhar num método, com o qual devem conduzir as suas colónias durante a época desportiva.
Evidentemente que, esta informação é apenas para os novos e não para aqueles que já tudo sabem, nada dizem e nem tão pouco se prontificam a escrever, mas que vão lendo e... , se limitam a criticas que a meu ver, nada tem de construtivas. A minha finalidade é encaminhar os novos a entrarem na columbófilia pelo principio, fazendo-o pelos alicerces e para mais tarde atingirem os seus fins com segurança.
Há praticamente dois métodos para jogarmos os nossos pombos: o método do natural e o método da viuvez.
O natural, conforme a palavra diz, é o método mais antigo e ainda praticado por muitos amadores, onde são aproveitados machos e fêmeas, dentro do mesmo pombal e em que os pombos procuram chegar depressa a casa com o objectivo de ver o cônjuge, os ovos em encubação ou os filhos. Os pombos neste método, são puros amadores no desporto.
A viuvez é diferente. Duma maneira geral e numa percentagem bastante grande, são aproveitados só os machos, embora haja amadores que pratiquem a viuvez com as fêmeas. Estes machos fazem a sua vida isolada dentro de cada ninho, são soltos a horas certas para voar à volta do seu pombal, são alimentados e descansam, para aos domingos fazerem a sua prova. Vivem portanto apenas para o desporto e por isso podemos considerá-los como profissionais.
Em traços largos, é esta a diferença na maneira como cada um conduz a sua colónia. Vantagens e inconvenientes de cada método? Eu experimentei os dois durante bastantes anos, e embora me tivesse dado muitíssimo bem com o natural, devo dizer que hoje sou um acérrimo defensor da viuvez. E porquê? No natural, aproveitando machos e fêmeas, aliás da selecção e escolha que fazia, sujeitava os dois sexos ao último teste - o cesto. E não há dúvida que ás vezes nos aparecem fêmeas que consideramos um crime criá-las e não as voar. Para mim, uma das grandes vantagens do natural é a selecção mais rigorosa nas fêmeas; o inconveniente do método: - muito mais trabalho e obrigação de possuir uma colónia mais numerosa. A única vantagem da viuvez é conseguir-se fazer frente a grandes colónias com poucos pombos e, automaticamente, perder menos tempo a tratá-los: Estou convencido que uma equipa de 12-15 viúvos faz frente a uma colónia de 40-50 pombos ao natural. E como para quem começa deve fazê-lo pelo principio, eu aconselho os novos a praticarem o natural pelo menos uns 2-3 anos. Habituam-se a lidar com os pombos, podem permanecer no pombal mais tempo e conseguem fazer colónia mais seleccionada nos dois sexos. Tudo na nossa vida é adquirido pela prática e a columbofilia não é excepção. A experiência ensina-nos muita coisa e é baseada a começarem pelo natural. Depois de saberem o chamado A B C da columbofilia, podem então tentar a viuvez e já nessa ocasião podem optar pelo método que mais lhes agradar, no entanto e uma vez que a época do ano é considerada quase em vésperas de nova campanha, eu aconselho os novos a muita calma no acasalar os pombos. Lembrem-se sempre deste meu aviso: “quem começa cedo, acaba cedo” e embora o 1º concurso seja no dia 1 de Março , o último será para fins de Julho. Portanto, e antes de mais nada, muita calma e muita paciência - o saber esperar é a maior virtude que um amador pode ter.
Método do natural - Tratamento a fazer aos pombos e modo de os conduzir.
Após um certo número de considerações que fiz até ao momento, acho a ocasião de entrar no método prático de conduzir uma colónia ao natural. E começo pelo natural por entender ser o método mais aconselhável para quem vai principiar. Neste método, utilizam-se machos e fêmeas. Já disse no devido tempo que no período de muda e inverno, os machos de- vem estar separados das fêmeas. E quando se pensa nos acasalamentos, o facto de ter até este momento os sexos separados, facilita-nos muito a aceitação do macho pela fêmea e vice-versa. Desta boa aceitação, depende muito o rendimento dos pombos.
Vou dizer como procedo ao acasalamento, apenas com fins à competição. Depois de ter os ninhos montados meto cada macho na sua habitação. Desde que tenha machos com mais de um ano, dou-lhes de preferência o ninho dos anos anteriores. Em seguida solto as fêmeas, faço-as voar um bocado e abro-lhes a janela. São sôfregas na entrada e cada uma procura apoderar-se do local onde se encontra o seu macho predilecto. Só então é que meto as baias de separação e as deixo entrar para o seu casulo. Procedendo assim, os acasalamentos tornam-se fáceis e evitamos como muitas vezes acontece, que o macho, não aceitando a fêmea que lhe destinamos, dê cabo dela. Como medida de precaução, convém ter o macho separado da fêmea, com a baia, 2 dias. Só então retiramos as baias e permanecemos juntos dos pombos para ver que tudo corra conforme os nossos desejos. Só depois de termos a certeza de que cada macho aceitou a sua fêmea é que lhes metemos as tigelas destinadas à criação. Há conveniência em pôr nas tigelas um bocado de areia fina para evitar que os ovos se partam. Além disso e porque o pombo gosta, deve deitar-se para dentro dos ninhos um bocado de faúlha de pinheiro. Eles se encarregarão de a acarretar para a tigela. Nesta primeira postura, que demora mais ou menos 10 dias, não se devem soltar os pombos. Além de não estarem bem habituados aos seus casulos, os machos esgotam-se na perseguição ás fêmeas e torna-se difícil pô-los no seu lugar. Nestes, primeiros tempos tem, que haver todo o cuidado em que as portas fiquem bem fechadas, para que nenhum pombo entre em ninho trocado e tenha qualquer briga com outro. Por experiência, tenho constatado que pombo que tenha qualquer briga, é pombo inutilizado para uma época. Começa nesta ocasião o trabalho do amador. Os ninhos devem ser bem limpos 2 vezes ao dia. De manhã e à tarde, devendo fazer-se a limpeza quando os pombos fora a fazer o seu treino de exercício diário. Quando todos os casais estão nos ovos, começa o método propriamente dito. Os pombos são soltos 2 vezes por dia. De manhã, o mais cedo possível, à tarde o mais tarde possível. 0 tempo de voo varia conforme as condições físicas do pombo; quando notamos que um pombo mostra fadiga, não o devemos forçar. Normalmente, no principio da semana o pombo voa mal; à medida que a semana avança vai-se notando subida de forma no pombo e então a duração de voo já é maior. Sou contrario ao voo forçado.
Treinos - Nunca me servi do relógio para manter os pombos fora do pombal um tempo determinado. Além disso o treino mais proveitoso que podemos dar aos nossos pombos é largá-los uma vez por semana, num determinado local, numa distancia de 30 a 50 km. Estas largadas, em principio fazem-se em conjunto e após 3-4 treinos solta-se cada pombo em separado. Quando soltamos os pombos devemos fechar a janela do pombal.
. Ao fim de algum tempo o pombo apercebe-se de que, quando se abre a janela, o fim que o fizemos é para eles voltarem e começa então a chamada educação na entrada. Eu tenho os meus pombos habituados a chamá-los por assobio. Já sabem que, abrindo a janela assobiando, é um chamo para o pombal. No entanto, nesta educação de entrada e no método do natural, este trabalho é redobrado e a perda de tempo é maior. Uma ou duas vezes por semana há conveniência em soltar os pombos um a um e obrigá-los a entrar ao chamo do assobio. Por sistema, o pombo voa em bando e habituado a voar em bando, no treino diário, quando é chamado, normalmente entram todos em conjunto. Mas o grande problema é que no regresso dos concursos e o que normalmente acontece, é aparecerem um ou dois pombos para cada pombal. Esses primeiros pombos muitas vezes não entram e porquê? Precisamente pela maneira como foram conduzidos. Tenho ouvido muitas lamentações de amadores que me dizem que os seus pombos entram muito bem durante a semana e aos Domingos, principalmente os primeiros, não entram! É a falta do conjunto e nota-se muitas vezes que as volta que dão antes de entrar são pelos sítios onde fazem o exercício diário, como que à procura dos seus companheiros. Sem poder garantir se esta minha afirmação tem qualquer coisa de verdade o que para muitos possa ser irrisório, aconselho a seguir este método pelos resultados que me tem dado. Posso lamentar-me de más classificações porque os pombos não chegaram; quanto a entradas, não; não me tenho servido deste trampolim para justificar uma derrota!! Depois dos acasalamentos, treinos diários e entradas é talvez ocasião de falar em alimentações e bebidas, coisa que para a maior parte é o chamado bicho de sete-cabeças e para alguns, sem serem iniciados, aguardam com ansiedade esta minha colaboração. Primeiro que tudo começo por dizer que não há segredos; há apenas umas normas a seguir e um método a utilizá-las. Desde que cada amador siga á risca essas normas e... com método, tem à sua frente enormes probabilidades a triunfar.
Tenho sempre três lotes de sementes que utilizo durante a campanha.
0 primeiro, o mais forte e que considero ração de combate, é composto por: milho, 6 kgs; trigo, 2; faverol, 2; ervilha 1; ervilhaca, 2; dári, 1; arroz c/ casca, 1; cevada c/ casca, 0,5; garroba, 0,5.
0 segundo, a dar no dia da chegada dos concursos e à 2ª' feira de manhã, considerada ração de dieta é composta por trigo, 2 kgs; arroz c/ casca, 2; linhaça, 1; cevada c/ casca, 0,5; colza, 0,250; milho alvo, 0,100; alpista, 0,100.
0 terceiro que dou como sobremesa e considerada como ração excitante, formado por cânhamo, 1 kg; colza, 0,500; dari, 1; alpista, 0,250; milho alvo, 0,250; arroz sem casca, 0,250; semente de nabo, 0,100. 0 método que tenho seguido na alimentação é o seguinte: ao Domingo, após a chegada dos pombos e logo que tenham descansado um bocado, dou a cada um apenas 10 gramas da ração de dieta; como bebida, água morna misturada com leite e mel (l/2 litro de Agua, 1/2 litro de leite e 1 colher de sopa de mel); à tarde, dou 15 grs da mesma ração e como bebida água com sais de barlabad (1 colher de chá por litro d'água). À 2.a feira de manhã ou ainda 15 grs da ração de Domingo e como bebida chá Colmaré, bebida esta que mantenho todo o dia; na refeição da tarde, começo com a ração de combate, dando apenas 15 grs a cada pombo.
Às 3.as, 4.as, 5.as e 6.as feiras dou de manhã 15 grs a cada pombo e na refeição da tarde 20. À 6ª feira, na ração da tarde, deixo os pombos comerem à descrição. As 4.as, 5.as e 6.a feiras, no fim dos pombos terem comido, dou-lhes como sobremesa um dedal de excitantes, por pombo, ração esta que dou aos sábados de manhã, na quantidade de 15 gs. Como bebida dou às 3.as feiras, todo o dia complexo B na água, na quantidade de 1 colher de sopa por litro d’água. Às 4.as e 6.as feiras durante todo o dia 3 gotas de tintura de iodo por litro de água. As 5.as feiras, misturo mel na água, na quantidade de 1 colher de sopa por litro. As 3.as e 6.as feiras, após a refeição da tarde e antes dos pombos terem bebido, dou-lhes uma pastilha de Vita-Blu a cada pombo. Às 2.' feiras à noite e 1 hora após a refeição desinfecto-lhes as narinas com Rinex (1 gota em cada narina). Às 3. feiras e antes de soltar os pombos dou-lhes um dente de alho a cada um. No que diz respeito a banhos, no natural e desde que começa a campanha, não dou banho aos pombos (segui este conselho dum grande amador e nas épocas que concursei ao natural, constatei ser vantajoso). Após a 1ª postura em que substituo os ovos verdadeiros por ovos de gesso, onde os pombos permanecem até ao abandono, acho conveniência em não ter todos os casais na mesma posição. Evitava deixar os pombos viajar sobre borrachos, salvo raras excepções e por sistema não jogava os pombos. Procurava, sim, levá-los ao cesto nas melhores condições de saúde, naquilo que vulgarmente na columbofilia se chama “em forma”. |
Método da Viuvez
0 que é a viuvez? - Para muitas pessoas, alheias á columbofilia e que vão de encontro ao verdadeiro significado da palavra; a palavra viuvez poderá ser interpretada como sendo um método seguido pelos columbófilos onde se voa um dos cônjuges (macho ou fêmea) pelo facto de ter morrido o outro. Mas... longe disso! Deram o nome de viuvez ao método onde o macho ou a fêmea vive isolada e a finalidade da chegada ao pombal é encontrar no seu posto o seu cônjuge. É nisto que consiste o método. E o difícil é conduzir-se o macho (ou fêmea) ao ponto de ele compreender os fins que temos em vista. É certo que todos os caminhos vão dar a Roma e nestes casos, só quem os experimenta poderá tirar conclusões e escolher aquele que lhe der melhores resultados. Se não vejamos.
Partindo do principio que estamos, a encaminhar a viuvez só com machos podemos fazê-la com os machos presos nos ninhos ou soltos no pombal. No primeiro caso, podemos fazê-la sobre ovos ou sobre borrachos; no caso de fazê-la sobre ovos, com uma ou com duas posturas! No 2º caso, com os pombos soltos no pombal e ninhos fechados, ou soltos no pombal e ninhos abertos. Quanto a mim e até porque tenho experimentado todas estas variantes, qualquer método é bom desde que haja bons pombos e regra no tratamento. No entanto vou pelo chamado método clássico e seguido pela maior parte dos amadores. Pombos presos nos ninhos e durante a preparação para a viuvez, fazendo duas posturas de ovos. É quanto a mim, o método mais seguro e o mais fácil de dominar os pombos.
Como preparar um pombo para a viuvez? Normalmente acasalo os pombos à volta de 15 de Fevereiro. Passados 10 dias, estão sobre o 1º ovo. Mais 14 dias contados da data em que a 1ª' fêmea fez a postura, levanto esta 1ª postura. Geralmente aproveito este levantamento na ausência dos machos para qualquer treino. A 2ª postura processa-se como a primeira e quase sempre as fêmeas põem ao mesmo tempo. Passados outros 14 dias, retiram-se as fêmeas, e começa a viuvez propriamente dita. Daqui em diante, seguir um tratamento com cuidado.
Assim apresento o método que sigo logo após a retirada das fêmeas e o que faço dia-a-dia, durante a semana, desde a alimentação, bebida, banhos, treino diário e maneira de regular a luz no pombal. Parece-me que focando em pormenor todos estes aspectos, dá-me a impressão de que estou a elucidar-vos daquilo que na prática, deverei fazer.
Começamos pela alimentação, que eu considero a base de se tratar dos pombos, devo dizer-vos que tenho sempre em minha casa três espécies de ração que refuto de indispensáveis para a alimentação do viúvo.
A primeira, a que todos chamam ração de dieta e que sirvo ao domingo todo o dia e à 2ª feira de manhã, é composta nas seguintes proporções: trigo, 2 kg; arroz c/casca, 2 kg; linhaça, 1 kg; cevada c/casca, 0,5 kg; dári, 0,5 kg; colza, 0,250 kg; milho alvo, 0,250 kg. A segunda, ou seja a ração normal ou de combate e que sirvo à 2ª feira à tarde, 3ªs, 4ªs, 5ªs e 6ªs feiras, tem a seguinte composição: milho, 8 kg; trigo, 2 kg; faverol, 2 kg; ervilha, 1 kg; ervilhaca, 2 kg; cubos, 1 kg; e dári, 1 kg. A terceira, que sirvo como sobremesa ás 4ª, 5ª e 6ªs feiras (á tarde) e aos sábados de manhã - a que chamam excitante -compõe-se de cânhamo, 1 kg; colza, 0,750 kg; dári, 1 kg; milho alvo, 0,5 kg; alpista, 0,5 kg; e semente de nabo, 0,200 kg.
Ao domingo, após a chegada, dou á volta de 15 gr. por pombo da ração de dieta; à noite, a mesma quantidade. A segunda,de manhã, a mesma ração de dieta e apenas as 15 grs. A tarde ração normal 15 grs. Á 3ª feira de manhã, 15 gramas e á tarde, 20 grs. Á 4ª feira de manhã, 15 gr. e à tarde 20 grs mais um dedal de excitante. A 5ª e 6ª feira, de manhã, 20 grs e á tarde, os pombos comem à descrição (no fim, um dedal de excitante a cada pombo). Ao sábado de manhã, 15 grs. de excitante a cada pombo, e nada mais. Devo dizer que tenho o grit à disposição dos pombos às 3ªs, 4ªs, 5ªs e 6ªs feiras (aos sábados, domingos e 2ªs feiras, o grit é retirado do pombal).
Como bebida utilizo, aos domingos e á chegada, água morna, 1 litro; leite, 1/2 litro; mel, 1 colher de sopa. À tarde, os sais Colman, 1 colher de café por litro de água. A 2ª feira dou o chá Colman todo o dia. A 3ª feira o complexo B todo o dia, uma colher de sopa por litro de água. As 4ªs e 6ªs feiras tintura de iodo na água, 4 gotas por litro de áqua. As 5ªs feiras, de manhã água simples e, á tarde, mel na água, 1 colher de sopa e aos sábados dou a água simples.
Banhos: - Se os pombos chegarem até às 14 h, ao retirar as fêmeas dou-lhes um banho bem quente, juntando á água os sais de banho Colman. Se chegarem mais tarde, esse banho será dado na 2ª feira de manhã. Na véspera do encestamento dou-lhes um banho frio, juntando à água bastante sal das cozinhas.
Treino diário à volta do pombal: Na viuvez, sou contrário ao voo forçado. As 2ªs feiras não solto os pombos e às 3ªs procuro tê-los fora o mínimo de tempo possível, o suficiente para limpar o pombal, chamando-os imediatamente. Uma vez restabelecidos da prova que fizeram e, portanto, à 4ª feira, o pombo começa a querer voar e, nessa altura, dou-lhe mais um pouco de liberdade, evitando deixá-lo pousar nos telhados, mas nunca excedendo os 30 a 40 minutos de voo. No dia do encestamento, não os solto.
Luz no pombal: embora a maior parte dos amadores faça a viuvez com os pombos na escuridão completa, eu entendo que o pombo não nasceu para viver ás escuras e seguindo a seguinte maneira de regular a luz para o viúvo: ao domingo e após retirar as fêmeas, ponho os pombos na escuridão completa, mantendo-os nesta escuridão durante a 2ª feira todo o dia. Utilizo para isso duas cortinas uma branca e outra preta. A branca mantenho-a sempre encostada ao vidro para evitar que os pombos vejam para o exterior. De 3ª feira até sábado vou regulando lentamente a cortina preta de maneira à luz aumentar dia-a-dia até que no dia do encestamento se tenha o máximo de claridade no pombal. E é dentro deste sistema que trato os meus pombos. Evidentemente que o método não é infalível e a prova está no resultado que obtenho. Umas vezes bem, outras razoável e muitas até mal, mas competição é competição e se nós fazemos por preparar os nossos pombos com a intenção de ganhar ou fazer o melhor possível, esquecemo-nos que os nossos adversários pensam da mesma maneira nem sempre as coisas correm conforme os nossos desejos. É preciso saber-se ganhar, mas ainda é mais preciso prepararmos o nosso espirito para saber perder. E se todos praticarem a columbofilia, pensando desta maneira, felicitando os vencedores de hoje e encorajando os vencidos para que sejam os vencedores de amanhã, não há dúvida que daremos um passo em frente. Ao terminar, para já, procurei ajudar os novos a dar as primeiras passadas, resta-me desejar-lhes as maiores felicidades e que o futuro lhes sorria a contento dos seus desejos, para bem duma columbofilia melhor.
Carlos Fonseca |
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