Poquetes

Poquetes são um vírus que ataca os pombos criando crostas na pele ou tecidos moles dos pombos.

Esta doença é normalmente vista pelos columbófilos como pouco importante, uma vez que apenas aparecem alguns pombos com crostas e acabam por sarar ao fim de algum tempo, em especial nos borrachos nascidos no ano.

São as diferentes estirpes do vírus que ditam a sua virulência e a forma como atacam a colónia. Grande parte destas estirpes apenas causam pequenas crostas. Mas existem estirpes que causam graves estragos nos tecidos moles do pombo, deixando mazelas permanentes na pele, nos olhos,na língua, no bico, etc.

Os columbófilos tem tendência a negligenciar esta doença, visto que não tem tido problemas de maior, mas só se começam a prevenir dela quando tem o azar de ser atacados por uma estirpe que deixa marcas em grande parte dos seus pombos e normalmente quando ataca também os seus pombos adultos em plena campanha. Depois de casa roubada vão a correr comprar as trancas….

Pombos com o vírus das poquetes, transmitem o vírus através das lágrimas, saliva e por vezes também através das fezes. Em alguns casos foi detectado o vírus no sangue de certos pombos.

Para que os pombos fiquem afectados, o vírus precisa de quebrar a pele ou a membrana do bico para entrar. Normalmente é através das brigas entre pombos que ele se propaga visto que um pombo infectado, faz ferida ao brigar e deixa saliva no outro pombo. Dai ser muito comum que grande parte das lesões sejam a volta dos olhos e do bico, porque são os sítios normalmente afectados nas brigas entre pombos.

Os mosquitos e outros insectos sugadores de sangue também são causadores da transmissão da doença, como só tem acesso as partes que não são cobertas pelas penas aparecem lesões na cabeça e pernas dos pombos. Excepção feita para o ácaro vermelho, que sendo ele o transmissor as lesões podem aparecer em qualquer parte do corpo do pombo.

O vírus transmite-se também através do banho e dos bebedouros comuns.  A partilha da água do banho pode infectar os folículos das penas e desenvolver-se lá a doença.

Esta infecção por poquetes tem uma duração natural de 4 a 6 semanas, da qual os pombos recuperam espontaneamente. Mortes raramente ocorrem e quando acontecem devem-se a factores secundários que interferem com a respiração, alimentação, visão, etc..

Grande parte dos pombos afectados desenvolve só uma ou duas pequenas “ Bexigas” ( lesões) de aproximadamente 3 mm, mas encontram-se bem com eles mesmos. Um pombo que recupere das poquetes ficam inume para o resto da vida a doença. Não existe tratamento para as poquetes.

O que acontece, é que muitas vezes as lesões na boca são afectadas por bactérias ou tricomonas, ao fazer um tratamento a essas doenças ,ajuda a secar a lesão, minimiza o estrago nos tecidos e deixa o pombo mais confortável enquanto o vírus segue o seu curso natural de 4 a 6 semanas.

Usando ¼ de Flagyl comprimido uma vez por dia e ½ comprimido de Vibravet também uma vez ao dia proporciona um bom controlo dessas doenças secundarias.

Vaccinação

Quando vacinar?

Apenas borrachos com mais de 6 semanas de idade devem ser vacinados. Isto porque quando estamos a vacinar estamos de facto a dar-lhes uma dose da doença, borrachos com menos de 6 semanas ainda estão a desenvolver imunidade aos problemas mais comuns, como as tricomonas e as clamidias (problemas respiratórios), ao dar-lhes esta dose de vírus vivo, pode causar stress e pode abrir a porta a várias doenças.

Por esta razão é muito importante que só borrachos saudáveis sejam vacinados.

Uma vez vacinados, os pombos apresentam no local da vacina uma reacção (bolha, inchaço) durante 4 a 6 semanas e são contagiosos para outros pombos durante esse tempo, não sendo por isso permitido encestar esses pombos nas colectividades ou associações até 6 semanas após a vacinação, se o fizer esta a contaminar pombos de outros concorrentes que não estão vacinados dando origem a um surto de Poquetes no seu Clube ou Associação. O columbófilo quando utiliza vacinas de vírus vivo deve ser uma pessoa conscienciosa caso contrario pode provocar muitos estragos noutras colónias.

Técnica de Vacinação

A vacina é fornecida em 2 frascos, que devem ser mantidos no frio até a sua utilização imediata.

Um dos frascos contem o diluente o outro contem um comprimido com a vacina seca.

Para preparar a vacina faça o seguinte :

- Retirar a tampa de ambos os frascos, deixar o diluente ficar mais liquido (+- 1 minuto depois de aberto)

-Juntar o diluente ao comprimido

-Fechar esse frasco e agitar ligeiramente até se formar um liquido homogéneo

-Este liquido é a vacina pronta a utilizar

O objectivo não é injectar a vacina mas sim, criar um pequeno arranhão de forma a que a vacina se misture com o sangue e com o ar, simulando o modo natural de transmissão.

Com o uso de uma agulha de 18´´, mergulha a agulha na solução e pica na zona a vacinar deixando a mesma perfurar a pele do pombo na horizontal em cerca de 1 mm, desta operação deve resultar sangue.

A seguir a vacinação, um ponto amarelo deve aparecer inicialmente, que se transforma numa crosta num espaço de 10 dias. Esta crosta ira cair em 4 ou 6 semanas e o pombo é contagioso para outros pombos não vacinados neste espaço de tempo.

Após estas 4 a 6 semanas o pombo fica imune a poquetes para o resto da sua vida.

Cuidados pós vacinação

Tratar os pombos normalmente. Podem ser alimentados e voados normalmente e até é importante que mantenham a sua rotina uma vez que se tratam de pombos novos.

Só se deve prestar mais atenção com eles passados 7 a 10 dias depois da vacinação altura em que se formam crostas. Nesta altura o vírus esta, na corrente sanguínea e os pombos podem desenvolver uma pequena febre. Alguns pombos podem dar o aspecto de não estar bem, meio mortiços e sem vontade de exercitar e podem até ter fezes ligeiramente aguadas. Esta febre pode inflamar a estrutura do  olho e os pombos  ficam assustadiços com as  sombras ou movimentos, podendo se perder por esta causa, não sendo por isso aconselhável solta-los.

Também não se deve deixar os pombos tomar banho nesta fase.

A seguir a vacinação, pombos saudáveis numa boa colónia (bem tratados, cuidados de higienes, etc.) raramente ficam doentes.

Desejo a todos que pretendem vacinar com a Diftopharm um grande sucesso desportivo para 2012.

Depois de ver o ano passado tantas colonias atacadas com poquetes inclusive pombos adultos acho que esta vacina vem resolver o problema.

Caso o pretenda adquirir entre em contacto com a Supra em Leiria onde a mesma custa 25 euros para 100 / 200 pombos conforme o metodo que usar para dar.

Esta vacina é usada pelo Rui & Paulo Rodrigues, Jose & Pedro Almeida, Paulo Campos, entre outros com bastante sucesso...

Todos os produtos aconselhados serão fornecidos pela Supra ou por algum dos seus revendedores espalhados pelo País.

Por uma columbofilia melhor....

Pedro Lopes