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O que é o circovírus e a influência da vacinação contra o paramixovirus? 04-11-2014

O que é o circovírus e a influência da vacinação contra o paramixovirus?

A alguns anos a esta parte, o circovirus é apresentado como um novo flagelo da população de borrachos. Pombos com menos de 1 ano, em especial aqueles com menos de 4 meses de vida, são susceptíveis de contraírem uma infecção  circoviral.

Não, os borrachos não começam a fazer malabarismos como no circo, nem aparecem com a cara pintada. O Columbófilo é que se sente um palhaço, fase a tão devastadora doença e a barraca fica armada.

Fora de brincadeiras e porque alguém escreveu que as vacinas não faziam nada, resolvi vir escrever um artigo, porque acho útil, que os columbófilos compreendem o que se faz a nível de tratamentos veterinários  na Europa. Quem escreve tem responsabilidades e uma delas é dizer a verdade.

Transmissão

Neste momento o modo de transmissão não esta bem definido, mas provavelmente dissemina-se através das fezes, talvez através da comida ou da água contaminada e talvez até por inalação (poeiras, pó).  Transmissão através dos ovos é também possível; alguns artigos recentes sugerem esta possibilidade “transovaria “ como forma de disseminação, por o vírus ser observado em borrachos acabados de sair da casca.

Os estragos

Uma vez o pombo infectado, o circovirus vai atacar em especial os órgãos responsáveis pela construção da resistência imunitaria ( órgãos linfáticos, timo, baço,medula óssea, bursa of fabricius, etc).

Porque estes órgãos ficam afectados, o pombo não consegue obter uma boa e forte resistência, mesmo contra infecções comuns e supostamente “ inofensivas”, falhando assim na construção de imunidades contra as mesmas.

Os sintomas

Jovens pombos no ninho que fiquem infectados, tornam-se muito magros e por vezes morrem.

Sintomas de letargia, falta de apetite, emagrecimento, diarreia, problemas respiratórios, decréscimo de performance competitivas, são muito comuns nesta doença.

Dependendo da gravidade da infecção secundaria e da idade do pombo a quando da contracção da infecção com o vírus, o pombo poderá estar severamente doente ou suavemente doente.

Exemplo: Se a infecção secundaria for uma salmonela ou um paratifo dá muito mais problemas que umas Tricomonas.

Muitas vezes nota-se que as penas não cresceram como deviam, mas existem diversas infecções que não apresentam sinais e estão presentes no pombo.

 

 

Diagnostico

Antigamente só era possível diagnosticar a doença através de uma autópsia ao pombo e fazendo um teste PCR aos órgãos internos como por exemplo a Bursa de Fabricius, mas nos dias de hoje já é possível fazer um teste PCR as fezes dos pombos.

Tratamento e Prevenção

Neste momento não é possível curar ou atacar o vírus com qualquer tipo de medicação.

Por outro lado, e no caso de infecção com circovirus, é muito importante tratar as infecções secundarias; sendo estas as Tricomonas, coccídeos, paratifóide, fungos, etc…

Não existe vacinação disponível de momento.

Protecção é difícil, e devemos nos focar especialmente na prevenção.

O circo vírus consegue se manter muito tempo num meio ambiente e consegue resistir a temperaturas de 75 C por 15 minutos. Isto significa que desinfectar um pombal contra o circovirus é uma tarefa bem pesada.

Actualmente o circovirus esta bem disseminado e de acordo com investigadores Europeus, pode ser transportado por fêmeas que não apresentão sintomas e que através dos ovos vai passando de pombal em pombal de uma forma gradual.

O porquê de eu defender uma vacinação com uma vacina PMV (Paramixovirose) como por exemplo a  P-200 da Chevita ?

Como foi dito no inicio deste artigo, o vírus ataca especialmente todos os órgãos que são importantes na construção de uma boa  e forte imunidade. Se essa imunidade falha, o pombo pode morrer devido a infecções, sendo algumas delas até bem banais.

Isto também significa que o pombo, após estar infectado com circovirus, não pode construir uma forte imunidade a seguir a vacinação.

Suponhamos que vacina os seus pombos com a vacina contra paramixovirus ( PMV) Ex. P-200 Chevita, mas que o seu pombal já esta infectado com circovirus.

A seguir a vacinação, os pombos não são capazes de construir imunidade como deviam, porque os órgãos responsáveis por este aumento de imunidade, estão atingidos e não funcionam como deviam. Então a vacinação não resulta eficazmente. Isto não tem haver com a vacina, nem com o método de vacinação, mas sim porque a colónia sofre de uma infecção de circovirus nesse momento.

De forma a prevenir tudo isto, é muito melhor vacinar os jovens borrachos contra a paramixovirus “ O mais cedo possível “: isto significa quando eles tem 3 semanas de idade ( quando são separados dos pais). Desta forma, podemos dar alguma imunidade contra a PMV antes de os borrachos serem expostos ao circovirus.

A experiencia mostra-nos que pombos vacinados contra o paramixovirus muito cedo ( 3 semanas) criam também grande resistência a outro flagelo da columbofilia actual o Adenovirus.

Não existem certezas de que não apareceram outros tipos de problemas ou doenças de outro tipo nos borrachos, mas uma coisa é certa, a vacinação tem um efeito de aumento da imunidade, especialmente quando são vacinados muito cedo.

Vacinar antes das 3 semanas não é aconselhado, porque durante esse período estão a receber a imunidade através da via parental ou seja através do ovo ou da papa. Dai a importância de se vacinar os reprodutores.

Muito Importante. Existem pessoas que vacinam com a Columbovac/  Pox .

Se vacinar muito cedo não pode usar vacinas Bivalentes. Uma vez que a resistência a pox só pode ser desenvolvida a partir das 7 semanas de idade.

Vacinar cedo ou usa a P-200 ou a Columbovac PMV simples. Não gosto de vacinas de base oleosas, dai não recomendar a Nobilis. A única oleosa que gosto, não existe em Portugal e foi importada em 2009 aquando do Derby Cartaxo( oferta do Patrocinador)  e fazia Paramixovirus e Herpes Virus. Essa sim foi utilizada em pombos com mais de 4 semanas e funcionou muito bem….

Vacinar na água com vírus vivo,  segundo me disse o Dr. De Weerd, nunca.

Aliás quem teve na conferencia sobre Paramixovirus em Gondomar a quando a exposição Nacional, ouviu a opinião de uma série de veterinários sobre o uso do vírus vivo e nunca na água.

Tenha em conta:  Uma prevenção de epidemias assenta em elevados níveis de higiene, manter os pombos num ambiente sem factores de stress ( excesso de pombos, má ventilação, amoníaco), providenciar o mínimo possível de antibióticos e fornecer muitos complementos que aumentem o sistema imunitário ( Ex.Levimun, Improver, Adenosan, DMG ou B15, Chevi-san), assim como providenciar diversos probioticos que funcionem nas aves ( não adianta dar probioticos que não se fixam no intestino da ave) como por exemplo o TS-6 da Backs, o Probac 1000, o Liviferm, Protexin,etc.

Existe toda uma nova geração de Produtos sem serem antibióticos que ajudam no combate aos problemas dos nossos pombos :

- Improver combinado ou não com o Anti-fungal – Produto com uma eficácia tremenda

- Endosan  Brockamp ( Oregano a 10 %) para dar na água de bebida misturado ou não com Iodo, contra problemas de coccidios, salmonelas, coli, etc

-  Aerosol Brockamp ( mistura de óleos) para dar na água de bebida contra problemas respiratorios

Todos estes produtos devido as dosagens que são aplicadas rendem muito. O Improver dá para 250 litros de água. O Endosan e Aerosol dão para 250 litros de água cada um. Feitas as contas são produtos que rendem muito e tornam-se baratos se usarmos o ratio preço quantidade e durabilidade para além claro da qualidade dos mesmos.

Existe um produto que é um pouco mais caro ( 100 comprimidos), mas que tem ajudado muita gente, que se chama TriColi-Stop da Pigeon Vitality. Sem ser antibiótico elimina as Tricomonas em poucas horas ( 3h )e actua sobre a E-coli . Muitos columbófilos têm melhorado substancialmente os seus borrachos e pombos adultos com administração de TriColi-Stop.

Este artigo serve única e exclusivamente para informar os columbófilos existem procedimentos simples e eficazes de combate e de prevenção das doenças mais comuns dos nossos pombos.