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Pernas 20-02-2012
 
A CAMA DE PROCUSTO ou NÃO TER PERNAS PARA ANDAR...

Procrusto era um bandido que vivia na serra de Elêusis. Tinha, em casa, uma cama de ferro para a qual convidava todos os viajantes que estivessem de passagem. Se os hóspedes fossem demasiado altos, ele amputava, com um machado, o excesso de comprimento para ajustá-los à cama; os que tinham pequena estatura eram esticados até atingirem o comprimen...to suficiente.

Claro... a vítima nunca se ajustava exatamente ao tamanho da cama porque Procrusto (que significa «esticador») tinha, secretamente, duas camas de tamanhos diferentes! Deitava as pessoas de maior estatura na cama menor e os de menor estatura na cama maior.

E assim continuou o seu reinado de terror até que foi capturado pelo herói ateniense Teseu. Na sua última aventura, Teseu prendeu Procusto em sua própria cama cortando-lhe, com um machado, a cabeça e os pés e aplicando-lhe assim o mesmo suplício que infligia aos seus hóspedes.

Ainda hoje lidamos com este problema! A pergunta é: qual é a variável que deve ser ajustada? Repito: qual é a variável que deve ser ajustada? Na nossa vida, nos nossos relacionamentos, nos nossos projectos temos de contar com adaptações, ajustes, cedências, prioridades! Ou não? Será que tem de ser tudo à nossa medida? Será que devemos amputar quem não se adapta ao nosso gosto, ao nosso desejo, à nossa vontade? É por isso é que há muitos projectos de vida, de relacionamento que, simplesmente, não têm pernas para andar...