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SOCIEDADE COLUMBÓFILA BARREIRENSE 21/11/2008

SOCIEDADE COLUMBÓFILA BARREIRENSE

Jornal do Barreiro | 21-11-2008
 

A história

A Sociedade Columbófila Barreirense (SCB), foi fundada em 29 de Outubro de 1933, pelos seguintes treze columbófilos. João Boena Castro, João Mendes, Eduardo José da Luz, Manuel Tavares Rodrigues Júnior, Manuel Santana, José Joaquim Lourenço, António Balseiro Fragata, António Salgueiro, António Rodrigues, Francisco José Torres, Manuel da Costa Pedro, Adelino Jóia e José Torres.


À data da constituição ficou filada na então Associação Columbófila de Lisboa, que mais tarde viria a ser membro fundador da Federação Portuguesa de Columbofilia.


A SCB iniciou a actividade com 130 associados.


A columbofilia no Barreiro já existia antes da constituição da SCB, funcionando durante 6 anos como sendo a secção de columbofilia do Futebol Clube Barreirense, à data as rivalidades clubistas eram grandes e nem todos os columbófilos eram adeptos do F.C. Barreirense e assim nasce a SCB, que funcionou inicialmente nas instalações da sede do F. C. Barreirense na Rua Conselheiro Serra e Moura, no Barreiro, passando posteriormente para a Rua Marquês de pombal, onde hoje funciona a Associação Columbófila do distrito de Setúbal.


Uma opção importante para a época foi a de que o formato do emblema da SCB é idêntico ao F. C. Barreirense, com as iniciais inseridas e o nome Barreirense, representando uma força clubista cuja mística passou para SCB.


A SCB é a segunda colectividade columbófila mais antiga do Distrito de Setúbal, um dos três membros constituintes e fundadores e actualmente é uma das vinte mais antigas em actividade em Portugal.


A SCB tem vivido da dedicação associativa bem característica dos barreirenses e da paixão pela criação do pombo-correio.


Ao longo dos seus 75 anos de existência, muitas foram as dificuldades pelo qual passou a colectividade e a sobrevivência da prática da columbofilia no Barreiro. As dificuldades económicas pelas quais sempre passou o povo do Barreiro e a necessidade de um gasto suplementar sobrecarregando o baixo orçamento familiar, como era a manutenção dos pombos correio e os custos da competição, obrigou muitos columbófilos a prescindirem de um melhor nível de vida, duma melhor educação dos filhos e de melhores condições no próprio lar para nada faltar aos pombos correio.


Em 1970 a SCB mudou a sede para o Alto do Seixalinho, para a Rua de Cabo Verde onde existia um grande núcleo de columbófilos que rivalizava com o do Barreiro velho, mas onde passou a dispor de melhores condições sociais.


Muitos já foram os campeões da SCB, ao longo da sua existência, alguns dominaram desportivamente períodos de 3 a 5 anos, também ao nível do Distrito de Setúbal, os columbófilos filiados na SCB tem conseguido boas prestações, com títulos de campeões distritais.


A columbofilia sendo considerado um desporto de 3ª idade, a SCB tem como filiados, bastantes jovens e cidadãos de meia idade, que vem assegurando uma gestão com o objectivo da continuidade, porque as grandes dificuldades impedem a concretização de objectivos que há muito estão nos ideais dos dirigentes e associados, que é a construção da sede própria.


O motivo da fundação desta Sociedade foi a prática e divulgação do desporto columbófilo.


A actividade desportiva do clube tem sido desenvolvida sob orientação da Associação Columbófila do Distrito de Setúbal e da Federação Portuguesa de Columbofilia, através de concursos nacionais e internacionais e também de exposições regionais, nacionais e internacionais.


A actividade mais evidenciada centra-se nos campeonatos de Velocidade, Meio Fundo e Fundo, concursos que chegam a atingir os 1.000 Km de distância, tornando-se a S.C.B Campeã Distrital de Velocidade e de Meio Fundo no ano 2000. E tendo o melhor pombo de M/Fundo Distrital em 2003.


Na longa vida da Sociedade vários momentos se destacam: a Festa do quadragésimo aniversário com a participação de alguns columbófilos de renome mundial na prova de organização da Colectividade aniversariante. A participação nas Olimpíadas da Columbofilia, com um pombo integrado na Selecção Nacional, é um dos momentos altos da Sociedade Columbófila Barreirense.


Na Colectividade destacam-se alguns associados, entre eles Francisco Reis Silva, José Joaquim Felício ( ambos falecidos ) e João Macareno Sinhogas, pela dedicação à causa da columbofilia.


Esta Colectividade foi galardoada com Medalha de Mérito Desportivo da Câmara Municipal do Barreiro e a Medalha Prateada de Mérito Columbófilo da Federação Portuguesa da Columbofilia, por altura do quinquagésimo aniversário da Sociedade, com Medalha de Bons Serviços pela Comissão Columbófila do Distrito de Setúbal.


Esta Colectividade conta presentemente com a colaboração de cerca de 125 associados e tem como fonte de receita a quotização, que mal chega para os compromissos fixos ( água, luz, telefone, net e renda de casa ), e prémios para as campanhas desportivas.


A Sociedade Columbófila Barreirense já teve como filiados e concorrentes alguns desportistas conhecidos de outras modalidades, que também praticavam columbofilia e que muito agradava e orgulhava a instituição. Entres os quais se destacam: Manuel Galrinho Bento e Fernando Chalana (Futebol no S.L. Benfica e Selecção Nacional). Eugénio Silva (Basquetbol, Barreirense e Selecção Nacional).


Concorrem em média anualmente 30/35 equipas (cerca de 50 concorrentes) e vão a prova 700/750 pombos nas provas (14) de Velocidade e M/Fundo e cerca de 300 nas provas (7) de Fundo, durante vinte e uma semanas, entre os meses de Janeiro e Junho.


A S.C.Barreirense é auxiliada por algumas empresas e entidades oficiais, nomeadamente Junta de Freguesia do Alto do Seixalinho e Câmara Municipal do Barreiro e ainda alguns particulares que patrocinam alguns troféus e prémios.


Presentemente a colectividade é gerida pelos associados que ocupam os seguintes cargos directivos.


ASSEMBLEIA-GERAL: Presidente; Dionísio Reis Silva, Vice-Presidente; Alberto Lopes Costa, Secretário; Viriato Agatão, DIRECÇÃO: Presidente; António Francisco Rosa, Secretário; Nuno Miguel Silva, Tesoureiro; António Marçal Ramos, CONSELHO TÉCNICO/FISCAL; Presidente; João Domingos; Secretário; Francisco Elisiário; Vogal/Relator; Felipe Oliveira

 

 


Instalações Sociais da Sociedade Columbófila Barreirense - Fundada em 29/10/1933


Biblioteca e Acervo Histórico da Sociedade Columbófila Barreirense


 Biblioteca e Acervo Histórico da Sociedade Columbófila Barreirense


Sala do Conselho Fiscal 


Sala do Conselho Técnico 


Sala de encestamento 


A Sociedade a 29 de Outubro de 2008 celebrou 75 anos de existência (Bodas de Diamante) .

O bolo a ser partido pelo sócio nº1, Bento de Almeida. 


A comemoração dos 75 anos da colectividade, contou com a presença do Presidente da Federação Portuguesa de Columbófilia, Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Presidente da Junta de Freguesia do Alto Seixalinho e sócios. 


Dr. José Tereso entregando galhardete da Federação Portuguesa de Columbófilia ao Dr. Carlos Humberto, Presidente da Câmara do Barreiro. 


O presidente da Assembleia Geral da Sociedade Columbofila Barreirense, Dionisio Reis Silva, no auditório da Junta de Freguessia do Alto Seixalinho após um pequeno discurso, deu início à cerimónia de homenagem dos associados com mais de 25 anos de sócios.  


Início da Cerimónia de Homenagem aos associados com mais de 25 anos de actividade


Viriato Agatão 


João Domingos 


Um campeão nato,  ao longo dos anos na SC Barreirense, Dionisio Reis Silva. 


Columbófilio e Juiz Classificador (Engº Capala da Costa), conhecido a nível nacional pelo que tem feito e contribuido em prol da Columbófilia Nacional. Possui um vasto espólio em que figuram milhares de documentos e objectos ligados à Columbófilia.


Sócio nº1, Bento de Almeida, homenageado pelo Presidente FPC (Dr. José Tereso). 


O Presidente da colectividade, Francisco Rosa, a receber a Medalha Dourada e o Diploma da FPC, pelos 75 anos de vida da SC Barreirense pelas mãos do Dr. José Tereso. 

         

Sociedade Columbófila Barreirense

| 22-09-2004

A Sociedade Columbófila Barreirense tem já mais de 70 anos de histórias para contar. Amálio Ramos, presidente da Direcção, e José Duarte, presidente da Assembleia-geral, apresentam-nos nesta entrevista alguns dos aspectos mais importantes dessa longa caminhada da instituição. Entre os problemas com que se debatem diariamente e os projectos de médio e longo prazo que já há muito desenharam, os dirigentes da Sociedade Columbófila reclamam não só mais apoios camarários mas também de todos, sócios e não-sócios, que queiram ajudar esta colectividade.







Jornal do Barreiro (JB) – Em que ano foi fundada a Sociedade Columbófila?


Amálio Ramos (AR) – A colectividade foi fundada a 29  de Outubro de 1933. Temos, portanto, quase 71 anos de existência. A nossa instituição é, no que respeita à columbofilia, uma das mais antigas do país. Nasceu na antiga sede do Barreirense, na rua Marquês de Pombal. Temos, como se conclui, uma história riquíssima.


José Duarte (JD) – Hoje é muito complicado encontrar pessoas que queiram assumir responsabilidades nas colectividades. Há uma crise no associativismo que parece difícil debelar; não é só na nossa colectividade, naturalmente, atravessa todo o movimento associativo concelhio e é preciso encontrar respostas para a resolver.  


(JB) – Quais são as grandes dificuldades que a colectividade enfrenta actualmente?


(AR) – Actualmente a colectividade enfrenta dois grandes problemas. Em primeiro lugar escasseiam os apoios, sobretudo ao nível da Câmara, à nossa actividade. Em segundo lugar, sentimos que a Sociedade Columbófila está dividida uma vez que a oposição a esta direcção tem sido muito pouco construtiva. Algumas pessoas saíram, em tempos, e fundaram a Associação Columbófila do Lavradio e de Santo António. Nós vamos continuar o nosso trabalho. Apesar da oposição interna pouco construtiva, continuamos empenhados nos nossos projectos e confiantes no futuro da instituição. Nesta assembleia-geral, por exemplo, as pessoas  exaltaram-se de tal maneira que tivemos de a interromper e não se resolveu coisa nenhuma. Os trabalhos foram suspensos e assim vamos trabalhando, como podemos.


(JD) – Evidentemente, não é fácil trabalhar na direcção de uma colectividade como esta quando há pessoas, sócias da instituição, que dizem mal de tudo e de todos. Em relação à Câmara, penso que deveria ajudar-nos mais. Precisamos de outras condições, de melhores instalações, enfim, não somos ricos e precisamos realmente do suporte da edilidade.  


(JB) – Quantos associados tem a Sociedade Columbófila?  Que projectos de futuro tem a colectividade?


(JD) – Temos cerca de 35 sócios concorrentes e cerca de 255 sócios no total. Presentemente, o nosso objectivo passa por crescer cada vez mais. Queremos sempre voar mais alto. Tivemos alguma ajuda da Junta mas todas as ajudas são poucas para nos auxiliar nas nossas dificuldades; recuperámos a nossa sede, temos um novo mobiliário, mas temos muitos projectos para pôr em prática. Enfim, temos feito o possível e o impossível para que a Sociedade Columbófila vá para a frente.


(AR) – Estas instalações foram reestruturadas por nós.  Estamos a trabalhar no sentido de contar, tão brevemente quanto possível, com novas instalações. Não sabemos nem onde iremos ficar nem quando estarão prontas essas instalações. Nós acreditamos no futuro deste clube e é para ele que trabalhamos todos os dias.  


(JB) – Apesar das dificuldades, há condições para afirmar que a columbofilia do Barreiro está no rumo certo...


(JD) – Os contratempos têm sido imensos, os apoios camarários poucos ou nenhuns, mas cá estamos. Gostávamos de contar com o apoio do vereador Amílcar Romano. Já lhe expusemos as nossa intenções e os nossos projectos e não vemos razão para não nos ajudarem de facto. Já falámos também com o arquitecto da câmara em relação a esses mesmos projectos e vamos lá a ver se as coisas vão para a frente. Gostávamos de ter novas instalações mas, entretanto, fomos realizando obras nas que temos e parece-nos que as alterações ficaram bem feitas.  


(AR) – Precisamos de suporte camarário para os nossos pombais. Assinámos, com a antiga equipa camarária, um protocolo de cooperação, mas continuamos a ter problemas nessa área uma vez  que os problemas que enfrentamos exigem constante resposta financeira da nossa parte. Antigamente era mais fácil ter pombos para os vários eventos que se realizavam na cidade. Mas isso não é assim: se precisamos de 200 pombos, por exemplo, para algum acontecimento, temos de falar com este e com aquele pois isto agora é uma competição. Já não se arranjam pombos com a facilidade de antigamente. 


Queremos apenas que todos, sócios e não sócios, se sintam bem aqui. E para isso acontecer faremos tudo o que estiver ao nosso alcance.

 


O Columbófilo Dionísio Silva ( Os Baretas - Barreiro ) junto ao pombal de vôo - Barreiro - 22/03/2008 


Dionísio Silva (Os Baretas - Barreiro) - Um dos Bons Columbófilos da Sociedade Columbófila Barreirense e do Distrito de Setúbal) junto ao pombal dos reprodutores - ( Barreiro 22/03/2008 )