Contributo à " Arraiolense" ( terceira parte) |
30/01/2015 |
( Contributo à Arraiolense - terceira parte)
......Fiz em relação á segunda parte desta resenha uma ou duas alterações ,nomeadamente em nome de columbófilos que por lapso da memória e na escrita tinham ficado pelos tempos passados....
- Fim do século XX e século XXI
Os anos noventa concretizam a mudança da sede para a Rua das Fontainhas e como alterações mais importantes temos o aparecimento de relógios constatadores já de topo da gama e por outro lado, um pouco mais tarde, aparecem as entradas electrónicas ligadas aos sistemas informáticos, isto já no final da década .Tudo a nível dos encestamentos e operações ligadas ás classificações dos pombos passam a ser mais faceis e acessíveis a todos . A sociedade envolvente apresenta diversos progressos e como tal a columbofilia não fica á margem destas mudanças.
É certo que todos estes progressos têm como tudo aspectos positivos e negativos. A "vida" na colectividade deixa de ser (não podia ser de outro modo) como era pelos anos 80/90, as conversas de pombos diminuem,todos já sabemos muito e de tudo, o dirigismo ( a falta dele) é um mal que vai minando tudo e todos, envelhecemos também quase todos, passamos a ver tudo em casa via internet, perdem-se histórias, columbófilos e também perdemos o conhecimento dos pombos que fazem as próprias histórias, em suma perdemos um pouco daquilo que era a base e que esteve na génese enos alicerces deste desporto e no modo como o praticávamos.
A década de noventa marca, no seu início, o domínio do ti Manolo e o seu filho, nos anos de 90, 91 e 92. A dupla Borda e Charneca faz também uma dobradinha pela metade da década.
A dupla Ilhéus reaparece em 1992, passados um dois anos já são três ,com um irmão do Zé Pulga ( este não fica muito tempo ligado aos pombos) e vão formar a equipa que mais sucessos obteve na Arraiolense.Outra dupla, Peniche e Espingardeiro forma-se também e afirma-se de um modo muito forte. António J. B. Paulo marca outra posição de destaque e afirmação. Todos estes columbófilos têm pombais situados nas ilhas . Já na vila, eu ,próprio, já com a ajuda do Rui Antas, damos também marcações bastantes significativas.O Manolo ( pombal Rumen) aparece de novo muito forte e apresenta já neste século perfomances elevadas , sendo nuns casos até bastante importantes no contexto do fundo ( distrital e nacional) e nomeadamente de Barcelona. Os manos Pequitos ( dá-se o regresso do Helder ás suas origens) dão tambem uma ajuda com uma melhoria significativa tal como outros columbófilos, Luis Mota, o Xico ,os Pereiras, o Zé, os manos Mamede e J. Luis ( tem uma prova de Lérida de arrasar, tanto a nível da Arraiolense como até no distrito) e outros que sendo mais fracos melhoraram substancialmente. Dos pombais nem falamos porque houve também o primar por mais qualidade ( tudo isto tem semenenteiras na década de noventa mas, a germinação e frutificação dá-se já no sec XXI).
Apesar dos sucessos desportivos , assistimos ás melhores perfomances tanto de pombos como de columbófilos desta colectividade, tanto no contexto local, distrital ou até em certos casos nacional. Perdemos diversos columbófilos ( nada neste desporto é barato e...), incorporamos é certo, mais dois ou três , O Vica ( que rapidamente desapareceu) , O Condeço pelo arrastamente de um filho que começa a gostar de pombos, e a entrada, como columbófilo, do Paulo Franco ( esta entrada é anterior aos dois que referi anteriormente). Este nome já famoso ( em áreas de Lisboa) enquadra-se na sociedade dos Ilhéus e está misturado o "cokctail " para atingir aquele em que, eu ,denomino do melhor período da colectividade. Quando digo melhor refiro-me, tanto em termos de pombos voados ( atingimos números que até esta época pareciam impossíveis ), como em termos de prestações desportivas destes pombos.
Com o Paulo Franco nova "revolução" se vai efectuar na Arraiolense em termos desportivos e também até em termos distritais. Tudo ou nada pode, e poderá , ser igual ao que era. Numa próxima oportunidade em notícia separada, e apenas focando os anos em que o Paulo voou em Arraiolos, mostrarei algumas ideias determinantes para o seu sucesso nesta chegada em termos oficiais á " Arraiolos columbófila ", onde já tinham passado o avô e o pai como praticantes desta modalidade.
Hoje, ao iniciarmos a campanha de 2015, convém na minha modesta opinião apresentar alguns números que mostram o sucesso desta denominada sociedade Ilhéus e demonstrativos do porquê deles terem sido os maiores vencedores nesta agremiação desportiva.
Nos últimos vinte anos, os Ilhéus são brilhantes vencedores em dez. Isto é digno de registo e sem sombra de dúvidas de enaltecer porque quem vence, são sempre os melhores e os mais capazes. As interrupções foram originadas pelo António B. Paulo em 2005 e 2006, pela dupla Peniche e Espingardeiro vencedores em 2007 e 2012 e penso que neste ano com performances extraordinárias tanto a nível da velocidade e meio fundo como até no fundo porque enviavam a este tipo de provas dez ou doze pombos e classificavam sempre 7/ 8 em todas as provas. O outro ano em que não foi de domínio dos Ilhéus foi o de 2010 em que eu , em sociedade com o R. Antas, obtivemos o título.
Nos dias de hoje a nível de columbófilos ,somos cerca de vinte , o que no contexto distrital nos coloca em posição de destaque porque os últimos anos têm sido madrastos para a prática da columbofilia. A situação económica do nosso país, de crise sistemática, com mecanismos de desagregação social e muitas vezes penalizadores para todos nós portugueses têm efeitos bastantes perniciosos para este desporto. O continuar dos objectivos, dos pressupostos, dos ideais de 1961.... mantém-se .... mas a voragem dos tempos vai a pouco e pouco alterando posturas e procedimentos. É natural que isto aconteça mas temos um ideal que é inalterável : O Gostar de Pombos.
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