Fundo a desgraça distrital |
16/10/2021 |
Li com atenção as palavras que António Morais publicou no jornal Mundo Columbofilo do dia 10 de Outubro acerca do fundo e de uma análise que o mesmo faz a sete Associaçoes tendo por base os columbófilos que enviam pombos a fundo .
Há anos que estamos em decréscimo acentuado nos nossos praticantes mas os dirigentes que temos continuam a assobiar para o lado e nada os faz mudar de postura e de prrocedimentos. È o abandono dos nossos praticantes e acima de tudo é o deixar de mandar pombos ainda em plena campanha que contribui para uma desmotivação dos columbófilos . Esta desmotivação é meio caminho para o abandono.
O ultimo calendário que tivemos só serviu para a desmotivação dos columbófilos . Começando com os concursos de meio fundo onde a parte central tinha todos os sete concursos com mais de 400 kms e terminando na campanha de fundo onde as provas com mais de 700 kms foram também apanágio e em numero elevado para este distrito . Tudo isto é quer se queira ou não factor ou factores importantes para afastamento de columbófilos.
A grande questão é esta : Este calendário ( que foi aprovado em Assembleia Geral ) serviu a quantos columbófilos ?
António Morais num quadro exemplificativo mostra que Évora foi dos sete distritos o que apresenta maior diferença entre o número de columbófilos que enviaram pombos ao primeiro concurso de fundo comparando com os numeros de praticantes que enviaram ao ultimo concurso. Assim ao primeiro concurso enviaram 144 columbófilos e ao ultimo concurso mandaram 84 columbófilos . Há aqui uma diferença de 60 columbófilos que já não enviaram pombos .
Num distrito como este de Évora os 60 representam mais de 40% que se aborreceram e já não enviaram pombos ao ultimo concurso de fundo.
Isto é demonstrativo que o calendário não foi feito a pensar na maioria dos columbofilos mas apenas serviu interesses pessoais e locais . Continuando neste ritmo contribuiremos cada vez mais para um afastamento dos columbófilos .
Já nem falo na perda de pombos que foi sem duvida significativa . Dos sete concursos disputados apenas um fechou a prancheta no dia da solta todos os outros deram para o outro dia com a consequente perda de pombos que isso normalmente acarreta e neste caso originou.
Cento e quarenta e quatro columbófilos é um numero muito pequeno . Este número há anos atrás correspondia a 6/7 colectividades agora é o total distrital.
Destes 144 columbófilos que enviaram pombos a primeira prova de fundo perderam-se 60 entre a primeira e o último concurso de fundo . Ou seja quase metade dos columbófilos deixaram de mandar pombos .
Estes números comprovam que a campanha de fundo está mal estruturada e não está a servir os columbófilos que se aborrecem de mandar pombos e, desistem de praticar este desporto . Sei perfeitamente que pagamos os pombos antecipadamente mas estas posturas levam e criam a desmotivação e o afastamento entre os nossos praticantes.Os columbófilos gostam de mandar pombos em todos os fins de semana.
Parece que o que aí vem para 2022 é igual ou semelhante e como tal os resultados vão ser iguais . Apenas não perdemos muito mais columbofilos porque o numero dos que enviam pombos já é muito reduzido .
Só não vê isto quem não quer . O fundo está a ser e será a desgraça deste distrito .Oitenta e quatro columbófilos a mandarem pombos na ultima prova deveriam fazer pensar todos os delegados que estão ou estiveram na Assembleia geral que aprovou a campanha ou vai aprovar a próxima. É um número muito reduzido que nos obriga a termos de o analisar.
Se nada for alterado teremos nos próximos anos cada vez menos praticantes e cada vez mais columbófilos a deixar de enviar pombos em plena campanha.
Estes números que António Morais nos apresentou são deveras preocupantes para o distrito de Évora.
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