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" Para onde caminhamos "( II parte ) - Vinarós ! Para quê e para quem ? 28/04/2015

    ( continuação )

   Neste fim de semana , hoje é já 3ª feira mas, continuamos à espera de pombos ... que no caso de Évora era para chegarem de Vinarós !

Mais uma vez venho e apenas na minha página pessoal, pôr por escrito aquilo que penso e a confirmação do que já estava a prever e, pelo feedbacK que me chegou de há  quinze dias atrás, é também pensamento de diversos columbófilos que por razões várias não querem colocar por escrito as suas ideias. Ninguém me encomendou qualquer " sermão" tal como também entendo que não devo ficar calado, porque o calar-me era não me preocupar.

Tinhamos acabados de sair ( há 15 dias ) de um fundo muito muito difícil. Nenhuma colectividade do distrito conseguiu fechar no dia da solta  a classificação , tendo-se perdido um número elevado de pombos  e numa prova de 650 Km. ( Falo em distâncias para a capital de distrito ). Nada foi feito para atenuar.

A questão que vos coloco é :

        Vinarós agora porquê, e para quê ?

Para os mais desatentos Vinarós, tem "apenas" 750 Km para Évora . Foi uma prova feita pelos anos de noventa num dos meus " consulados " directivos e parece que até serviu como ponto de partida de algo semelhante a uma ou duas clássicas a nível Nacional.

Depois de a termos realizado 3/ 4 vezes entendemos que não podíamos nem ,  devíamos continuar a soltar pombos desta localidade. Era um local de dificil acesso porque só lá chegávamos indo por norte e neste caso tinhamos de passar por Saragoça , descendo depois cerca de  240 Kms para chegar a Vinarós. Como tinhamos esta  solta no calendário menos justificação tinhamos para realizar esta prova. Além de que seria muito mais rápido e económico chegar a Lérida.

O outro percurso de acesso era  passando por Valencia del Cid e subindo cerca de 280 Kilometros. Já aqui estamos a ver outra razão para não ir para  Vinarós.

É bom lembrar que Vinarós é uma área de praia, em pleno Mediterraneo, e que tem a cercá-la um conjunto de montanhas com uma altitude média muito alta merecendo destaque El Maestrat que fica a 40 Km do lado oeste e tem altitudes na casa dos 1300 m, Torre Miró com 1259 m, a serra do Gúdar ( 1700 a 1900m), pegando tudo is  com a área montanhosa de Cuenca ( 1700/1900 m ) e mais para sul a serra de Javalambre com mais de 2000 m . É bom lembrar que Teruel , local de solta que já efectuámos mas que hoje já não dá distancia para ao fundo....  se situa neste emaranhado  e com picos na casa 1600/1700 m e um pouco mais á frente Cuenca ( prova que ainda fizemos nos anos setenta). Ou seja aquilo que poderia ser um percurso alternativo não o era porque os camions não passavam de Teruel para á frente.

Tudo isto somado dá, que se um dia o tempo não estiver bom para soltar pombos em Vinarós, temos poucas ou nenhumas alternativas de mudança do local da solta.

Nesta localização a saída dos pombos mesmo em condições normais torna-se muito difícil. Para norte não saiem, para oeste ( que era o que nos convém ) torna-se muito dificil devido ás massas de relevo e só em situações excepcionais podem por aí sair. Só resta uma solução que é os pombos seguirem para baixo e sairem por Castellon ou mais abaixo Valencia. Ou seja estamos no mesmo sitio. Por isto e não é pouco , terminámos mesmo com esta prova.

Este ano o meu distrito ressuscitou-a e logo á terceira prova talvez para preparar para as provas do nacional.

Não sei os porquês, talvez tenham sido explicados em Assembleisa Geral, mas durante uns tempos  pensei que fosse pela colaboração que temos com Portalegre que estes  a tivessem colocado. Há dias soube que não porque, Portalegre fez o seu calendário tendo por base o de Évora e depois deste já elaborado .

Como tal voltamos ao inicío : Porquê e para Quê ?

Ainda mais complicado de entender é que esta prova aparece logo num ano em que temos um contexto de fundo penalizador ( há 15 dias levámos tareia mas...) e , estamos com um calendário no qual não há distãncias menores que 600 Km e,  com  cinco Valencias del Cid ( 650Km ). Acham pouco ?

 

Como era fim de semana em que todos os distritos estavam em fundo e, neste caso em Espanha, deu para analisar um pouco mais do que se passava em cada um . Constatei tudo aquilo que tinha escrito há  quinze dias nesta página. Èvora é uma potência a nível Nacional, no Fundo. Só Santarém se apresenta ao nosso nível porque tinha a solta de Castellon ( a distancia deve ser semelhante.).

Isto era o que estava programado mas, as condições meteorológicas vieram aqui alterar esta panorâmica e" os mais medrosos e sem estaleca para o fundo encolheram-se .... " ( ou terão sido os mais correctos? ).  Uns distritos , Faro e Setubal realizaram as soltas no sábado , encurtando distãncias e fazendo provas na casa dos 600 Km que até pela análise das suas constatações  efectuaram, neste contexto, provas boas e com boas chegadas. Os distritos do Norte realizaram as suas soltas na 2ª feira e em locais onde o fundo permite aos pombos chegar normalmente alguns nem atingiram os 600 Km, ou seja " o medo"  ( será medo ) foi bom conselheiro . Santarém que era nosso "parceiro " na distancia , realizou a sua prova na segunda feira mas como tem "menos poder que nós"...... não soltaram em Castellon e vieram para Requena  fazer cerca de 650 Km. Imperou o bom senso e tiveram chegadas normais paqra o dia.

Évora manteve-se de pedra e cal em Vinarós ( daqui não saímos e daqui ninguém nos tira).... Tal como eu previa é neste distrito,  onde estão os melhores e mais fortes fundistas.  Analisei as colectividades de Portalegre na Net e hoje ( 3º feira ) nenhuma tem a classificação da prova , talvez algum problema informático...não as tenha permitido elaborar ( ou será que nenhuma fechou?) .  Évora , ontem, nenhuma colectividade fez a classificação ou perto disso, eu já nem quero perguntar-me se alguma recebeu 10% dos pombos que enviaram ? Só já estou a falar em 10%.

Todos sabemos que qualquer solta depende de um conjunto de factores , do local onde a  mesma se efectua, das condições meteorológicas durante o percurso e da distância a vencer pelos pombos etc, etc. Quando andamos na casa dos 500/ 600 kms mesmo com dificuldades os pombos vão aparecendo e as médias que que os outros,  distritos fizeram são demonstrartivas do que acabei de dizer. Quando entramos na casa dos 650/ 750 quilometros tudo muda de figura, qualquer dificuldade (mesmo pequena) torna-se um problema. Ontem para ajudar o vento lembrou-se de soprar todo o dia do quadrante oeste/ noroeste e deu este "brilhante "resultado. Já nem falo á partida porque acredito nos responsáveis da solta e este dizem-me que o mesmo estava nulo. ( a previsão apontava para ventos fortes de noroeste mas, as previsões este anos estão pela rua das amarguras )

Consequências disto tudo, são como se sabem de índole diverso mas que vão contribuir para uma diminuição nas inscrições no fundo do próximo ano não tenhamos ilusões . A própria colaboração ( que eu até defendo dentro de certos parametros ) com Portalegre começa e  está a ser bastante questionada, porque não podemos só ver a parte económica há necessidade urgente de a enquadrar com a parte desportiva. Em Évora temos agora três concursos de fundo realizados, gostava de saber a nível das diversas colectividades quantos columbófilos estão ainda em condições de lutar pela geral e pelo fundo ? ( só estamos na terceira prova).

Nem uma referência fiz ou faço a dirigentes . Nada disso está aqui em equação. É apenas um problema muito mais geral, são apenas ideias e interrogações de âmbito desportivo . O distrito que perde nos últimos sete anos  mais de 35% dos seus praticantes, não pode, continuar a "assobiar para o lado" como se nada se passou e para o anos cá temos mais do mesmo.

    Para onde caminhamos...