Estudos

ESTUDO DA TEMPERATURA E HÚMIDADE DURANTE O TRANSPORTE DE POMBOS CORREIO 17/07/2012

 

  Antecedentes: O transporte de Pombos Correio foi revolucionado na década de 70 e 80. Passados 20 a 30 anos, continuamos com o mesmo tipo de viaturas. Muitos columbófilos reclamam pela falta de condições do transporte. Foi elaborado um primeiro estudo em 2002.

Objectivo: Observar a Temperatura e Húmidade nas várias posições do interior de uma Galera e compará-las com a temperatura exterior.
Finalidade: Fornecer às Associações  a informação de modo a minimizar quer as diferenças térmicas no interior das actuais galeras, quer o impacto térmico nos períodos de temperatura mais elevada, por forma a melhorar as condições de transporte dos Pombos Correio.

Definição: Define-se Temperatura, como a energia cinética média dos átomos e iões que compõem a matéria.

 

GALERA EM ESTUDO

 

 

Localização dos Sensores

Os sensores foram colocados à frente e atrás à mesma distância quer do início quer do fim da Galera.
O sensor referenciado por 2/4_Alto estava localizado à vertical do degrau, numa posição idêntica ao Frente_Alto e o sensor 3/4 _Meio estava localizado à mesma distância da traseira da galera que o 2/4_Alto estava da dianteira, mas exactamente a meia altura.

 


TEMPERATURA  E  HUMIDADE
OBSERVADAS  NAS  DIFERENTES  PROVAS

VALÊNCIA 01 DE MAIO DE 2004

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Temperatura

Humidade

 

CONCLUSÃO:  
  1. A temperatura no interior da galera foi sempre inferior à temperatura exterior, com o carro em movimento;
  2. A temperatura no interior da Galera foi sempre superior à temperatura exterior com o carro parado;
  3. A diferença térmica entre a base e o topo não ultrapassou 1ºC em movimento;
  4. Com a Galera parada e fechada os locais mais quentes foram o “Degrau: 2/4    no topo” e o “meio: 3/4 no centro” – Os mais afastados das portas -, sendo cerca de 3 a 4ºC superior à base;
  5. Com o carro parado a abertura dos estores aproxima a temperatura interior da exterior;
  6. A Zona mais fria foi sempre junto aos estrado da galera;
  7. A temperatura exterior, máxima foi 25,5ºC e a mínima de 10,5ºC;
  8. A temperatura interior máxima foi de 23ºC e a mínima de 10,5ºC.
  9. A galera no regresso passou por três zona de precipitação: a 1º entre as 09H30 e as 11H00, a segunda, menos intensa entre as 14H45 e as 15H00 e uma terceira cerca das 17H00

RETAMAR  23 DE MAIO DE 2004

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Temperatura

 

Humidade

 

CONCLUSÃO:  
  1. A temperatura no interior da galera foi, por vezes, superior à temperatura exterior, com o carro em movimento;
  2. A temperatura no interior da Galera foi sempre superior à temperatura exterior com o carro parado;
  3. A diferença térmica entre a base e o topo não ultrapassou 2ºC em movimento;
  4. Com a Galera parada e fechada os locais mais quentes foram o “Degrau: 2/4    no topo” e o “meio: 3/4 no centro” – Os mais afastados das portas-, sendo cerca de 4ºC superior à base;
  5. Com o carro parado a abertura dos estores aproxima a temperatura interior da exterior;
  6. A Zona mais fria foi junto aos estrado

ARIZA 29 DE MAIO DE 2004

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Temperatura

 

Humidade

 

CONCLUSÃO:  
  1. A temperatura no interior da galera foi sempre inferior à temperatura exterior, com o carro em movimento;
  2. A temperatura no interior da Galera foi sempre superior à temperatura exterior com o carro parado;
  3. A diferença térmica entre a base e o topo não ultrapassou 2ºC em movimento;
  4. Com a Galera parada e fechada os locais mais quentes foram o “Degrau: 2/4    no topo” e o “meio: 3/4 no centro” – Os mais afastados das portas -, sendo cerca de 5,5ºC superior à base;
  5. Com o carro parado a abertura dos estores aproxima a temperatura interior da exterior;
  6. A Zona mais fria foi sempre junto aos estrado;
  7. A temperatura máxima  no exterior, com pombos, foi de 30,5ºC e a mínima de 14ºC
  8. A temperatura máxima no interior, com pombos, foi de 29,5ºC e a mínima de 14ºC. Saliente-se que à hora da temperatura mais elevada no interior a humidade relativa era de 48%. Para níveis de conforto humano é muito aceitável

 


LÉRIDA 12 DE JUNHO DE 2004

 

Pombos enviados: 5200
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Temperatura

 

Humidade

 

CONCLUSÃO:  
  1. A temperatura no interior da galera foi sempre inferior à temperatura exterior, com o carro em movimento;
  2. A temperatura no interior da Galera foi sempre superior à temperatura exterior com o carro parado;
  3. A diferença térmica entre a base e o topo não ultrapassou 2ºC em movimento;
  4. Com a Galera parada e fechada os locais mais quentes foram o “Degrau: 2/4    no topo” e o “meio: 3/4 no centro” – Os mais afastados das portas -, sendo cerca de 4ºC superior à base;
  5. Com o carro parado a abertura dos estores aproxima a temperatura interior da exterior;
  6. A Zona mais fria foi junto aos estrado;
  7. A temperatura máxima no exterior foi de 46,5ºC, às 16H30 e a mínima de 18ºC
  8. A temperatura máxima no interior da galera foi de 35ºC, às 16H30 e a mínima de 18ºC
  9. Saliente-se que a temperatura exterior, extremamente elevada se deve a um dia extremamente quente mas o sensor, colocado na rectaguarda da Galera foi sempre ao Sol.

MAQUEDA 20 DE JUNHO DE 2004

 

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Temperatura

Humidade

 

CONCLUSÃO:  
  1. Especial atenção à temperatura entre as 15 e as 17 horas, em que há períodos em que a temperatura interior, no meio da galera, é muito superior à exterior;
  2. A temperatura no interior da Galera foi sempre superior à temperatura exterior com o carro parado;
  3. A diferença térmica entre a base e o topo não ultrapassou 2ºC em movimento;
  4. Com a Galera parada e fechada os locais mais quentes foram o “Degrau: 2/4    no topo” e o “meio: 3/4 no centro”Os mais afastados das portas -, sendo cerca de 4ºC superior à base;
  5. Com o carro parado a abertura dos estores aproxima a temperatura interior da exterior;
  6. A Zona mais fria foi junto aos estrado

SARAGOÇA 26 DE JUNHO DE 2004

 

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Temperatura

 

Humidade

 

CONCLUSÃO:  
  1. A temperatura no interior da galera foi sempre inferior à temperatura exterior, com o carro em movimento;
  2. A temperatura no “interior da Galera” foi sempre superior à temperatura exterior com o carro parado, na durante a noite;
  3. A diferença térmica entre a base e o topo não ultrapassou 2ºC em movimento;
  4. Com a Galera parada e fechada os locais mais quentes foram o “Degrau: 2/4    no topo” e o “meio: 3/4 no centro” – Os mais afastados das portas -, sendo cerca de 4ºC superior à base;
  5. A Zona mais fria foi junto aos estrado;
  6. A temperatura máxima no exterior foi de 39,5ºC, às 13H30 e a mínima de 18ºC
  7. A temperatura máxima no interior da galera foi de 35ºC, às 16H30 e a mínima de 18,5ºC
  8. Durante a noite a diferença da temperatura no interior e exterior foi de cerca de 1,5ºC

 


CONCLUSÃO

 

Ao longo das provas em estudo verificou-se que:

  1. Sempre que a Galera está em movimento a temperatura interior é sempre inferior à exterior;

  2. Sempre que a Galera está parada a temperatura interior é igual ou inferior à exterior para valores de temperatura exterior acima de 25-28ºC. Para valores térmicos exteriores abaixo destes valores a temperatura interior é sempre superior à exterior;

  3. As diferenças térmicas entre a base e o topo são relevantes ultrapassando mesmo os 6ºC entre a base e o topo da galera, e os 4ºC entre os extremos e o interior, para uma mesma altura do sensor;

  4. Com a Galera parada e fechada os locais mais quentes foram os correspondentes ao segundo terço, junto ao tecto da galera – Os mais afastados das portas -, sendo em média cerca de 4ºC superior às partes colocadas junto às entradas e saídas de ar (porta traseira);

  5. Com o carro parado a abertura dos estores aproxima a temperatura interior da exterior. Sendo a temperatura mais elevada no centro da Galera (local mais afastado das portas);

  6. Foi efectuado sempre um balanço térmico adequado (abertura dos estores e portas pelo menos uma hora antes da hora de solta), durante o estudo.

  7. A Zona mais fria foi sempre junto ao estrado da galera. Este facto torna-se extremamente relevante, nos dias quentes, quando se abebera os pombos o estrado fica molhado o que reduz a temperatura (devido à evaporação da água). Esta situação provoca um aumento da amplitude térmica no interior da galera.

  8. Este carro encontra-se equipado com extractores de ar, que só foram utilizados uma vez, durante cinco minutos, pelo que não se pode tirar conclusões da sua utilização.

  9. Os níveis de Humidade relativa analisados nunca foram relevantes, tendo em conta a escala de conforto Humano de Temperatura e Humidade.

Recomendações:

  1. Como se observou o interior da Galera, quando está parada, tende a ter uma temperatura superior à exterior, pelo que se deve abrir todas as entradas de ar durante as paragens.

  2. No caso específico desta galera, torna-se necessário equipá-la com um gerador, compatível com o sistema e electromagneticamente isolado (Stevan Van Breeman), para retirar dividendos dos equipamentos existentes.  Com esta funcionalidade não haveria as diferenças térmicas (6ºC) entre a base e o topo e haveria renovação de ar.

  3. Esta galera está equipada com estores térmicos e pintada de cor clara o que minimiza a absorção da radiação solar. No entanto, mesmo com estas condições, verificou-se que se efectuou muitas viagens com valores acima de 35ºC (valores no interior da galera superiores a 30ºC), o que segundo os estudos efectuados por especialistas Holandeses, não é de todo aconselhável, pelo que se devem tomar as medidas julgadas necessárias para evitar estes valores térmicos, pois a Amónia e o Dióxido de Carbono, gerados pelos excrementos e respiração animal respectivamente, sem serem devidamente ventilados, tornam-se factor negativo no decorrer da prova.

  4. Nos dias quentes de Maio e Junho de modo a facilitar a circulação de ar no interior das galeras deveria ser equacionada a não utilização das últimas caixas, bem como deixar um intervalo a meio das fiadas.


Anexo I

Escala de Conforto Humano

 


Estudo elaborado por: CAP/TOMET Fernando Garrido, com a colaboração do coordenador  de Solta de Santarém (Adriano Alho)  e delegado de solta (Manuel Ideias) no ano de  2004.