Hofkens - atualização-2016 |
29/07/2016 |
Os meus “Hofkens”, não são uma raça mas uma filosofia de seleção com base nos pombos de sangue Hofkens.
O meu primeiro “Hofkens” (4020052/04 PORT) foi-me oferecido por José Eduardo Tavares de Albergaria a Velha, filho de um macho (14236-00-1060 ALM) de um casal adquirido a Quintanilha Ferreira, que os trouxe da Alemanha. Nesta época já José Eduardo Tavares ganhava primeiros com filhos quer do macho quer da fêmea, conseguindo, também excelentes classificações nos “Olímpicos livres”. Pela sua plumagem, fisionomia e acima de tudo a sua tenacidade em vir para casa aliado a um “Look” excecional fizeram com que me dedica-se a esta linha. Pombos, na sua grande maioria, grandes, curtos, com uma grande percentagem de filhos de olho branco e de três listas e com uma extraordinária capacidade de voo direto até às 7/8 horas.
Costumo dizer que são os melhores “corredores de pista” que conheço e que “queimam a junta da cabeça” às 8 horas de voo apesar de ter tido boas prestações nas 10 e 11 horas de voo esporadicamente. Tendo verificado o “amor” e dedicação que tinha a este pombo, José Eduardo Tavares fez questão, cada vez que nos encontravam-mos, de me oferecer mais um. Hoje tenho quatro irmãos do 4020052/04 e vários consanguíneos, quer oferecidos por José Eduardo quer selecionados por mim. O sangue destes pombos tem sido fundamental para a qualidade desportiva da minha colónia e que me enchem de satisfação, porque têm mostrado excelentes capacidades de voo nas competições do Minho ao Algarve. Em 2010 adquiri dois pombos Hofkens ao senhor Verheyene, através de Francisco Cristeta do Vimieiro (emigrante Bélgica) que me fez o favor de se deslocar a casa deste grande Senhor da Columbofilia, para tentar renovar e manter grande parte deste sangue. Sempre na procura permanente de feitos, fotografias, pedegrees e criadores de Hofkens tenho constatado que pombos desta linhagem com mais de 50% de sangue original Hofkens não se encontra disponível. Mas nós em Portugal temos em Albergaria a Velha e na Chamusca muitos com mais de 50% deste sangue, existindo mesmo uma fêmea de 2005 100% Hofkens e um macho de 2012 com 87,5%.
Mas quem foi Gust Hofkens, que está na base da minha paixão por estes pombos. Segundo Ad Schaerlaeckens Gust Hofkens tinha um talho em Merksplas, que ainda funciona nos dias de hoje. Por atrás do talho situava-se o seu famoso pombal.
Hofkens era talhante, na aldeia de Merksplas que se situava numa área muito rica em columbófilos ilustres e mundialmente conhecidos. Por exemplo, Janssen Bros, Van der Flaes, Klak, Boggmans, Louis Van Loon e Meulemans. Hofkens começou sua carreira como um campeão de Velocidade na década de 50, especialmente em corridas curtas de Quivrain (135 kms). Ele em velocidade na década de 50 era imbatível. Mais tarde, virou-se para as corridas de Meio Fundo e os seus resultados foram tão deslumbrantes, como os que tinha obtido na Velocidade. Ele não era conhecido, porque, simplesmente, não queria publicidade nem fazia Leilões. Na época e nos dias de hoje é especialmente importante, além de obter resultados efetuar leilões regularmente. Quem pretende manter-se atualizado nos sangues tem que estar permanentemente a investir e os leilões, ou vendas, tornam-se uma fonte de reinvestimento necessário. Os pombos Hofkens, nos anos 60 eram totalmente desconhecidos, só sendo reconhecido o seu valor na sua área, por falta de publicidade. Fora da sua área de residência só os mais atentos e os maiores investidores, se tornaram conhecedores e clientes dos seus pombos. Por exemplo: Jan Grondelaars, que vivia a cerca de 100kms de Hofkens, foi lá comprar pombos, especialmente um filho da “Driebander”, que cruzados com os seus o tornou mundialmente famoso.
Um pombo chamado Eenoog, que Grondelaars comprou a Hofkens deu muitos super-pombos na sua casa.
No início dos anos 70, Hofkens começou a enviar os pombos para os grandes concursos provinciais. Ele enviava três pombos ou até menos, mas foi sempre vencedor e semana após semana, foi o talhante de Merksplas que levou todo o dinheiro. Depois da década de 70 todo o mundo da columbofilia o conheceu. A sua fama espalhou-se rapidamente. Isso aconteceu porque seus pombos ganharam todo o dinheiro que era para ganhar!
Ad Schaerlaeckens achava que ele tinha melhores pombos na década de 60 do que na década de 70 e que os pombos que ele teve foram realmente notáveis.
A sua fama começou a espalhar-se por todo o país, por causa das grandes quantidades de dinheiro que ele ganhou com os seus pombos nas apostas dos concursos e, também, porque outros columbófilos tiveram resultados impressionantes com sangue Hofkens. Quando Hofkens morreu os seus pombos foram leiloados. Algumas semanas antes do leilão de alguns dos pombos mais importantes foram roubados apesar de haver alarmes em todo o pombal. O leiloeiro ficou tão assustado que o pombal era vigiado dia e noite pela polícia. Uma semana antes do leilão todo mundo queria pombos Hofkens. Durante muito tempo estes pombos foram mais valiosos do que os pombos Janssen. Especialmente, derivado à procura dos columbófilos alemães que vinham em grandes Mercedes a procurar um original Hofkens. Quando eles descobriam um columbófilo ou apenas alguém com pombos Hofkens no pombal, ficavam dispostos a gastar muito dinheiro em tais pombos. Havia uma condição: o pombo tinha que ter uma anilha Hofkens. J v d Sterren venceu na Bélgica um primeiro Nacional de Montauban e dentro de poucos anos todo mundo teve ou quis pombos Hofkens. Aqueles que os tinham queriam vendê-los e usaram os “media” para tornar o nome de Hofkens ainda mais famoso. Em muitos anúncios nas revistas de pombos, foram oferecidos Hofkens, mesmo por columbófilos que tiveram apenas um neto de um filho de um Hofkens direto. Hofkens estava no Topo! Hofkens significava dinheiro! E ... Hofkens estava morto!
O sangue dos meus Hofkens em 2013,2015 e 2016 contribui, na Zona Norte de Santarém, para:
Anilha de Ouro de Velocidade no CCChamusca
Anilha de Ouro de Yearlings no CCChamusca,
Anilha de prata da Geral no CCChamusca,
Anilha de prata da Geral no CCChamusca,
Anilha de prata distrital de Meio Fundo, ZN Santarém,
Anilha de ouro de Meio Fundo na SCMeiaviense,
Anilha de Prata da Geral na SCMeiaviense,
Anilha de Prata de Velocidade na SCMeiaviense,
1 e 3º contra 3551 pombos La Gineta (560Km)
1º, 3º, 4º, 10º e 19º contra 5644 pombos Trugillo I (228Km),
1º, 26º, 29 e 31 contra 3811 pombos Trugillo (227Km),
2º contra 4830 pombos Puebla D. Rodrigo (335Km),
2º e 16º contra 1150 pombos Cáceres II (174Km),
3º contra 4623 pombos Retamar II (375Km),
3º contra 2116 pombos La Ginete (575Km),
4º e 5º contra 4007 pombos Alcobom (360Km)
5º contra 2137 pombos Merida I (188Km),
7º contra 4723 pombos Retamar I (375Km),
12º contra 5699 pombos Vilagarcia III,
12º contra 1952 pombos Zafra I (206Km),
15º contra 4298 pombos Torralba (393Km),
15º contra 5007 pombos Tunes I (245Km),
16º contra 1995 pombos Merida I (181Km),
17º contra 1574 pombos Cáceres I (174Km).
20º contra 2541 La Roda (527Km),
24º contra 5111 pombos Trugillo II (228Km)
26º contra 2714 pomboa Valencia (702Km),
32º contra 4623 pombos Retamar II (375Km)
38º contra 4125 pombos Luciana (363km),
39º e 59º contra 4763 pombos Azuaga (270Km),
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