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Estado da “Nação Columbófila” II 08/12/2012

 

Os interesses “políticos”, da FPC, das “associações” ou de certos “grupos” nada são, apesar de alguns pensarem o contrário, ao pé do interesse columbófilo Nacional porque, não podemos esquecer que a FPC, as Associações e os Clubes só existem, pura e simplesmente, para servir os interesses dos columbófilos e da columbofilia Nacional e para a sua manutenção e desenvolvimento, independentemente daquilo que os “chefes” possam pensar. Por outras palavras: os clubes surgiram por necessidade de um grupo de columbófilos se organizarem e, por sua vez, as associações por um grupo de colectividades.

Sabemos perfeitamente dos constrangimentos próprios a qualquer mudança. Mas sabemos também que são temporários e quando conduzidos com objectivos baseados na honra e sentido do dever se aceitam, a bem de um querer, que trará melhorias a todos nós. Deste modo, não inovar, “inventar receitas” ou aumentar preços no envio de pombos para justificar estruturas pesadas, olhar única e exclusivamente para o seu distrito como que só ele existisse e como que todos os outros orbitassem à sua volta são prenúncio de conservadorismo exacerbado e injustificável. Do mesmo modo é inaceitável e repreensível as “alegrias” com os desastres com as soltas dos outros para justificar a nossa sabedoria. As palavras gastas que são sempre os mesmos a trabalhar para não inovar não têm sentido porque cabe a cada um de nós contribuir de uma maneira ou de outra para o desenvolvimento Nacional. Quem não sabe “mexer” num relógio, limpa uma caixa. Todos mas mesmo todos temos que participar ou então quem não o faz terá que pagar a quem o faça.

A columbofilia e mais especificamente as chefias da columbofilia, têm que voltar a pertencer aos columbófilos, deixar de ser uma montra ou trampolim para cargos políticos ou outros e afastar de vez os grupos de interesse qualquer que eles sejam. Temos que afastar aqueles que dizem: (…) ajudem a arranjar uma lista porque “eles” querem destruir o que construímos (…). A esses deve-se recordar que o tempo da “caça às bruxas” acabou.

A esses devemos perguntar: o que é que construíram, desde que estão à frente dos destinos da columbofilia de palpável para os columbófilos portugueses? Por certo poderá “ser favorável a alguém” mais quatro anos, pelo que dará muito jeito que o tempo passe e a “maré baixe”.

A esses devemos perguntar: que vantagens, visíveis, tiveram as competições escolares em Mira quando eram, na sua maioria, os pombos de directores das FPC a concorrer pelas escolas e Jardins de Infância?

 A esses devemos perguntar: que vantagens, visíveis, tiveram os columbófilos portugueses por ter um português à frente da FCI? Um ranking de “Derbys” a troco de um euro por pombo inscrito que é praticado por menos de 0,01% dos columbófilos? Contas por alto só de inscrições a FCI levou mais de três mil euros dos columbófilos em 2012. O que receberam em troca? Não somos contra este modo de praticar a Columbofilia, até já elaboramos artigos anteriores (“Derby”: dia de festa, dia de desastre anunciado ou a ressurreição columbófila? / Em artigos / http://www.fernandogarrido.loftgest.com) que demonstram a nossa posição em que aplaudimos, com as devidas limitações, esta modalidade.

Cada vez somos menos e mais distantes da estrutura, com “salpicos” associativos de avanços e recuos que nos transmitem irreverências ou conservadorismo por falta de linhas condutoras que se coadunem com o interesse e a satisfação do columbófilo. Não esquecer que a FPC é o órgão regulador da columbofilia Nacional. Isto e apenas isto é o que todos pretendem. A “fuga”, a que se assistiu, dos órgãos federativos transmite insatisfação e desilusão perante algo. Só tem desilusão e insatisfação quem gerou ilusões perante as promessas eleitorais. Passaram três anos e nada de bom, nem de novo e nem de mal foi feito. Estamos pior do que estávamos há doze anos atrás. Nada se inovou. Estamos desgovernados a observar uma passagem de “modelos” que não pertencem à columbofilia e que se têm aproveitado dela para se tornarem mais visíveis, retirando, deste modo, dividendos pessoais. Tudo isto se tornaria de somenos importância se todos andasse-mos satisfeitos, tudo corresse bem e não houvesse diminuição de columbófilos. Tudo passava despercebido.

Ao contrário do que se possa pensar também a situação económica irá moldar e mudar a columbofilia. O andar só, entendendo que tudo orbita à volta da “nossa” associação, o acomodar da FPC e a falta de visão estratégica para a columbofilia irá dar origem a uma aglutinação de associações, transformando-se numa “Plataforma Activa das Associações Columbófilas” em que organizam tudo entre elas comprando unica e exclusivamente anilhas à FPC. Este futuro próximo dará aos columbófilos alternativas semanais para encestar para as provas que entenderem, fazer os campeonatos que quiserem, diversificando e levando ao expoente máximo a Columbofilia. Perante um cenário plausível e legal, que poderá surgir por falta de liderança, resta à FPC alterar este rumo mais que provável e cumprir o seu dever: organizar e coordenar a Columbofilia Nacional para evitar que tal aconteça.