ACIDIFICANTES

 Alguns cuidados e recomendações

A utilização de acidificantes como forma de “controlo” microbiano através da água de bebida ou da alimentação devem ser ponderados e devidamente controlados. A acidificação visa o abaixamento do pH (potencial hidrogeniónico, meio acido,

neutro e alcalino) de forma a inibir o desenvolvimento bacteriano (disse bacteriano).

Para obter os resultados pretendidos diversos fatores tem de ser controlados, os quais vão interferir com os acidificantes utilizados, tais como:

 - O pH da água, uma água ácida ou alcalina requer doses diferentes de acidificante, só através da titulação se consegue determinar a dose a utilizar, tendo em consideração os outros fatores que interferem com a alimentação;

 - Águas ricas em minerais, principalmente em cálcio, ferro requerem doses diferentes de acidificantes;

 - Tipo de alimentação, uma alimentação rica em gramíneas (sementes concentradas em hidratos de carbono) tende a ser mais ácida do que uma alimentação à base de leguminosas (rica em proteínas). As leguminosas e as dietas ricas em proteína apresentam poder tampão, isto é, oposição à variação do pH;

- Teor em fibra da alimentação;

- Utilização de complexos minerais, os quais regra geral se opõe ao abaixamento do pH; Problemas relacionados com abaixamento excessivo do pH:

- O limiar do abaixamento do pH para se conseguir o controlo bacteriano é quase coincidente com o pH ótimo para o desenvolvimento de fungos, é esta a razão de muitos utilizadores de ácidos terem problemas de candidíases nas suas aves;

- O abaixamento excessivo do pH, vai provocar acidose a qual é nociva para o organismo em geral; muitas vezes acarreta problemas relacionados com a calcificação principalmente em aves jovens;

- A acidose intestinal para além de provocar ulceração, vai condicionar a ação de certas enzimas e a atividade normal e desenvolvimento da flora intestinal.

Aqui ficam algumas considerações e alertas sobre o uso de acidificantes, que interessam ponderar, antes de utilizar.