Ornitose - Psitacose |
01-10-2010 |
ORNITQSE – PSTTACOSE
HISTÓRIA:
Doença de origem Vírica (virose), descoberta em 1879, por um grupo de cientistas que
se dedicavam à criação de aves de grande porte: papagaios, caturras, araras e outras
Aves Exóticas.
Em 1895, Morange após alguns estudos sobre a doença, admite que a mesma possa
contaminar o ser humano que mantenha contacto directo e diário com Aves Exóticas.
A doença poderá trazer a mortalidade do ser humano através de Infecção Pulmonar de
seu nome Zoonose.
No ano de 1941 descobre-se que a Ornitose não só terá influência nas Aves Exóticas,
mas também nos pombos de cidade e naqueles que vivem em cativeiro, caso do pombo
correio, assim como em várias espécies de Aves Canórias e outras.
A doença ao ter grande dimensão na infecção de vários tipos de aves passou a ser
conhecida no meio técnico ou veterinário por Clamidia.
DESCRIÇÃO:
A Clamidia são parasitas celulares, que se multiplicam nas células orgânicas, tendo preferência por certos órgãos: fígado, baço, coração e medula óssea, após a sua multiplicação nestes órgãos todas as células ficam destruídas.
Estes parasitas celulares poderão ser vistos através de microscópio electrónico, tendo como ponto de referência pequenos módulos avermelhados nos órgãos acima citados.
TRANSMISSÃO:
Através da humidade bucal na altura do ciclo amoroso (beijo).
Da excreção oleosa existente nas carunculas no abeberamento (infecção da água de
bebida).
Do saco lacrimal com lágrima viscosa e perulenta, no contacto directo com animais
contaminados.
Da poeira existente no pombal (Aerogena).
SINTOMAS:
Existem variadíssimas maneiras de sintoma: tristeza, plumagem eriçada e sem brilho, debilidade orgânica, diarreia, arrepios de frio, falta de apetite, pálpebras inchadas, inflamação da mucose ocular, excreção aquosa e purulenta da narina, excreção aquosa e viscosa da vista (lágrima) e dificuldade em olhar para a claridade. Nos borrachos de ninho após contágio têm mortalidade a curto prazo.
EVOLUÇÃO:
Existem duas formas de Ornitose: aguda e crónica.
Aguda: mais frequente nos borrachos de ninho entre o 4o e o 12° dia, seguido ao
contágio, os mesmos apresentam debilidade geral e a mortalidade será a curto prazo,
após terem fortes diarreias e emagrecimento repentino.
Certos órgãos afectados pela Ornitose sofrem grande dilatação (fígado, baço, medula
óssea) havendo uma destruição dos tecidos destes órgãos onde os mesmos não podem
cumprir a sua função normal.
Na falta de funcionamento destes órgãos leva a um excesso de materiais nocivas nos
tecidos e no sangue, onde passa a mortalidade (Septicemia).
Crónica: Os pombos contaminados e sofredores desta doença padecem e sofrem
durante muito tempo, facto que não se apresentam tão doentes como na forma aguda, o
que muitas vezes não dá a aperceber ao columbófilo.
O Columbófilo ao insistir em encestamentos constantes com estas aves, os resultados
não podem ser positivos, porque a condição física da ave está em repressão constante e
aí o columbófilo apercebe-se que algo está mal sobre a condição física da mesma e a
doença manifesta-se a curto prazo.
As células do fígado estão completamente destruídas, o órgão torna-se bastante gordo
aumentando de volume.
Os órgãos respiratórios através da inflamação crónica conduz a problemas bastante
graves a nível pulmonar e cardíaco.
No aparecimento de aves adultas com inflamação da pálpebra (lágrima), pálpebras
avermelhadas, comichão constante será caso para desconfiar Ornitose crónica, estes
serão os grandes contaminadores de toda a colónia.
DIAGNOSTICO:
Após diagnosticar pombos no seu pombal com estes sintomas o columbófilo deve recorrer ao especialista médico veterinário, para o mesmo diagnosticar a doença e o seu tipo, fazer ou mandar fazer os exames sorológicos que achar por conveniente, assim como em caso de mortalidade sujeitar a ave a autópsia, para exame mais concreto, nunca utilizar antibióticos desastradamente, porque os mesmos poderão encobrir a doença e criar dificuldades ao técnico.
SINTOMAS ANÁLOGOS:
Pode confundir-se facilmente uma vista constipada com Ornitose, excesso de areias
colocadas no pombal conspurcadas por vários factores:
exemplos: urina de cão ou gato ou fezes dos mesmos, a poeira destas pode provocar infecção ocular ou irritação constante; forte micoplasmose em que a ave não pode respirar com a frequência desejada, o que provoca dilatação ocular com pálpebras avermelhadas e lágrima constante.
Após encestamento podem aparecer aves a lacrimejar facto de excesso de pombos por
caixa, o que reflecte grande quantidade de fezes e essas ao expelir os seus ácidos
amoniacais, pela sua fermentação, podem aparecer aves com infecção ocular (lágrima) e
nada tem a ver com infecção de Ornitose.
TRATAMENTO:
Vários fármacos são utilizados com bons êxitos: Espiramicina, Oxitetraciclina e
Clortetraciclina, mas aconselho dar em conjunto com estes antibióticos a Bromexina,
caso os mesmos não a tenham incluído.
Após tratamento com antibióticos utilizar as leveduras Liofilizadas para normalização
da fibra intestinal.
No tratamento retirar todos os minerais existentes no pombal, grits, bloco salgado, pedra
de bicar e areias para não existir interferências.
Nota: no aparecimento de ave a lacrimar ou o globo ocular avermelhado, nunca utilizar
gotas à base de cortecosteróides: Dexametasona ou Cortizona para que a doença não
seja mascarada para análise mais correcta do técnico veterinário, mas sim uma pomada
oftálmica antibiótica.
|