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DOENÇAS VIRICAS EM AVES (1ª parte) 06-02-2017


DOENÇAS VIRICAS EM AVES
(1ª parte)

Muito se fala, ou se tem falado de Doenças Respiratórias em Pombos-correios, e estamos sempre focados na mesma situação, na Doença Micoplasmica (CRD) da qual já escrevi e expliquei aos Srs. Columbófilos de toda a sua gravidade, mas existem outras Doenças muito complicadas do foro Respiratório de gravidade igual ou superior.

 Mas existem? Sim existe, outras Patologias Respiratórias com a mesma gravidade ou ainda piores, porque serão as chamadas Doenças de infiltração, paralelas, ou oportunistas, porque se aproveitam do estado Sanitário e da debilidade da própria Ave (isto será interessante).

Exemplo de Doenças de infiltração com gravidade: Coriza simples, Coriza infecciosa, Laringotraqueite infecciosa, Bronquite infecciosa, Leucose infecciosa, Varíola – Difteria, ou Peste Aviária, entre outras Patologias Respiratórias que existem associadas.   

CORIZA SIMPLES: A Coriza simples é um resfriamento ou uma situação catarral, sem a importância de uma infecção considerada grave, embora esta apareça com certa frequência nas nossas Aves, da mesma forma que é um resfriamento no ser humano, e, em geral não tem aquelas consequências de grande incómodo, e depressão sobre os Pombos com diminuição do apetite, e diminuição Reprodutivo.

O sintoma mais típico é a destilação ou Muco Nasal muito aguado nos primeiros dias, que depois passa a ser um pouco expeço fechando todas as aberturas Nasais, obrigando o Pombo a respirar pelo bico, onde este fica um pouco cansado, frustrado, e por vezes, com perda de apetite factor de cansaço Respiratório. 

A prevenção neste tipo de situações deve ser acautelada mantendo os Pombais com uma boa temperatura, sem correntes de Ar, sem Humidades, fechar os Pombais em tempo de Chuva e Nevoeiro, não deixando os Pombos passear nos Parques ou Voulliers, estas são bases fundamentais para evitar esta Doença.

CORIZA INFECCIOSA: A Coriza infecciosa é uma Doença bastante grave pela frequência que ela aparece, e pela perda de rendimento Desportivo que temos nos Pombos-correios ocasionalmente. Nunca se identificou o Vírus que ocasiona esta Doença, e inclusivamente não se sabe, se é um, ou se são vários os gérmens que a produzem, parece ou julga-se que um deles é o Hemophirus Gallinarum.  

O mais interessante para o Columbófilo é que esta Doença se torna traiçoeira, e contagiosa, embora ela não cause Mortalidade, produz sim, uma grande diminuição no rendimento Desportivo, e Reprodutivo, por vezes com atraso no crescimento, e desenvolvimento estrutural, dos Jovens Borrachos, e além disso, é muito importante pela negativa a debilidade que esta Doença produz, formando um campo livre de entrada para outras Doenças mais graves.

Os primeiros sintomas são muito parecidos aos da Coriza simples embora mais grave, porque a prostração dos Pombos será maior, o fluxo Nasal será mais expresso e bastante purulento, sendo por isso de cor amarelada, nota-se quando espirram contra a parede, a respiração do Pombo torna-se mais cansativa, produzindo por vezes um engasgamento quando o Pombo se Alimenta, fugindo este para os poleiros com gestos bastante desagradáveis, esticando e encolhendo o Pescoço em termos de aflição mas, por vezes, surge espirros durante a noite formando ruídos na sua própria Respiração, também será apanágio desta Doença o chamado corrimento Ocular com inflamação (vermelho) á volta dos Olhos, ficando por vezes com as pálpebras coladas derivado a uma mucosidade muito forte e purulenta, situação que se torna complicada. 

Se a infecção no Pombo for intensa, será de prever que a febre seja ainda maior, e o Animal pode deixar de comer, em que produz uma tristeza profunda, e por vezes, este acaba por morrer em menos de quinze dias, porque não se consegue alimentar.

Não são muito aparentes, ambas as lesões provocadas pelas duas Doenças, salvo uma alteração dos Rins, e uma congestão geral nos diversos Órgãos, Traqueia e Brônquios, onde se observa uma secreção muito grande, que é a característica mais destacada desta Infecção.

A prevenção compreende as mesmas recomendações dadas para a Coriza simples, exagerando algumas precauções para evitar o contágio dos Animais Doentes que devem ser separados imediatamente, e também colocar de quarentena os Pombos que colocamos dentro dos nossos Pombais vindos de outras precedências, muito cuidado.

Tratamento: Na Coriza simples utiliza-se com grande êxito em casos isolados os descongestionantes Nasais existentes no mercado, no caso da Água do Mar Purificada, o Vibrocil Actilong, a Equinácea (sem álcool) + Bromexina colocado na água de bebida os resultados são excelentes, também pode, e deve aplicar o Aeroforte por meio de pulverização a todos Pombos quando estão dentro do Pombal de preferência sempre á noite muito bom neste tipo de Patologias, também existe outros produtos no mercado que se pode utilizar e por vezes com sucesso.

Na Coriza infecciosa pois nada será assim, tudo será mais complicado, porque esta Doença manifesta-se em duas fases 1ª Latente 2ª Aguda. Na parte latente tem-se bons resultados aplicando o Ultimate Acid ou a Prata Coloidal dois Antibióticos 100% naturais que funcionam muito bem. Na parte aguda teremos que fazer uma terapia mais adequada, ajustada, e aconselhada por Médico Veterinário ou um Técnico Especializado, porque se a Doença não for bem tratada pode formar nódulos e lesões graves ao nível do Fígado, Rins, Pulmões, Brônquios, e Intestinos com a presença neste de uma secreção Mucolítica muito forte desidratando as Células Epiteliais e provocando uma pequena Diarreia, neste caso, deve aplicar o Entericum na Água de bebida dos Animais, ou então na Ração, grande protetor Intestinal e Reconstituinte Orgânico.

LARINGOTRAQUEITE INFECCIOSA: Esta Doença é produzida por um Vírus denominado Tarpeia Vium que produz uma inflamação da Mucosa que cobre a Laringe e a Traqueia principalmente, com bastante expectoração interna, que normalmente será expulsa através das Fezes, mas também pode sair pelo bico quando um ataque de espirros, onde coloca a infecção no chão e paredes do Pombal, assim como nos acessórios.

Este Vírus pode estar alojado nos Órgãos do Pombo sem qualquer manifestação em condições normais, adquirindo a sua violência no tempo muito Frio, e Pombais muito húmidos, assim como no esforço excessivo, ou por debilidade do próprio Pombo, ou outra causa não identificada pelo Columbófilo.

Este Vírus é relativamente débil e secumbe facilmente com altas temperaturas (calor), Água quente, Luz intensa, e aos Anti-sépticos correntes, é uma Doença contagiosa que se propaga por contacto directo, ou por intermédio de utensílios ou Alimentos contaminados, e como já expliquei, este Vírus pode existir nos Animais que não estejam ou aparentem Doença, com carácter não virulento, compreende-se que por isso seja difícil eliminá-lo por completo.   

Ataca preferencialmente os Pombos mais Adultos, ao ponto de que os Jovens Borrachos que chegam a contagiar-se a enfermidade torna-se tão benigna, e banal, que pode ser confundida com uma pequena secreção Mucolitica (escarro), sendo o período de incubação de 5 a 12 dias.   

Sintomas: Os Pombos atacados por esta Doença respiram com muita dificuldade, esticam o Pescoço para a frente, abrem o Bico exageradamente e formam um ronco muito profundo quando respiram, o que por vezes até parece um assobio, este produzido por uma infecção da Pleura, com excesso de Secreção Mucolitica (escarro) este alojado no Nariz e na Traqueia, o que por vezes sufoca a própria Ave, onde pode provocar a mortalidade por asfixia.

Tratamento: Não existe nenhum tratamento Antibioterapêutico em Viroses que se possa considerar perfeito, mas tem-se obtido excelentes resultados com Bromexina + Anti inflamatório de Farmácia, ambos combinados e aplicados durante 5 dias consecutivos, este sobre orientação de um Técnico, depois acompanhado de uma boa higiene, e desinfecção dos Pombais assim como seus utensílios, com Aeroforte.

BRONQUITE INFECÇIOSA: Esta Doença ao contrário da anterior, ataca preferencialmente os Jovens Borrachos na sua terceira semana de vida, á medida que os Borrachos se vão desenvolvendo também vão adquirindo mais consistência e resistência ás suas defesas Orgânicas.

O mesmo que a Laringotraqueite, o contágio efectua-se nos Pombos entre si ou por agentes exteriores: Rações, Utensílios contaminados, Pardais, Ratos, ou Pombos extraviados, entre outras situações, no caso de Moscas, Melgas ou Mosquitos.

Também nesta Doença existem Pombos portadores do Vírus, mas sem declararem a Doença ou apresentarem qualquer sintoma, até que, por uma causa qualquer (Frio, Humidade, ou Debilidade) esta torna-se virulenta provocando os sintomas que imediatamente descrevo: Os Pombos Doentes também se curam, e depois estes ficam IMUNES para toda a vida, sendo portadores do Vírus que não os afeta em nada, mas a mortalidade que produz nos Jovens Borrachos atacados é bastante alta, sendo frequente na ordem dos 60% de baixas quando não tratados no imediato, além disso, esses Borrachos que sobrevivem crescem muito Raquíticos, com pouco desenvolvimento estrutural e atrasados no sentido Físico, esta Doença por norma tem a duração de uma Semana, sendo o seu período de incubação de dois a oito dias. 

Sintomas: São muito parecidos aos da Laringotraqueite, dificuldades em Respirar com Roncos e Assobios frequentes, Sonolência profunda, e perda de Apetite, a diferença essencial com a Doença anterior é que aquela só ataca a Laringe, e esta ataca os Brônquios, os Pulmões, e a sua secreção Mucolitica (escarro) não contem Sangue.

Tratamento: Não existe tratamento efectivo. A prevenção também é difícil pois a Doença aparece inesperadamente, ás vezes sem causa determinada, aqui deve-se evitar o Pó excessivo dentro dos Pombais, assim como a lotação de Pombos uma das grandes causas, pois parece que favorece a aparição da Doença, mas deveremos aplicar neste tipo de Doenças muitas Vitaminas do complexo B, assim como Sulfato Ferroso associado no caso do Vitan Speed, Haemavite, ou Fer X 2000.

LEUCOSE: A Leucose Aviar, melhor dizendo, o complexo de Leucose Aviar compreende uma série de Doenças que até á pouco eram consideradas diferentes, mas todas elas graves, o que estimulou a investigação á volta desta Doença durante alguns Anos.

O contágio efectua-se por contacto dos Pombos Doentes, ou por ingestão de Alimentos contaminados pelos dejectos (fezes) dos Doentes, que contem ovulação do Vírus. Supõe-se, e mantem-se a ideia que uma das causas da aparição da Leucose é os óvulos da Vacina contra a Newcastle expulsos pelas Fezes, e aqui, quando não aproveitada na totalidade pelo organismo dos Pombos, mais propriamente dito pelos jovens Borrachos, por outro lado, parece estar fora de todas as duvidas que a Leucose é transmitida pelo ovo, como a Pleurose.

O curso desta Doença é muito lento, tardando em manifestar-se nos sintomas exteriores, e aqui, poderá demorar Meses e por vezes Anos sendo muito frequente que os Borrachos infetados nos seus primeiros dias de vida não manifestem sintomas da Doença, apenas apareça a manifestação a partir do quarto mês de vida, e como é muito frequente no nosso Pais vacinarmos os Borrachos nesta idade, poderá existir realmente a relação direta entre vacina e Doença da Leucose nada confirmado, mas existe desconfiança.

Até ao momento conhecem-se cinco formas completamente bem definidas do complexo Leucócico como Doença nos Pombos correios.

1º Paralisia Articular: 2º Doença do Olho: 3º Doença do Fígado Inchado: 4º Doença dos Ossos de Marfim (patas): 5º Anemia no Pombo.

TRATAMENTO: Não existe na atualidade qualquer tratamento eficaz contra a Leucose, mas deve-se fazer uma prevenção clássica porque o curso da Doença é lento e insidioso na sua incubação, porque não se pode isolar com eficácia os Animais Doentes, já que por vezes a Doença demora Anos a manifestar-se.

As medidas de higiene e limpeza são fundamentais, eliminando as fezes secas que produzem Ácidos Amoniacais grandes causadoras de Doenças, assim como colocar sempre de quarentena Pombos adquiridos vindos de outros Pombais, estas são as medidas aconselhadas e comuns a todas as Doenças, assim como lavagens frequentes de Bebedouros, Utensílios, e Pombais com o grande desinfetante Aeroforte.

A administração de abundantes Vitaminas do complexo B + Sulfato Ferroso nestas Doenças será fundamental no caso do Haemavite ou Fer X 2000, assim como aplicação de Verduras frescas, mas ricas em sulfato Ferroso no caso de Espinafre e Agriões porque ambos têm uma composição extraordinária: Vitamina A, Vitamina C, Vitamina K, Cálcio, Ferro, Fibras, Fósforo, Magnésio, Flavonoides, e Zinco, aqui estamos a fazer uma prevenção correta desta e outras Doenças com o mesmo grau de gravidade, assim como dar uma estabilidade orgânica á própria Ave.

CONFUSÃO: Por vezes somos confrontados com sintomas nos Pombos que nos confundem em termos terapêuticos, por exemplo no caso das Carúnculas Húmidas, ou Corrimento Nasal, Corrimento Ocular, Pombo a coçar as Narinas, a coçar os Olhos, a abrir o Bico, em que estes sintomas por vezes nos confunde, mas nada tem a ver com Doença Respiratória, mas sim um problema ALERGOLÓGICO muito frequente na queda da Folha, na época de Humidade, e de Frio, e também por vezes no Calor fator de poeiras, em que para tratar estes sintomas não haverá necessidade de recorrer ou aplicar Antibióticos, existem produtos de Farmácia de grande qualidade e muito bons neste tipo de sintomas existentes nos Pombos, que são um pouco confusos para Columbófilo.

Neste tipo de patologias nunca se deve aplicar antibióticos a não ser receitado pelo Médico Veterinário ou um Técnico Especializado, assim como evitar a aplicação de Vinagre aos Pombos na Água de bebida, pelo facto de este prejudicar o bom funcionamento do Fígado dos Pombos, deve fazer sim, uma prevenção adequada e ajustada a todas as Doenças com a aplicação do Ultimate Acid ou Prata Coloidal na água de bebida, excelentes Antibióticos 100 % Naturais.     

                                     (oportunamente segue 2ª parte)

ALEXANDRE MARIA PEDRO

NUTRICIONISTA ESPECIALIZADO NO DESPORTO COLUMBOFILO

EMAIL: alexandremariapedro@hotmail.com