ADENOVIROSE? OU CIRCO VIROSE, OU E.COLI |
29-10-2014 |
ADENOVIROSE? OU CIRCO VIROSE, OU E.COLI, TALVEZ
O QUE É O ADENOVIRUS: São um conjunto de Vírus, que normalmente causam problemas Respiratórias, como uma Micoplasmose, uma Conjuntivite, uma Ornitose, uma Bronquite, ou uma Pneumonia.
Possivelmente infeções do trato Intestinal podem ocorrer esporadicamente, em que os seus sintomas podem-se desenvolver ao fim de 4 a 10 dias, e geralmente ocorre por contacto Fecal – Oral, esta situação ocorre quando a ingestão de Alimentos ou Água contaminada.
As maiorias das Infeções por Adenovírus são leves e com poucos sintomas, pelo menos em Pombos-correios, dai, nada justifica qualquer tratamento, se é que existe Adenoviroses em Pombos-correios? Mas em caso de desconfiança, ou uma pequena desidratação Intestinal, deve aplicar no imediato a todos os Pombos um Soro Hidratante com Eletrólitos + Glucose e de seguida levar os Pombos ao Médico Veterinário para confirmar tal suspeita.
POIS NÃO SERÁ O CASO ACTUAL DOS NOSSOS BORRACHOS:
Nestes casos em concreto observa-se uma intensa Diarreia, com um grande consumo de Água em alguns Borrachos isolados, alguns indivíduos Borrachos apresentam uma acumulação de líquido no Papo, que sai, logo ao agarrá-los, e uma percentagem de 30% a 45% acaba por ter Morte súbita num curto período de tempo 2 a 4 Dias, o que será horrível.
Estas Doenças manifestam-se nos Borrachos mais frequentemente após o desmame, com idade entre as 10 e as 15 Semanas, e é caracterizado por sinais Clínicos tais como: Anorexia – Debilidade – O Papo cheio de um líquido amarelo com um cheiro muito agressivo – Vómitos – Diarreia e Poliúria (excesso de urina) com Plumagem Baça e Quebradiça, e será por estes sintomas, e pelo motivo de existir uma E. COLI patogénica grave, que muitos dos grandes Columbófilos, apelidam esta Doença de ADENOVIROSE, mas na realidade esta não existe, apenas será um mito para venda de Vacinas, e de alguns Medicamentos.
Uma vez esta Doença já instalada, muitas portas se podem abrir a outras Doenças secundárias mas graves, no caso da Micoplasmose Aguda, com excesso de Secreção Mucolítica, Estreptococos, Estafilococos, Fungos, e Pieira Pulmonar, assim como Herpes internos na Traqueia o que pode originar a Mortalidade dos Borrachos por asfixia, também existe um pormenor não menos importante, que será nas Fêmeas Adultas Reprodutoras, após fazerem a postura do segundo ovo, ficarem desasadas, sem forças nas pernas, não se Alimentarem, e acabam por Morrer passados 3 a 4 dias, pois estas ficam atacadas pela Circo Virose ao nível do Oviduto, o que passará a ser, uma infeção generalizada ao nível dos Órgãos internos Febre intensa, tendo a sua morte por asfixia Respiratória, ou seja abrir e fechar o Bico consecutivamente.
Geralmente cerca de 20% dos Borrachos são atingidos por esta Doença, e a taxa de Mortalidade pode ser bastante elevada. O quadro Clínico é fortemente influenciado pelo estado Sanitário de cada Colónia, e por conseguinte pelas Infecções secundárias Virais, Bacterianas, Parasitárias.
Infecções que acompanham a Escherichia Coli são frequentemente diagnosticadas. Os exames laboratoriais em todo Mundo, mostram que esta patologia está sempre associada a um Vírus chamado CIRCOVIRUS, e nunca de um ADENOVIRUS falso alarme.
O Circovirus no Pombo foi posto em evidência pela primeira vez nos Estados Unidos, contudo um estudo retrospectivo demonstrou a presença de Infecções similares noutros Países da América latina.
Seguidamente o Vírus foi detectado em Pombos Correios na Irlanda, Inglaterra e Alemanha. Os primeiros casos de Infecção através do (PICV) na Europa aconteceram nos anos entre 1995 a 1998.
Actualmente esta Infecção está alastrada a nível Mundial e atinge em particular os Borrachos na altura do desmame (separação). A maioria dos Borrachos é infectada de forma Sub-Clinica, isto é, não apresentam sintomas visíveis nas 48 horas antecedentes, esta globalização do Vírus explica-se facilmente pela prática do Desporto Columbófilo.
As trocas, as Vendas, os Concursos de Borrachos, as Exposições, tudo isto representa outras tantas causas potenciais de disseminação, e isso tanto mais, se tivermos em conta que a tudo isso se encontra sempre associada uma certa dose de estes Borrachos estarem Apavorados, Stressados, e com Medo de se alimentarem nas devidas condições, nos Pombos Adultos lembremo-nos simplesmente dos encestamentos dos concursos Nacionais, mas mais acentuado nos Concursos de Fundo, em que o Stress e o Medo de se alimentarem nas caixas, por vezes, leva a um enfraquecimento total da Ave, na resistência á Doença.
A Circovirus no Pombo é um Vírus de um tamanho muito pequeno, comparado com outros Vírus, por exemplo o da Varíola, e ainda mais pequeno do que o da Paramixovirus. O Circovirus é um Vírus não encapsulado que apresenta uma estrutura de várias formas, e que possui um genoma constituído por uma Molécula de ADN circular de aproximadamente de milhares bases, o que o torna único entre os Vírus que infectam os Animais.
A análise do genoma de dezenas de Circovirus do Pombo, este proveniente de alguns Pombos-correios e Pombos vádios de cidade provenientes de vários Países da Europa pôs em evidência uma organização idêntica para os genomas cujo tamanho varia entre os milhares bases. A comparação das sequências nucleótidicas demonstrou uma identidade que varia entre algumas percentagens.
Alguns estudos demonstraram a presença de ADN Viral entre inúmeros Pombos completamente adultos, nomeadamente ao nível dos órgãos Respiratórios, do Fígado, dos Rins, e do Baço. Os Circovirus são particularmente resistentes e estáveis, eles apresentam resistência a certas soluções Ácidas e Fórmicas, permanecendo estáveis entre os 60 e 80º C – pelo menos durante 30 minutos.
Existem reduções significativas na força do Vírus quando expostos á presença de alguns produtos tais como: produtos na base do Amoníaco, do Potássio, do Álcool, da Lixívia entre outros, mas pouco mais. Por isso se for apanhado por esta Doença nos seus Pombais já sabe como desinfectar estes, e também os seus utensílios.
Por ocasião de uma necrócia o exame põe em evidência de forma recorrente nos Borrachos Doentes uma atrofia da bolsa de Fabricius e do Timo, órgão Linfático, tal e qual como a Doença do Gumboro. No exame microscópico á bolsa de Frabricius revela lesões de bursite necrosante aguda, porque inúmeras Células contêm grandes conjuntos de inclusão Micoplásmica, que será uma característica desta Doença.
Estes corpos de inclusão são ainda mais raramente observados a nível do Baço, do Timo, do Tubo Digestivo, e do sistema Respiratório. Uma certa destruição do tecido responsável pelas defesas Orgânicas, pode ser igualmente observada ao nível da bolsa de Fabricius, porque em certos exames feitos ao microscópio aparecem corpos de inclusão que mostra a presença de partículas CIRCOVIRAIS, e não de ADENOVIRAIS.
O Circovirus do Pombo, tal como geralmente os outros Circovirus Aviários, está associado a infecções do sistema Imunitário, porque este Vírus cria um terreno favorável ao desenvolvimento de outras Doenças no Pombo. A protecção dada pelas Vacinas utilizadas no Pombo Correio por vezes pode diminuir a sua acção, e dai o insucesso na Vacinação contra a Paramixovirose que se podem por vezes observar em Borrachos infectados por este Vírus.
Quantidades importantes de Vírus são encontrados ao nível dos excrementos, e a transmissão é feita pela inalação de poeiras virulentas contaminadas pelas matérias fecais existentes nos pombais Reprodutivos, ou na falta de higiene quando a separação dos Borrachos no desmame, porque esta é uma forma de transmissão horizontal do Vírus. Alguns estudos demonstram que a maioria dos Borrachos são infectados desta maneira nos seus Pombais no período pós – desmame.
Contudo certas afirmações e estudos demonstraram a presença de ADN Viral em numerosos Pombos Adultos nomeadamente ao nível dos órgãos Respiratórios e Reprodutivos. É por essa razão que o Vírus poderá ser transmitido de PAIS para FILHOS o que se chama de contaminação vertical e serão estes jovens Animais que vão contaminar toda a colónia de Borrachos no pós-desmame.
Ainda existe uma grande confusão nos Columbófilos porque quando esta Doença aparece, pensam logo, mas erradamente, que os seus Pombos contraíram a Adenovirose. Mas isso explica-se pelo facto de uma vez na presença dos sintomas descritos no inicio do artigo, alguns Columbófilos mais experientes tentarem logo diagnosticar como uma Adeno-Coli isto sem consultarem nenhum Médico Veterinário ou um Especialista, no entanto, e no imediato, não será feito nenhum exame Laboratorial que permita pôr em evidência o Adenovírus, mas sim tudo baseado simplesmente na experiência, e nos sinais clínicos, que os Pombos possam apresentar, mas tudo não passa de um mito, introduzido ao longo de anos no Desporto Columbófilo.
Aqui também existe uma certa razão sobre os Columbófilos, porque temos um leque relativo de 3 a 4 Patologias com sintomas praticamente iguais, e a confusão paira no ar, e na cabeça do Columbófilo, em explicar ou diagnosticar qual das Doenças está instalada nos seus Pombos. Mas para gerir esta confusão de maneira correcta, quando está na presença desta ou outra Doença, deve consultar no imediato o Médico Veterinário, para fazer um diagnóstico correcto e aconselhar qual a terapia que deve seguir e nunca fazer tratamentos desajustados.
Ao ser confrontado com os primeiros sintomas da Doença nunca deve utilizar Antibióticos, mas sim agir no imediato, com o fabuloso Actybol (carminativo), ou Pro Mac Aves, acompanhado na Ração com as fabulosas Leveduras Supervit, tudo isto são Energéticos de alta qualidade, e colocando como aderente na Ração o (Óleo de Grainha de Uva) porque este será um bom reconstituinte e não contem um grau de acidez elevado, o que poderia prejudicar ainda mais a Flora Intestinal.
Nunca entrar em pânico e fazer esta terapia durante alguns dias, até consultar o seu Médico Veterinário assistente da Colónia, que lhe deve indicar qual a terapia a seguir. Por vezes com diferentes tratamentos medicamentosos feitos sem razão de o ser, a incidência da Circovirose Columbina diminui, mas não fica tratada, esta fica incubada no Fígado dos Borrachos, passando estes para a fase de Adultos, ficando também resistentes e sólidos, para os desafios que os esperam, mas estes correm sérios riscos de transmitir o Vírus aos seus descendentes caso estes passem a Reprodutores.
Devem-se tomar certas medidas para evitar a explosão da Doença no Pombal dos Borrachos no pré – desmame, assim como: evitar o Stress, uma super população, não juntar fornadas de Borrachos com tamanhos diferentes, porque senão os mais novos não comem, e entram no risco elevado da Doença, é preciso alimentar os mais novos de uma maneira muito clássica, dando sementes muito Nutritivas, mas muito gulosas para que estes se possam alimentar nas devidas condições, assim como: Arroz sem Casca - Alpista – Comida de Canários – Comida de Periquitos – Sorgo – Cártamo - Linhaça - entre outras sementes miúdas, e só depois a Ração Normal.
Na água de bebida deve-se utilizar obrigatoriamente logo no desmame um Anti- Séptico no caso do ULTIMATE ÁCID, que bastantes e bons resultados têm dado nestes casos e outros existentes no Pombal, deve seguir rigorosamente as indicações do fabricante. Nunca ultrapassar a sua aplicação num máximo de 4 dias seguidos.
Na Ração deve colocar as maravilhosas Leveduras Supervit para que não exista no imediato a Diarreia, a Desidratação Corporal, e a tristeza Mórbida, e deve Revitalizar todo o organismo dos Borrachos, e dos Pombos Adultos, sempre que exista uma pequena Diarreia ou um descontrolo Intestinal deve recorrer logo no imediato às fabulosas Leveduras Supervit na Ração, e deve colocar na Água de bebida o fabuloso ATYFLOR pois este contem sete estirpes de Bactérias benéficas que são os chamados Pró bióticos e ainda contem os maravilhosos Frutooligossacarideos, para proteção da Flora Intestinal.
Está comprovado cientificamente que o emprego de ácidos orgânicos no caso do Ultimate Acide, pode travar a expansão e disseminação do Vírus, nunca se deve utilizar neste caso o Vinagre, porque este pode prejudicar o desenvolvimento dos Jovens Borrachos.
A recuperação total da Doença por vezes torna-se muito lenta, pelo menos ao nível do órgão chamado Fígado, mas todos os Pombos que superam a Doença servem perfeitamente para a prática Desportiva e Reprodutiva, por isso, deveremos usar e abusar de produtos 100% Naturais, porque estes, serão o melhor Remédio para esta, e outras Doenças dos nossos Pombos.
PREVENÇÃO da DOENÇA:
Isolamento de Pombos vindos de outros Pombais não facilite, por favor, faça a (quarentena).
Isolamento imediato de Pombos que apresentem sintomas idênticos ou iguais, àqueles aqui apresentados.
Desinfeções periódicas ou semanais de todas as instalações e utensílios.
TRATAMENTO:
Não existem Vacinas, nem Tratamentos, eficazes sobre esta Doença infelizmente.
Realizar sobre orientação Médica ou Veterinária, tratamento para possíveis Doenças secundárias que possam surgir. Nunca fazer o uso indiscriminado e sem critério de Medicamentos que ainda possam agravar mais a Doença, e dai resultar danos irreversíveis.
Nunca deve retirar o GRIT ou (casca de ostra) do Pombal, porque este será importante para a recuperação da Flora Intestinal e Descalcificação do Pombo em caso de existir uma Diarreia, e ajuda na Recalcificação estrutural dos Borrachos, a não ser que o Médico Veterinário o mande retirar, após consulta.
Sr. Columbófilo, se não quer ter este problema nos seus Borrachos, ou nos Pombos Adultos, Vacine os mesmos com a Vacina inativada na Água de bebida. Os resultados ao longo dos Anos já falam por si, fácil de aplicar, não ganham nódulos na Epiderme, não cria Febre, e de fácil aplicação.
Mais uma vez com este meu artigo penso ter esclarecido e ajudado na evolução da Columbofilia.
ALEXANDRE MARIA PEDRO
CRONISTA ESPECIALIZADO NO DESPORTO COLUMBOFILO
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