TRABALHAR - 12 - NADA DE NOVO, TUDO COMO DANTES |
22/08/2013 |
Invariavelmente, ou quase, perdem-se nos locais de debate da columbofilia todas as possibilidades de aprender com os outros e de ajudar os outros a aprender connosco. Salvo honrosas excepções que confirmam a regra, os columbófilos vão à conversa apenas e só para desancar nos seus dirigentes, particularmente os associativos e federativos. Não é que eles, os sempre descontentes, não gostem também de atacar os colegas responsáveis pelas colectividades onde concorrem, só que, nesse caso, a proximidade potencia a falta de coragem, e a coisa costuma ser mais “envergonhada”. É que, às duas por três, ainda alguém se lembra de os lembrar que mais cedo ou mais tarde haverá eleições, e que eles já não tem mais desculpa para se limitarem apenas a ver trabalhar os outros. Eles sabem bem que assumir um cargo num clube representará desde logo a perda do pio, além de lhes limitar o acesso ao primeiro de todos os direitos de que jamais abdicarão, em concreto, a mobilidade para correr seca e meca à procura dos sítios onde os prémios em disputa são mais chorudos.
No forum do columbofilia.net, alguém quis saber a opinião dos outros relativamente a um assunto, em concreto, as distâncias das provas de fundo da campanha de 2014 da associação de Aveiro.
Em ambiente saudável e construtivo, o tema despertaria inúmeros comentários, uns naturalmente concordantes e outros logicamente discordantes. Esperei ter muitos, mas tivemos poucos, tendo em conta a quantidade de utilizadores do espaço em causa.
Esperei também e de bom grado aceitaria, que esses comentários fossem maioritariamente influenciados por uma visão muito pessoal de cada interveniente, marcada pelas suas próprias preferências ou convicções acerca das distâncias das provas, quantidade de efectivos reprodutores e voadores disponíveis após a última campanha, etc. etc.
O assunto em si tem pano para mangas, e a sua discussão sendo séria, evoluiria para questões de vária ordem que seria muito importante esclarecer ou reanalisar, questões essas que tem a ver com a própria prática da columbofilia e com criação e manutenção de uma colónia de pombos de corrida. Coisas que interessariam até aos columbófilos em iniciação e que os poderiam ajudar a tomar ou repensar decisões.
Pois bem, voltamos ao mesmo, e não se aprendeu nada de novo.
Mais uma vez alguns crânios voam sobre o assunto em discussão e poisam, mais à frente pensam eles, mas muito mais atrás digo eu, em volta do “banquete” que sempre os faz arrotar: a integridade das pessoas que tomam decisões.
Desmascarar aqui quão suprema é tal demonstração de ignorância é desafio pequeno, mas neste caso dá alguma "pica".
Vou fazê-lo.
Com a calma que ainda conseguir arranjar e com todo o respeito que sempre mantive pela instituição Columbofilia, um mundo muito especial onde os dirigentes que se prezam tem procurado arranjar um espaço digno para as entidades que ajudam a governar, as colectividades e as associações.
Luis Silva – 22/Ago/2013
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