POMBOS JOVENS - 3 - DO DISCURSO AO ACTO |
09/10/2007 |
Os Columbófilos medem-se aos palmos ... quer dizer ... só pelos resultados que alcançam ?
É quase certo que sim, para a generalidade !!!
Quantas entrevistas a Columbófilos Campeões já lemos, vimos ou ouvimos ? Em quantas delas foi aflorada a questão dos pombos extraviados ou colocada mesmo aos entrevistados a pergunta " Que atitude adopta quando encontra um Pombo Correio que não é seu, dentro do seu pombal ? " ?
Em muitos casos o questionado iria ficar com um dilema pela frente, e mentindo, escolheria o politicamente correcto.
Quando vierem cá a casa fazer essa entrevista -por via das dúvidas já vos aviso que entrevistas de campeão só serão concedidas cá em casa, e em data que nesta altura ainda não podemos precisar - diremos:
1- Retiramo-lo do pombal onde se encontra, verificamos o número da anilha, anotamo-lo, e acomodamos o "atleta" em local onde possa ser alimentado convenientemente ( por norma, e à falta de melhor, usamos um casulo no pombal de reprodução).
2- No caso de ser pombo com alguma idade, confirmamos se não se trata afinal de um pombo cá de casa, perdido há tempo suficiente para dele não nos lembrarmos à primeira vista. Feito isso comunicamos de imediato o seu aparecimento à FPC, salvo quando se trata de pombo adulto e estamos numa fase adiantada da campanha desportiva, caso em que aguardamos para o dia seguinte e aquilatamos da evolução da sua recuperação física. Nessa altura decidimos se o vamos soltar ou se optamos pela comunicação. Quando optamos por soltar sem comunicar, tentamos dificultar-lhe o regresso, e não o aliviamos do peso do chip.
... e depois;
3- Nunca soltamos um borracho que se extraviou - sobretudo se estamos nos primeiros meses da campanha desportiva - na esperança de que este encontre o caminho para casa. Se o fizermos e ele voltar a entrar no nosso pombal, vai ser um caso sério ele esquecer o "hotel". Afinal, a FPC até tem um serviço de recuperação a funcionar, porquê estar a poupar-lhes trabalho ?
4- Pelas mesmas razões, nunca introduzimos um pombo extraviado na nossa caixa de treino, ou numa caixa ao lado da nossa caixa de treino. Por outras palavras, pombos extraviados não treinam com os nossos, nem aproveitam a viagem de ida de um treino nosso.
5- Só em situação extrema e devidamente testemunhada soltamos um pombo já anunciado a pedido do seu dono, antes de terminar o prazo da recuperação.
6- Quando o proprietário de um pombo comunicado argumenta com a distância para o não recuperar, perguntamos sempre por pessoas conhecidas que eventualmente passem perto e possam fazer o frete. Nunca pressionamos com o prazo, e lembramos, esgotadas todas as outras hipóteses, que existem empresas de transportes rápidos que por alguns euros podem concretizar a recuperação do pombo, entregando-o nas mãos do dono.
7- Quando o proprietário de um pombo anunciado não dá sinal de si, ficamos tristes. De tal forma que, algumas vezes, levamos a coisa ao ponto de trocar a ordem da prioridade, e colocamos a carroça à frente. Nessas ocasiões nós mesmo telefonamos... e numa dessas teria sido melhor não.
luis silva 09/Out/2007
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