SOLTAS - 1746 PROBLEMAS A DOBRAR |
06/06/2009 |
1746 é o número de caixas que na actualidade são utilizadas para o transporte dos pombos que competem oficialmente nas provas de velocidade e meio fundo organizadas pela Associação Columbófila do Distrito de Aveiro.
Estes dados constam de um espaço de informação que qualquer opinante da nossa Columbofilia devia visitar mais ou menos demoradamente, seja qual for a forma como torna públicas as suas convicções pessoais. Ali qualquer um poderá compreender o porquê dos muitos porquês, sobretudo aquelas pessoas que não resistem à tentação de avaliar o desempenho dos agentes do dirigismo columbófilo nacional fazendo comparações entre esta e aquela Associação, e por desconhecimento cometem imprecisões, sendo injustos para com todos os que, de modo independente, sério e desligado de subserviências hipócritas ou interesses mais ou menos conhecidos, trabalham na Columbofilia Portuguesa e a mantém como uma das mais respeitadas do Mundo.
Visitem pois www.acdaveiro.no-ip.org/ e gastem por lá um pouco de tempo.
Mas voltemos às 1746 caixas que todas as semanas da campanha desportiva de 2009 – excepto quando voamos fundo em que essa quantidade fica um pouco acima da metade - são manuseadas por um incontável conjunto de “alguéns”, desde a sua limpeza até ao momento da solta.
Elas, e outras tantas que perfazem o 2º jogo, constituem 3492 potenciais problemas, a começar pelo custo que a sua normal manutenção e conservação acarreta aos columbófilos. É certo que são feitas de ferro, mas se os cuidados forem desprezados, a durabilidade está logo posta em causa. Depois, se a Associação de Aveiro assume na íntegra os custos de manutenção de todo o material de transporte, incluindo as caixas, alguns colegas menos cuidadosos podem, exactamente por isso, sentir-se menos motivados para o tratar com o necessário cuidado, principalmente aquando do manuseamento em vazio.
As condições em que se encontra o material utilizado no transporte e soltas de pombos, particularmente as caixas, suscitam um outro problema, este bem mais grave do que a própria questão económica: a fiabilidade do processo desportivo. Em cada concurso são quase 150 dúzias de “engates” que é necessário fazer para assegurar que todos os pombos são soltos em simultâneo. Basta um desses “engates” falhar – e isto pode acontecer por erro humano imputável ao pessoal dos transportes, mas também devido ao mau estado do material - e temos uma anomalia técnico/desportiva.
As consequências de uma anomalia de âmbito técnico/desportiva são muito desagradáveis, e independentemente do modo como o processo for resolvido, alguém ganhará e alguém perderá com ele, quase sempre de forma desajustada com o real desempenho de todos os pombos que participaram na prova em causa.
Recentemente ocorreu uma anomalia numa das soltas do distrito de Aveiro, e, em consequência da mesma, alguns pombos saíram antes do tempo de uma das caixas. Este problema não ficou a dever-se a um defeito material, mas isso não retira nada à mensagem que procuro passar, eu que, como todos os columbófilos, temos de dotar as nossas Associações dos meios financeiros necessários ao seu funcionamento, que é como quem diz, temos de pagar os custos dele resultantes.
Luis Silva
06 de Junho de 2009
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