De novo problemas com as vacinas. Desta vez, uma das marcas que requereu e obteve homologação do Estado português, não garante a entrega do produto no habitual período “quente” da vacinação no nosso país. Se não estou em erro, já no ano transacto as coisas não tinham corrido muito bem com o mesmo fabricante.

Não posso fazer afirmações quanto a causas, mas admito que o mercado português não mereça assim tanta preocupação à multi-nacional em apreço. É que, no Mundo actual tudo se resume a números, e em primeiro lugar exigem-se índices de rentabilidade, conforme temos vindo a constatar nos últimos tempos. Lamentavelmente.

Sem qualquer certeza, mas tendo em conta que em termos de campanha desportiva começamos alguns meses mais cedo que o resto da Europa, por exemplo, calculo que a nossa época preferida de vacinação não seja coincidente com a dos outros países. Se assim for, talvez se compreenda e aceite, um pouco mais facilmente, a situação. Não temos aqui, como quase em tudo, suficiente peso para que se ponham “as máquinas” a trabalhar só para nós. 

Dou comigo a pensar, se não estaria aqui um bom motivo para que a FPC se apresentasse na entidade veterinária a clamar por justiça, e ao mesmo tempo exigindo solução.

Talvez !!! Até porque tem, perante quem efectivamente manda ou ordena, ASSUMIDO A RESPONSABILIDADE pela vacinação de TODOS OS POMBOS CORREIO que existem em Portugal, com utilização de PRODUTOS HOMOLOGADOS. E se assume essa responsabilidade, é porque tem a certeza que a Lei é rigorosamente cumprida pelos columbófilos portugueses. E se estes estão habituados a cumprir religiosamente todos os quesitos relacionados com a prevenção da Paramixo, reúnem todas as condições para que a DGV intervenha na procura de uma solução, pois com seringas vazias não podem continuar a fazê-lo. E por ai fora…

Acho que sim, que a FPC não se limitará ao comunicado tornado público, este que, por si só, já demonstra que alguém não ficou de braços cruzados. De repente até me recordo que, com essa capacidade de diálogo e no uso da enorme credibilidade e respeito institucional de que goza, a FPC conseguiu demonstrar à entidade veterinária que os columbófilos são suficientemente capazes de ministrarem a vacina aos seus pombos, sem necessidade da intervenção de médico-veterinário. E também me lembro que na sua maioria os columbófilos desconhecem este pormenor, mais os euros que isto representa a mais nos seus bolsos, e os contratempos que isto, só isto, os impede de enfrentar. E nunca me esquecerei que Portugal foi o único país que dentro das suas fronteiras não viu interrompida (até agora) a competição columbófila em consequência da gripe aviar.

Incessantemente, alguém vela enquanto eu columbófilo descanso. Alguém se humilha quando para mim pede, e acobarda quando acordo, quase sempre tarde, e escolho criticar, acusar ou promover a suspeição. Quais PEDINTES, ainda descobrem um sorriso quando por fim os deixo retomar o caminho.

Os PEDANTES continuarão a dar tiros nos pés dos Columbófilos. Os IGNORANTES estão há muito protegidos por um dos mandamentos de Deus, e sobreviverão.

Luís Silva – 27/Out/2008