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POMBOS JOVENS - 1 - BORRACHOS E BORRACHOS 01/10/2007


Inúmeros são os testemunhos que já lemos ou escutamos, em que o principal assunto são os pombos jovens, os BORRACHOS.

Em Portugal, pelo menos do que conheço, é tradicional os columbófilos considerarem BORRACHOS todos os pombos desde o momento em que abandonam o ovo até ao final da campanha desportiva seguinte ao ano do seu nascimento, ou seja, quando alguns já tem mais de um ano de idade.  Do mesmo modo que dizemos "...os borrachos da 1ª postura já estão a nascer..." também dizemos mais tarde "... classifiquei na penúltima prova três borrachos tardios...".  Entre estes dois momentos aconteceram na vida do ser vivo em causa, inúmeras peripécias as quais por sistema, nós os columbófilos temos tendência para desvalorizar, ou mesmo esquecer.

Atendendo à característica das nossas instalações, o número total de efectivos que defende as cores Luis Pedro e Luis Silva tem de ser, no início da campanha,  igual ou inferior a 90.  Com esta quantidade todos os compartimentos do pombal de voo estão lotadas, logo, os reprodutores ficam quietinhos, machos de um lado e fêmeas do outro, no pombal de reprodução (situado em plano diferente e a alguns metros daquele, conforme se depreende das fotos). Apenas em meados de Maio se pensa na criação, de modo a que os primeiros a nascer tenham a idade adequada para ser transferidos já após o fim da campanha desportiva. Nessa altura a equipa voadora irá entrar também na fase de criação, deixando um compartimento vago para a primeira remessa de recém desmamados (dos reprodutores), cuja presença já não irá afectar, de nenhuma forma pensamos nós, o desempenho dos mais velhos na função que agora lhes é confiada ou autorizada.

Para nós esta é a altura do ano em que passamos mais tempo dentro e nas imediações dos pombais. Muitas vezes sem nada para fazer em concreto, só que, é diferente...

Saltemos ainda assim o que daria, como tem dado, para muitas horas de opiniões e muito saber de experiências feito:  a criação de BORRACHOS. Não me considero minimamente competente para acrescentar o que quer que seja a tudo o que de bom nos tem sido transmitido (a mim e a vocês) pelos mais experientes, ou porventura mais capazes.

Saltemos também os métodos e truques usados para minimizar os problemas da adução, até porque cá em casa eles são simples: separação dos pais logo que começam a debicar alguns grãos que colocamos dentro da tijela, e porta aberta das instalações para onde são mudados. Sabemos que muitos colegas não podem dar-se ao luxo de ter os borrachitos em liberdade. É uma pena que assim seja, pois os nossos jovens antes de aprenderem a voar já estão fartos de passear nas imediações, e até conviver com os outros habitantes não humanos cá de casa, que são ... alguns gatos. Acalmem-se porque falo de gatos que também cá nasceram, e vivem com comida à disposição, não sendo este facto impeditivo de ainda contribuirem para a ausência de ratos. E não esqueçam que vivemos na aldeia, ok ?

O que gostaríamos de partilhar convosco é mais a problemática associada ao extravio de BORRACHOS, e ao desrespeito com que a maioria de nós columbófilos trata os nossos próprios BORRACHOS extraviados. Será justo que fiquemos indispostos com terceiros quando estes, fartos conhecedores de que nós não respeitamos o que é nosso, se desleixam no cumprimento de um alegado dever para connosco ?

Desde esta altura e até ao início da próxima campanha desportiva irão extraviar-se muitos pombos jovens. É habitual e nada aponta para que este ano seja diferente.

Por eles, brevemente continuarei este tema.

luis silva